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sábado, 27 de agosto de 2011

O PRÍNCIPE SENSATO


Comentavam os apóstolos, entre si, qual a conduta mais aconselhável diante do Todo- Poderoso, quando o Mestre narrou com brandura: — Certo rei, senhor de imensos domínios, desejando engrandecer o espírito dos filhos para conferir-lhes herança condigna, conduziu-os a extenso vale verdoengo e rico de seu enorme império e confiou a cada um determinada fazenda, que deviam preservar e enriquecer pelo trabalho incessante.


O Pai desejava deles a coroa da compreensão, do amor e da sabedoria, somente conquistável através da educação e do serviço; e, como devia utilizar material transitório, deu-lhes tempo marcado para as construções que lhes seriam indispensáveis, mais tarde, aos serviços de elevação.


Assim procedia, porque o vale era sujeito a modificações e chegaria um momento em que arrasadora tempestade visitaria a região guardando-se em segurança apenas aqueles que houvessem erguido forte reduto.


Assim que o soberano se retirou, os filhos jovens, seguidos pelas numerosas tribos que os acompanhavam, descansaram, longamente, deslumbrados com a beleza das planícies banhadas de sol.


Quando se levantaram para a tarefa, entraram em compridas conversações, com respeito às leis de solidariedade, justiça e defesa, cada qual a exigir especiais deferências dos outros.


Quase ninguém cuidava da aplicação dos regulamentos estabelecidos pelo governo central.


Os príncipes e seus afeiçoados, em maioria, por questões de conforto pessoal, esmeravam-se em procurar recursos sutis com que pudessem sonegar, sem escândalos visíveis entre si, os princípios a que haviam jurado obediência e respeito.


E tentando enganar o Magnânimo Pai, por meio da bajulação, ao invés de honrá-lo com o trabalho sadio, internaram-se em complicadas contendas, em torno de problemas íntimos do soberano.


Gastaram anos a fio, discutindo-lhe a apresentação pessoal.


Insistiam alguns que ele revelava no rosto a brancura do lírio, enquanto outros perseveravam em proclamar-lhe a cor bronzeada, idêntica à de muitos cativos de Sídon.


Muitos afirmavam que ele possuía um corpo de gigante e não poucos exigiam fosse ele um anjo coroado de estrela.


Ao passo que as rixas verbais se multiplicavam, o tempo ia-se esgotando e os insetos destruidores, infinitamente reproduzidos, invadiram as terras, aniquilando grande parte dos recursos preciosos.


Detritos desceram de serras próximas e fizeram compacto acervo de monturo naquelas regiões, enquanto os príncipes levianos, inteiramente distraídos das obrigações fundamentais que lhes cabiam, se engalfinhavam, a todo instante, a propósito de ninharias.


Houve, porém, um filho bem-avisado que anotou os decretos paternais e cumpriu-os.


Jamais esqueceu os conselhos do rei e, quanto lhe era possível, os estendia aos companheiros mais próximos.


Utilizou grande número de horas que as leis vigentes lhe concediam ao repouso e construiu sólido abrigo que lhe garantiria a tranqüilidade no futuro, semeando beleza e alegria em toda a fazenda que o genitor lhe cedera por empréstimo.


E assim, quando a tormenta surgiu, renovadora e violenta, o príncipe sensato que amara o monarca e servira-o, desvelado e carinhoso, estendendo-lhe as lições libertadoras, pela fraternidade pura, e cumprindo-lhe a vontade justa e bondosa, pelo trabalho de cada dia, com as aflições construtivas da alma e com o suor do rosto, foi naturalmente amparado num santuário de paz e segurança que os seus irmãos discutidores não encontraram.


Doce silêncio pairou na sala singela...


Decorridos alguns minutos, o Mestre fixou os olhos lúcidos na pequena assembléia e concluiu: — Quem muito analisa, sem espírito de serviço, pode viciar-se facilmente nos abusos da palavra, mas ninguém se arrependerá de haver ensinado o bem e trabalhado com as próprias forças em nome do Pai Celestial, no bendito caminho da vida.


Livro: Jesus no Lar - Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.
Fonte da imagem: Internet

sábado, 20 de agosto de 2011

O Talismã Divino


Entabularam os familiares interessante palestra, acerca das faculdades sublimes de que o Mestre dava testemunho amplo, curando loucos e cegos, quando Isabel, a zelosa genitora de João e Tiago, indagou, sem preâmbulos:


— Senhor; terás contigo algum talismã de cuja virtude possamos desfrutar? Algum objeto mágico que nos possa favorecer?


Jesus pousou na matrona os olhos penetrantes e falou risonho:


— Realmente, conheço um talismã de maravilhoso poder. Usando-lhe os milagrosos recursos, é possível iniciar a aquisição de todos os dons de Nosso Pai.


Oferece a descoberta dos tesouros do amor que resplandecem ao redor de nós, sem que lhes vejamos, de pronto, a grandeza.


Descortina o entendimento, onde a desarmonia castiga os corações.


Abre a porta às revelações da arte e da ciência.


Estende possibilidades de luminosa comunhão com as fontes divinas da vida.


Convida à bênção da meditação nas coisas sagradas. Reata relações de companheiros em discordância.


Descerra passagens de luz aos espíritos que se demoram nas sombras.


Permite abençoadas sementeiras de alegria.


Reveste-se de mil oportunidades de paz com todos. Indica vasta rede de trilhos para o trabalho salutar.


Revela mil modos de enriquecer a vida que vivemos. Facilita o acesso da alma ao pensamento dos grandes mestres. Dá comunicações com os mananciais celestes da intuição.


— Que mais? — disse o Senhor, imprimindo ênfase à pergunta.


E após sorrir, complacente, continuou:


— Sem esse divino talismã, é impossível começar qualquer obra de luz e paz na Terra.


Os olhos dos ouvintes permutavam expressões de assombro, quando a esposa de Zebedeu inquiriu espantada:


—Mestre, onde poderemos adquirir semelhante bênção? Dize-nos.


Precisamos desse acumulador de felicidade.


O Cristo, então, acrescentou bem-humorado:


— Esse bendito talismã, Isabel, é propriedade comum a todos. É “a hora que estamos atravessando”... Cada minuto de nossa alma permanece revestido de prodigioso poder oculto, quando sabemos usá-lo no Infinito Bem, porque toda grandeza e toda decadência, toda vitória e toda ruína são iniciadas com a colaboração do dia.


E diante da perplexidade de todos, rematou:


—O tempo é o divino talismã que devemos aproveitar.

Livro: Jesus no Lar - Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.
Fonte da imagem: Internet

sábado, 13 de agosto de 2011

SIGAMOS COM JESUS


Maomé foi valoroso condutor de homens.


Milhões de pessoas curvaram-se-lhe às ordens.


Todavia, deixou o corpo como qualquer mortal e seus restos foram encerrados numa urna, que é visitada, anualmente, por milhares de curiosos e seguidores.


Carlos V, poderoso imperador da Espanha, sonhou com o domínio de toda a Terra, dispôs de riquezas imensas, governou muitas regiões; entretanto, entregou, um dia, a coroa e o manto ao asilo de pó.


Napoleão era um grande homem.


Fez muitas guerras.


Dominou milhões de criaturas.


Deixou o nome inesquecível no livro das nações.


Hoje, porém, seu túmulo é venerado em Paris.


Muita gente faz peregrinação até lá, para visitar-lhe os ossos...


Como acontece a Maomé, a Carlos V e a Napoleão, os maiores heróis do mundo são lembrados em monumentos que lhes guardam os despojos.


Com Jesus, todavia, é diferente.


No túmulo de Nosso Senhor, não há sinal de cinzas humanas.


Nem pedrarias, nem mármores de preço, com frases que indiquem, ali, a presença da carne e do sangue.


Quando os apóstolos visitaram o sepulcro, na gloriosa manhã da Ressurreição, não havia aí nem luto, nem tristeza.


Lá encontraram um mensageiro do reino espiritual que lhes afirmou: “Não está aqui”.


E o túmulo está aberto e vazio, há quase dois mil anos.


Seguindo, pois, com Jesus, através da luta de cada dia, jamais encontraremos a angústia da morte e, sim, a vida incessante.


No caminho de notáveis orientadores do mundo poderemos encontrar formosos espetáculos da glória passageira; contudo, é muito difícil não terminarmos a experiência em desilusão e poeira.


Somente Jesus oferece estrada invariável para a Ressurreição Divina.


Quem se desenvolve, portanto, com o exemplo e com a palavra do Mestre, trabalhando por revelar bondade e luz, em si mesmo, desde as lutas e ensinamentos do mundo, pode ser considerado cidadão celeste.


Livro: Alvorada Cristã – Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.
Fonte da imagem: Internet

sábado, 6 de agosto de 2011

SOMOS CHAMADOS A SERVIR


O legislador, com a pena, traça decretos para reger o povo.


O escritor utiliza o mesmo instrumento e escreve livros que renovam o pensamento do mundo.


Mas, não é só a pena que, manejada pelo homem, consegue expressar a sabedoria, a arte e a beleza, dentro da vida.


Uma vassoura simples faz a alegria da limpeza e, sem limpeza, o administrador ou o poeta não conseguem trabalhar.


O arado arroteia o solo e traça linhas das quais transbordarão o milho, o arroz, a batata e o trigo, enchendo os celeiros.


A enxada grava sulcos abençoados no chão, a fim de que a sementeira progrida.


A plaina corrige a madeira bruta, cooperando na construção do lar.


A janela é um poema silencioso a comunicar-nos com a natureza externa; o leito é um santuário horizontal, convidando ao descanso.


O malho toma o ferro e transforma-o em utilidades preciosas.


O prato recolhe o alimento e nos sugere a Caridade.


O moinho recebe os grãos e converte-os no milagre da farinha.


O barro desprezível, nas mãos operosas ao oleiro, em breve surge metamorfoseado em vaso precioso.


Todos os instrumentos de trabalho no mundo, tanto quanto a pena, concretizam os ideais superiores, as aspirações de serviço e os impulsos nobres da alma.


Ninguém suponha que, perante Deus, os grandes homens sejam somente aqueles que usam a autoridade intelectual manifestada.


Quando os políticos orientam e governam, é o tecelão quem lhes agasalha o corpo. Se os juízes se congregam nas mesas de paz e justiça, são os lavradores quem lhes ofertam recurso ao jantar.


Louvemos, pois, a Divina Inteligência que dirige os serviços do mundo!


Se cada árvore produz, segundo a Sua especialidade a benefício da Prosperidade comum, lembremo-nos de que Somos todos chamados a servir na obra do Senhor, de maneira diferente


Cada trabalhador em seu campo seja honrado pela Cota de bem que produza e cada servo Permaneça Convencido de que a maior homenagem suscetível de ser prestada por nós ao Senhor é a correta execução do nosso dever, Onde estivermos.


Livro: Alvorada Cristã – Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.
Fonte da imagem: Internet