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sábado, 28 de janeiro de 2012

O ARGUMENTO JUSTO


À noite, em casa de Simão, transparecia um véu de tristeza na maioria dos semblantes.


Tadeu e André, atacados horas antes, nas margens do lago, por alguns malfeitores, viram-se constrangidos à reação apressada.


Não surgira conseqüência grave, mas sentiam-se ambos atormentados e irritadiços.


Quando Jesus começou a falar acerca da glória reservada aos bons, os dois discípulos deixaram transparecer, através do pranto discreto, a amargura que lhes dominava a alma e, não podendo conter-se, Tadeu clamou, aflito: — Senhor; aspiro sinceramente a servir à Boa Nova; contudo, sou portador de um coração indisciplinado e ingrato.


Ouço, contrito, as explanações do Evangelho; lá fora, porém, no trato com o mundo, não passo de um espírito renitente no mal.


Lamento... Lamento...


Mas como trabalhar em favor da Humanidade nestas condições?


Embargando-se-lhe a voz, adiantou-se André, alegando, choroso: — Mestre, que será de mim? Ao seu lado, sou a ovelha obediente; entretanto, ao distanciar-me... Basta uma palavra insignificante de incompreensão para desarmar-me.


Reconheço-me incapaz de tolerar o insulto ou a pedrada.


Será justo prosseguir, ensinando aos outros a prática do bem, imperfeito e mau qual me vejo?...


Calando-se André, interferiu Pedro, considerando: — Por minha vez, observo que não passo de mísero espírito endividado e inferior.


Sou o pior de todos.


Cada noite, ao me retirar para as orações habituais, espanto-me diante da coragem louca dentro da qual venho abraçando os atuais compromissos.


Minha fragilidade é grande, meus débitos enormes.


Como servir aos princípios sublimes do Novo Reino, se me encontro assim insuficiente e incompleto? À palavra de Pedro, juntou-se a de Tiago, filho de Alfeu, que asseverou; abatido:


— Na intimidade de minha própria consciência, reparo quão longe me encontro da Boa Nova, verdadeiramente aplicada.


Muita vez, depois de reconfortar-me ante as dissertações do Mestre, recolho-me ao quarto solitário, para sondar o abismo de minhas faltas.


Há momentos em que pavorosas desilusões me tomam de improviso.


Serei na realidade um discípulo sincero? Não estarei enganando o próximo? Tortura-me a incerteza...


Quem sabe se não passo de reles mistificador? Outras vozes se fizeram ouvir no cenáculo, desalentadas e cheias de amargura.


Jesus, porém, após assinalar as opiniões ali enunciadas, entre o desânimo e o desapontamento, sorriu, tocado de bom-humor, e esclareceu:


— Em verdade, o paraíso que sonhamos ainda vem muito longe e não vejo aqui nenhum companheiro alado.


A meu parecer, os anjos, na indumentária celeste, ainda não encontram domicílio no chão áspero e escuro em que pisamos.


Somos aprendizes do bem, a caminho do Pai, e não devemos menoscabar a bendita oportunidade de crescer para Ele, no mesmo impulso da videira que se eleva para o céu, depois de nascer no obscuro seio da terra, alastrando-se compassiva, para transformar-se em vinho reconfortante, destinado à alegria de todos.


Mas, se vocês se declaram fracos, devedores, endurecidos e maus e não são os primeiros a trabalhar para se fazerem fortes, redimidos, dedicados e bons em favor da obra geral de salvação, não me parece que os anjos devam descer da glória dos Cimos para substituir-nos no campo de lições da Terra.


O remédio, antes de tudo, se dirige ao doente, o ensino ao ignorante...


De outro modo, penso, a Boa Nova de Salvação se perderia por inadequada e inútil...


As lágrimas dos discípulos transformaram-se em intenso rubor, a irradiar-se da fisionomia de todos, e uma oração sentida do Amigo Divino imprimiu ponto final ao assunto.


Livro: Jesus no Lar, lição 38 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.
Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 21 de janeiro de 2012

O FILHO OCIOSO


Reportava-se a pequena assembléia a variados problemas da fé em Deus, quando Jesus, tomando a palavra, narrou, complacente: — Um grande Soberano possuía vastos domínios.


Terras, rios, fazendas, pomares e rebanhos eram incontáveis em seu reino prodigioso.


Vassalos inúmeros serviam-lhe a casa, em todas as direções.


Alguns deles nunca se perdiam dos olhos do Senhor, de maneira absoluta.


De tempos a tempos, visitavam-lhe a residência, ofereciam-lhe préstimos ou traziam-lhe flores de ternura, recebendo novos roteiros de trabalho edificante.


Outros, porém, viviam a bel-prazer nas florestas imensas.


Estimavam a liberdade plena com declarada indisciplina.


Eram verdadeiros perturbadores do vasto império, porquanto, ao invés de ajudarem a Natureza, desprezavam- na sem comiseração.


Matavam animais pelo simples gosto da caça, envenenavam as águas para assassinarem os peixes em massa, perseguiam as aves ou queimavam as plantações dos servos fiéis, não obstante saberem, no íntimo, que deviam obediência ao Poderoso Senhor.


Um desses servidores levianos e ociosos não regateava sua crença na existência e na bondade do Rei.


Depois de longas aventuras na mata, exterminando aves indefesas, quando o estômago jazia farto, costumava comentar a fé que depositava no rico Proprietário de extenso e valioso domínio.


Um Soberano tão previdente quanto aquele que soubera dispor das águas e das terras, das árvores e dos rebanhos, devia ser muito sábio e justiceiro — explanava consciente.


Sutilmente, todavia, escapava-lhe a todos os decretos.


Pretendia viver a seu modo, sem qualquer imposição, mesmo daquele que lhe confiara o vale em que consumia a existência regalada e feliz.


Decorridos muitos anos, quando as suas mãos já não conseguiam erguer a menor das armas para perturbar a Natureza, quando os olhos embaciados não mais enxergavam a paisagem com a mesma clareza da juventude, inclinando-se-lhe o corpo, cansado e triste, para o solo, resolveu procurar o Senhor, a fim de pedir-lhe proteção e arrimo.


Atravessou lindos campos, nos quais os servos leais, operosos e felizes, cultivavam o chão da propriedade imensa e chegou ao iluminado domicílio do Soberano.


Experimentando aflitivo assombro, reparou que os guardas do limiar não lhe permitiam o suspirado ingresso, porque seu nome não constava no livro de servidores ativos.


Implorou, rogou, gemeu; no entanto, uma das sentinelas lhe observou:


— O tempo disponível do Rei é consagrado aos cooperadores.


— Como assim? — bradou o trabalhador imprevidente.


— Eu sempre acreditei na soberania e na bondade do nosso glorioso ordenador...


O guarda, contudo, redargüiu, sem pestanejar:


— Que te adiantava semelhante convicção, se fugiste aos decretos de nosso Soberano, gastando precioso tempo em perturbar-lhe as obras? O teu passado está vivo em tua própria condição...


Em que te servia a confiança no Senhor, se nunca vieste a Ele, trazendo um minuto de colaboração a benefício de todos? Observa-se, logo, que a tua crença era simples meio de acomodar a consciência com os próprios desvarios do coração.


E o servo, já comprometido pelos atos menos dignos, e de saúde arruinada, foi constrangido a começar toda a sua tarefa, de novo, de maneira a regenerar-se.


O Mestre calou-se, durante alguns momentos, e concluiu:


— Aqui temos a imagem de todo ocioso filho de Deus.


O homem válido e inteligente que admite a existência do Eterno Pai, que lhe conhece o poder, a justiça e a bondade, através da própria expressão física da Natureza, e que não o visita em simples oração, de quando em quando, nem lhe honra as leis com o mínimo gesto de amparo aos semelhantes, sem o mais leve traço de interesse nos propósitos do Grande Soberano, poderá retirar alguma vantagem de suas convicções inúteis e mortas?


Com essa indagação que calou nos ouvidos dos presentes, o culto evangélico da noite foi expressivamente encerrado.


Livro: Jesus no Lar, lição 37 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 14 de janeiro de 2012

O Preço de Um Milagre


Uma garotinha foi para o quarto e pegou um vidro de geléia, cheio de moedas, que estava escondido no armário e derramou- as todas no chão.


Contou uma por uma, com muito cuidado, três vezes. O total precisava estar exatamente correto. Não havia chance para erros.


Colocando as moedas de volta no vidro e tampando-o bem, saiu pela porta dos fundos em direção à farmácia, cuja placa acima da porta tinha o rosto de um índio.


Esperou com paciência o farmacêutico lhe dirigir a palavra, mas ele estava ocupado demais. A garotinha ficou arrastando os pés para chamar atenção, mas nada. Pigarreou, fazendo o som mais enojante possível, mas não adiantou nada. Por fim, tirou uma moeda de 25 centavos do frasco e bateu com ela no vidro do balcão. E funcionou!


- O que você quer? - perguntou o farmacêutico irritado. - Estou conversando com o meu irmão de Chicago que não vejo há anos, explicou ele sem esperar uma resposta.


- Bem, eu queria falar com o senhor sobre o meu irmão! - respondeu Tess no mesmo tom irritado. - Ele está muito, muito doente mesmo, e eu quero comprar um milagre.


- Desculpe, não entendi. - disse o farmacêutico.


- O nome dele é Andrew. Tem um caroço muito ruim crescendo dentro da cabeça dele e o meu pai diz que ele precisa de um milagre. Então eu queria saber quanto custa um milagre.


- Garotinha, aqui nós não vendemos milagres. Sinto muito, mas não posso ajudá-la. - explicou o farmacêutico num tom mais compreensivo.


- Eu tenho dinheiro. Se não for suficiente vou buscar o resto. O senhor só precisa me dizer quanto custa.


O irmão do farmacêutico, um senhor bem aparentado, abaixou-se um pouco para perguntar à menininha de que tipo de milagre o irmão dela precisava.


- Não sei. Só sei que ele está muito doente e a minha mãe disse que ele precisa de uma operação, mas o meu pai não tem condições de pagar, então eu queria usar o meu dinheiro.


- Quanto você tem? - perguntou o senhor da cidade grande.


- Um dólar e onze cêntimos, - respondeu a garotinha bem baixinho. - E não tenho mais nada. Mas posso arranjar mais se for preciso.


- Mas que coincidência! - disse o homem sorrindo. - Um dólar e onze cêntimos! O preço exato de um milagre para irmãozinhos!


Pegando o dinheiro com uma das mãos e segurando com a outra a mão da menininha, ele disse:
- Mostre-me onde você mora, porque quero ver o seu irmão e conhecer os seus pais. Vamos ver se tenho o tipo de milagre que você precisa...


Aquele senhor elegante era o Dr. Carlton Armstrong, um neurocirurgião. A cirurgia foi feita sem ônus para a família, e depois de pouco tempo Andrew teve alta e voltou para casa.


Os pais estavam conversando alegremente sobre todos os acontecimentos que os levaram àquele ponto, quando a mãe disse em voz baixa:


- Aquela operação foi um milagre. Quanto será que custaria?


A garotinha sorriu, pois sabia exatamente o preço: um dólar e onze cêntimos! - Mais a fé de uma criancinha.


Em nossas vidas, nunca sabemos quantos milagres precisaremos.


Um milagre não é o adiamento de uma lei natural, mas a operação de uma lei superior.


Autor Desconhecido.
Fonte da imagem: Internet Google




Uma Prece Verdadeira




Quando você estiver triste... Vou secar suas lágrimas.


Quando você estiver com medo... Eu lhe darei conforto.


Quando você estiver preocupado... Vou dar-lhe esperança.


Quando você estiver confuso... Vou ajudá-lo a enxergar.


E quando você estiver perdido... E não poder ver a luz,
Vou ser o seu farol... Brilhando cada vez mais.


Este é o Meu juramento... Prometo até o fim...


Por que? Você pode perguntar... Porque você é Meu amigo.


Assinado: DEUS


Autor Desconhecido
Fonte da imagem: Internet Google.