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sábado, 20 de abril de 2013


Guto e o Vício da Mentira

Guto era um garoto muito esperto. Sempre soube bem aproveitar as oportunidades que teve na vida. Estudava muito e ia bem na escola porque sabia como era importante e difícil para seus pais o sustentarem em um bom colégio.

Adorava matemática e sonhava em ser engenheiro de grandes construções no futuro. Gostava de sua casa e ajudava a mantê-la em ordem, apesar de ser muito carente.

Acompanhava desde pequeno a mãe nos encontros infantis no Centro Espírita.

Agora, que já era mais crescido, com mais responsabilidades e decisões, não ia mais com tanta frequência ao Centro, mais ainda aparecia lá “de vez em quando” porque se sentia bem.

A vida seguia normal, proporcionando as lições necessárias para Guto.

Uma, em particular, se tornou inesquecível: ele não era de mentir, mas, naquele dia, para não receber o castigo em casa, resolveu mentir.

Brigara na escola com um colega e sabia que, por causa disso não poderia ir na excursão da turma, marcada para o fim de semana seguinte. Era algo que estava aguardando há muito tempo.

Não contou nada para os pais, foi na excursão e, aparentemente, o caso ficou para trás. Mas não foi bem assim. Olhando as “vantagens”, tomou gosto pela mentira e passou a utilizar deste infeliz recurso sempre que podia, tirando benefícios nas situações.

Chegou um momento em que estava “viciado” na falsidade e não conseguia mais parar, porque uma mentira levava a outra.

Uma noite ele teve um sonho. Sonhou que era um engenheiro muito famoso e estava recebendo um prêmio por ter projetado uma grande obra na capital. Estava muito feliz e orgulhoso. Mas algo aconteceu.

No momento da premiação, em vez de receber o prêmio, ele foi conduzido à prisão, porque a sua grande obra havia desmoronado.

Foi descoberto que ele utilizava materiais de baixa qualidade, baratos e cobrava como se fossem de luxo; enganara a muitos colegas de profissão para crescer na carreira; prejudicara a muitos com suas mentiras e falsidades...

No sonho, a caminho da prisão, ele se lembrara que tudo começara com pequenas mentiras “inocentes” que ele fazia na infância, e chorou muito.

Apareceu-lhe uma pessoa que lhe disse: - Não se esqueça que, antes de reencarnar, você prometeu a si mesmo que jamais se utilizaria da mentira. Veja agora as consequências...

Neste momento ele acordou extremamente suado e angustiado.

Percebeu que era “apenas” um sonho. Recordou-se de suas aulas no Centro Espírita onde lhe falaram que, muitas vezes, o Espírito protetor se comunica conosco através dos sonhos.

Estava claro para Guto que este diálogo era um aviso para ele mudar de atitude a partir de agora, superando o vício da mentira que trazia com ele, de outras reencarnações.

Orou em agradecimento ao seu Anjo e dormiu mais tranquilo, prometendo jamais se esquecer dos seus novos propósitos e de retomar os estudos no Grupo Espírita.

Luis Roberto Scholl

Fonte do texto e imagem: Internet Google.

domingo, 7 de abril de 2013


A Festa das Borboletas

O céu estava salpicado de borboletas de todas as cores. E como era bonito ver todo aquele colorido movimentando-se no ar. Mas por que tantas borboletas ali reunidas? Foram atraídas por um lindo jardim e na presença de tanta gente, elas bailavam o ar, apresentando um belo espetáculo.

De quem era esse jardim? De Rosinha e Pedrinho. Todas as tardes ao chegarem da escola, guardavam o material escolar, colocavam roupas de jardineiro e iam cuidar dó jardim. Como eram ainda pequenos, seus pais atribuíram-lhes esta tarefa. Mas eles não consideravam só um dever, pois cuidavam com alegria.

Numa tarde, quando lá se dirigiam, Pedrinho falou:

Rosinha, verifique se apareceram algumas ervas daninhas.

Retire-as porque elas prejudicam o jardim.

- Sim, - respondeu ela. Enquanto eu cuido desta parte, você vai revolvendo a terra, deixando-a fofa. Você se lembra que o vento trouxe uma sementinha, que encontrando a terra fofa aqui se aconchegou germinado, transformando-se em uma linda flor?

-É verdade. Hoje ela encanta o nosso jardim. Quem sabe o vento trará outra. Logo vai haver o concurso do jardim mais bem cuidado. Quem sabe ganharemos.

-Olha Pedrinho! Algumas ervas daninhas querendo prejudicar o nosso jardim! Foi bom você lembrar disso.

- Rosinha - não podemos descuidar.

E assim, os dias foram passando e os dois garotos cuidando com todo carinho das folhagens e flores. Elas estavam cada vez mais belas. Havia nesse jardim algo mais que a beleza e o perfume. Uma vibração suave e agradável pairava no ar. A menina acariciava as flores admirando a beleza e a perfeição e dizia:

- Pedrinho. Só Deus poderia fazer algo tão lindo e perfeito assim!

- É verdade Rosinha!

Bem, finalmente chegou o dia do concurso. O lugarejo estava repleto de gente para ver qual jardim era o mais belo. Era uma parada dura, pois havia jardins cuidados por jardineiros profissionais. Era um vai e vem. Pessoas admirando um jardim aqui, outro ali, outro acolá. De súbito, eis que surgem no céu borboletas, formando uma pequena nuvem colorida. Foram atraídas por um jardim, não só pela beleza, mas por uma vibração suave que pairava no ar. E começaram a bailar, chamando a atenção de todos.

Era lindo o espetáculo. Umas pousavam sobre as flores, beijando-as. Outras formavam uma espiral em torno das folhagens. Outras cercavam o jardim em ziguezague. Finalmente desce do alto uma borboleta azul-dourado, maravilhosa, pousa sobre uma linda rosa branca, bem no centro do jardim.

As pessoas não podiam conter a maravilha que viam, dizendo:

- É este o jardim que merece ganhar o concurso!

Rosinha e Pedrinho estavam emocionados. O espetáculo era no seu singelo jardim. Assim eles ganharam o concurso por causa do amor com que cuidavam do jardim atraindo as borboletas.

À noite a menina sonhou que seu espírito guardião lhe dissera:

- Rosinha, assim deve ser o jardim de seu coração e de todas as crianças. As flores são as virtudes, como a bondade, o respeito e a simplicidade. O perfume; são as vibrações que as virtudes emitem.

Sempre que aparecer ervas daninhas como a tristeza, a agressividade, retire-as para não sufocar as sementinhas boas que estão germinando. Cuide bem do jardim de seu coração, criança e que Jesus a abençoará.

Desse dia em diante. Rosinha começou a cuidar de dois jardins: o de sua casa e o de seu coração.

Maria H. F. Leite
Fonte da imagem: Internet Google.