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sábado, 19 de outubro de 2013

A Galinha

Ela trazia nas mãos uma galinha.

Cruzou silenciosamente o recinto, parou com humildade diante do professor e pediu, sem rodeios:

— Os senhores poderiam dar passe na minha galinha? Ela anda muito doente...

Todos os olhares alternaram imediatamente da mulher para a galinha e da galinha para o professor.

E agora?

Certamente inspirado pelo alto e pelos seus longos anos de convívio com a dor humana, nosso professor, com naturalidade, imediatamente respondeu-lhe:

— Ah! Minha irmã. A senhora veio ao lugar certo. E dirigindo-se a alguns médiuns passistas à sua volta, pediu-lhes para que se reunissem em torno da mulher e da galinha.

Compenetrados, todos aplicaram o passe magnético e, em seguida, solicitou para que ela e a galinha se acomodassem e participassem do estudo.

Finalizados os procedimentos, com muito jeitinho o professor, conduzindo-lhe pelo braço centro adentro, explicou-lhe solícito:

— Olha, a sua galinha vai melhorar. Mas na semana que vem seria bom que a senhora voltasse aqui ao centro. Não há mais necessidade de trazer a galinha novamente. Traga apenas uma garrafa com água que será fluidificada pelos bons espíritos. Mas, o importante mesmo é que a senhora volte, tá bom?

E despedindo-se afetuosamente, observou partir aquela sofrida mulher com os olhos radiantes, repleta de consolo e com sua autoestima em alta, convicta de que Deus não lhe desamparara em sua necessidade.

Assim, na condição de necessitados, muitos de nós, ao tomarmos conhecimento do espiritismo, também chegamos pela primeira vez na casa espírita carregando a nossa "galinha doente". Ela representa nossas necessidades materiais e espirituais mais básicas, a nossa carência de esclarecimento, nosso imediatismo, toda nossa humana sede de consolo, alívio e entendimento.

E quando na condição de benfeitores, sinceramente compenetrados em compartilhar os ideais de amor do Cristo, em favor de nossos semelhantes, alcançamos sempre a inspiração segura e certa, para que o bem se realize.

E sem alarde, pelas bênçãos de Deus e o auxílio dos bons espíritos, as mãos que se estendem em súplica se encontram com as que se estendem em auxílio para que, desse modo, o céu e a terra sempre se aproximem e se toquem, cada vez mais, em delicados e despercebidos elos de luz e fraternidade...

Adolfo Guimarães

Fonte do texto e imagem: Internet Google.

sábado, 5 de outubro de 2013

A QUE REINO VOCÊ PERTENCE?

Guilherme II, imperador alemão, viajando certa ocasião em visita a uma das mais afastadas províncias dos seus domínios, achou por bem interromper a viagem por algumas horas e visitar os alunos de uma pequena escola instalada à beira da estrada, na zona rural.

Os alunos o receberam com emoção, respeito e acatamento. No meio de tanto entusiasmo e espontaneidade, até um discurso surgiu de improviso para saudar tão ilustre visitante.

O imperador estava surpreso e feliz.

Observando que toda a classe era viva, inteligente e desinibida, sentiu-se muito à vontade no meio dos alunos.

Depois de ouvi-los cantar, declamar, discursar, desejou divertir-se também um pouco com as crianças. Assim, incumbiu o seu secretário de apanhar uma laranja no meio da bagagem.

Segurando-a numa das mãos, ele perguntou ao grupo:

-- Qual de vocês seria capaz de me responder a que reino pertence esta fruta que tenho na mão?

-- Ao reino vegetal -- acudiu imediatamente uma garota risonha, de olhos brilhantes e muito comunicativa.

-- Surpreendente! -- exclamou o visitante -- Bem, já que você respondeu com tanta precisão à pergunta que fiz, vou fazer-lhe uma vantajosa proposta: tenho ainda mais duas perguntas, que desejo também respostas corretas e ¡mediatas.

Se me responder com exatidão, sem hesitar, dou-lhe uma medalha como prêmio. Aceita o desafio?

-- Aceito, sim senhor -- respondeu a garota, prontamente.

Então, metendo a mão no bolso da sua farda, tirou uma moeda e mostrando-a, indagou:

-- E esta moeda, pertence a que reino? É capaz de responder?

-- Ao reino mineral -- disse a menina.

-- E eu, a que reino pertenço? -- continuou Guilherme II.

Houve um rápido momento de silêncio. Os colegas se entreolharam e a garota perdeu o sorriso alegre.

Ficou séria e constrangida. É que a pequena teve medo de ofender o imperador, dizendo-lhe pertencer ao reino animal...

Puxa! -- pensou ela. Mas perder a medalha é que não me agrada nem um pouco. Então, de repente, uma resposta lhe veio à mente e o bonito sorriso iluminou seu rostinho.

E ela, vitoriosa, respondeu:

-- O senhor pertence ao reino de Deus!

Professora, colegas e toda a comitiva que acompanhava o imperador não sabiam que admirar mais: se a engenhosa e verdadeira resposta cristã que a menina deu, ou se a nobre atitude do Kaiser que, entregando o prêmio com voz embargada, acrescentou profundamente emocionado:

-- Que seja eu digno desse reino, minha filha!

Autor Desconhecido. Fonte do texto e imagem: Internet Google.