ESTE É UM BLOG DE ARQUIVO

ESTE BLOG É UM ARQUIVO DE ESTÓRIAS E CONTOS DO BLOG CARLOS ESPÍRITA - Visite: http://carlosespirita.blogspot.com/ Todo conteúdo deste blog é publico. Copie, imprima ou poste textos e imagens daqui em outros blogs. Vamos divulgar o Espiritismo.

sábado, 21 de dezembro de 2013

O PALHACINHO TRISTE

Guilherme aproveitara muito bem suas lições na escola e passara de ano, com louvor. Seus pais, muito amorosos, lhe proporcionaram, então, alguns dias de férias numa conhecida cidade litorânea naquela região.

Eufórico, Guilherme arrumou a mala e, juntamente com seus pais e o irmãozinho, num dia muito bonito, saíram em viagem.

Ao chegar, logo à entrada da cidade, viram um circo cheio de luzes coloridas, jaulas com belos animais selvagens, elegantes cavalos e macacos engraçados. Com os olhos estatelados de emoção,
Guilherme ouviu seu pai prometer que no dia seguinte iriam assistir ao espetáculo.

No outro dia, à hora aprazada, deram entrada no circo e logo começou a função. Bailarinas, equilibristas, mágicos e trapezistas, alternavam-se com palhaços, macacos engraçados, elefantes enfeitados com pedrarias, domadores de animais e muitas outras coisas...

Com um pacote de pipocas nas mãos, Guilherme acompanhava tudo rindo e batendo palmas, satisfeito.

De repente, olhou um dos palhaços que faziam piruetas e davam cambalhotas no picadeiro. Seu ar, embora o riso aberto era triste. Quando ele se aproximou mais, Guilherme percebeu que duas lágrimas brilhavam em suas faces pintadas.

Daquele momento em diante, nada mais teve graça, e a figura do palhaço triste não lhe saiu mais da cabeça.

Na manhã seguinte acordou e, em vez de ir à praia, voltou ao circo.

As imagens agora eram bem diferentes.

Não havia mais belas luzes coloridas e a impressão de luxo e riqueza desvaneceu-se inteiramente.

Algumas pessoas faziam a limpeza do local, enquanto outras lavavam e tratavam dos animais.

O garoto perguntou a alguém onde poderia encontrar o palhaço triste e informaram-lhe que ele estava no picadeiro.

Adentrando a enorme lona do circo, agora totalmente vazio; Guilherme parecia ainda ouvir os aplausos e os gritos da plateia.

Logo o viu. Uma pequena figura, sentada no chão, tendo a cabeça entre as mãos.

- Olá! - disse, à guisa de cumprimento.

O palhaço ergueu a cabeça, ao ouvir a voz estranha.

- Olá! - respondeu - O que o traz aqui, garoto?

- Bem, é que eu gostaria de ver um palhaço de perto.

- Ah! Com certeza vai se decepcionar. Sou apenas um homem como qualquer outro.

- Estranho! Sempre pensei que os palhaços deveriam levar vida alegre, sempre sorrindo e brincando, como se a existência fosse uma festa! - exclamou o menino.

- Puro engano, meu filho. Muitas vezes rimos para não chorar - disse, com pesar.

- Agora entendo isso. Ontem mesmo, durante o espetáculo, percebi que você estava triste, por quê?

- Deu para notar?!... A verdade é que estou com problemas muito graves.

E o palhaço lhe contou que estava com a filhinha doente e não tinha recursos para levá-la ao médico.

Contente por poder ajudar, Guilherme lhe assegurou:

- Ora, não se aflija! Meu pai é médico e poderá examinar sua filha.

Saiu correndo e, pouco depois, voltou acompanhado pelo pai.

Ficaram impressionados com a miséria do local. O carro em que viajavam, e que lhes seria de moradia, era muito pobre e sem conforto.

O médico examinou a criança e afirmou que ela, além de pneumonia, estava também muito desnutrida, precisando se alimentar melhor.

- Eu sei doutor. - disse o palhaço - Mas não tenho dinheiro. Ganho pouco e mal dá para as despesas mais urgentes.

- Não se preocupe. Sua filhinha deverá ser hospitalizada, mas ficará boa logo, com a ajuda de Deus.

O médico conduziu a menina para o hospital, onde ela foi medicada.

Em seguida, levou uma cesta contendo gêneros alimentícios que dariam para muitos dias e entregou também, ao palhaço, um envelope contendo certa importância em dinheiro.

- Mas, doutor, não sei quando poderei lhe pagar!...

- Não se preocupe. Quero apenas vê-lo fazer as crianças sorrirem.

Depois de alguns dias, a garotinha voltou para casa contente e saudável.

Era o último espetáculo do circo. Iriam levantar acampamento no dia seguinte. Guilherme e seus familiares estavam na primeira fila.

O palhaço aproximou-se, trazendo nas mãos um lindo balão vermelho, amarrado com um cordão.

Chegando junto a Guilherme entregou-lhe o balão, com sorriso aberto e feliz.

- Você agora não é mais um palhacinho triste - disse Guilherme.

- Não. Graças a você, posso sorrir novamente. Não sei como lhes agradecer tudo o que fizeram por mim.

O médico, bem-humorado, afirmou:

- É fácil! Faça um espetáculo bem alegre para deixar as crianças contentes.

Com um último olhar agradecido, o palhaço afastou-se dando cambalhotas e fazendo palhaçadas, acompanhado pelo riso das crianças.

Guilherme suspirou, satisfeito. O pai olhou para o menino, com carinho:

- Muitas vezes, o sofrimento e a dor estão onde menos esperamos, meu filho.

E é preciso ter sensibilidade para descobrir onde está a necessidade das pessoas. Se não fosse você, ninguém teria descoberto o problema do palhaço. Muito bem, meu filho, Jesus certamente está contente com você.

E completou;

- A verdade é que onde estivermos podemos ajudar alguém. Basta que tenhamos boa-vontade para isso.

Autor: Tia Célia - Publicado no Jornal O Imortal - Nº 552 - Janeiro de 2000.
Fonte do texto e imagem: Internet Google.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A Coruja e o Sol

Há muito, muito tempo, quando o papai do céu criou o nosso Planeta, Ele o colocou pertinho de uma estrela linda e brilhante.

Tempos depois, em um dia de inverno, fazia um frio muito forte, todos os animais da floresta procuravam se proteger do tempo ruim em suas casinhas ou tocas, o vento era tão forte e gelado que ninguém tinha coragem de sair ao ar livre.

Ninguém, menos um animalzinho, bem pequenininho, muito fofinho que resolveu dar um passeio à noite.

Sabe quem era?

Uma corujinha! As corujas são bichinhos que gostam muito de sair à noite para caçar seus alimentos, só que havia um problema: estava frio demais, não havia insetos naquela região para ela comer, então a corujinha precisou andar muito, muito longe a procura de comida, logo se afastou de sua casa.

Procurou, procurou algum alimento e quando ela percebeu a distância que estava de casa resolveu voltar, só que neste momento começou a nevar na floresta.

A neve foi caindo, caindo... Cada vez mais forte e a corujinha, que já estava tremendo de frio, acabou ficando presa no gelo.

E agora o que ela iria fazer? - Ai, ai, ai meus pezinhos, dizia ela, e agora, alguém precisa me salvar!

Mas, com todo aquele frio, ninguém apareceu.

A noite passou e a corujinha presa no gelo frio ficou..., rezando pra que aparecesse alguém que a salvasse até que...

Sabe o que começou a acontecer?

O dia começou a amanhecer e, com ele... O sol com seus raios de luz quentinhos começaram a aquecer todo aquele gelo que prendia a corujinha, até que ela conseguiu soltar um pezinho, depois o outro... e zupt! Saiu correndo toda contente de volta pra sua casinha!

Pensou ela: “Obrigada solzinho querido pelo seu calor que me salvou, obrigada papai do céu por ter criado essa estrela tão importante pra nossa vida!”

História criada pela evangelizadora Carina Fiorim Comerlato.

Fonte do texto e imagem: Internet Google.