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sábado, 30 de agosto de 2014

A DOENÇA DE SÉRGIO

TEMA: BOAS MANEIRAS NA ESCOLA

Sérgio era um forte garoto de cinco anos. Todos o achavam inteligente e esperto; Já frequentava a escola. Entretanto, suas atitudes não eram de criança educada.

Não ouvia os conselhos de sua mãe, d. Lídia, que o alertava sempre:

— Meu filho, você precisa ter modos bonitos e boa educação para com as pessoas. É muito feio não se comportar bem quando estamos com as outras pessoas!

Porém, Sérgio não se modificava. E continuava sempre o mesmo: cada vez mais fazendo estripulias.

Por isso, não tinha amigos. Todas as crianças que o conheciam, depois de certo tempo, não mais o queriam nas brincadeiras.

No ano seguinte, Sérgio passou para o Pré-Primário e foi para um grande Colégio. Logo ficou conhecido, devido à sua falta de boas maneiras.

Quando no pátio, à hora do recreio, rodopiava sua lancheira, batendo no rosto dos colegas, segurando - a pela alça. Deixava cair a caneca que voava longe, muitas vezes assustando algum colega distraído.

Quando parava, ria-se a valer, ao verificar o descontentamento de todos. Sempre que via alguns meninos conversando juntos, tudo fazia para separá-los.

Se estava sentado no chão, colocava propositalmente o pé na frente de quem ia passando, para que tropeçasse e caísse.

Por tudo o que fazia, Sérgio nunca era convidado para participar dos jogos e das conversas.

Na classe, conversava durante a aula, dando palpites enquanto a professora explicava, atrapalhando a lição. Levantava-se do lugar, a todo o momento! Era mesmo insuportável! D. Clarinha, a paciente professora, vivia a dizer-lhe:

— Sérgio, comporte-se! Um dia se arrependerá de ser assim!

— Qual nada, dizia ele. Adoro brincar!

Certo dia, durante o recreio, Sérgio sentiu-se mal. Doía-lhe o estômago, sentia náuseas, tontura...

— Acho que pulei muito, após o almoço. . - Chame alguém, por favor. Estou-me sentindo muito mal.

O colega que estava por perto o ouviu, e pensou tratar-se de mais uma de suas malvadas brincadeiras.

Afastou-se dali, sem lhe dar atenção.

Sérgio colocou-se de pé, com dificuldade, mal conseguindo andar, sentindo dores na cabeça. Apesar da tontura, caminhava esbarrando nos garotos, que o empurravam, dizendo:

— Tenha modos, Sérgio! Veja por onde anda!

Sérgio piorava a cada momento. E aborrecido, pensava: — Que gente ruim, por que será que ninguém me acode? E com grande dificuldade chegou à sala das professoras, que o socorreram, preocupadas.

Deitaram-no no sofá, e, em seguida fizeram-no beber um remédio. Em casa, sua mãe chamou o médico. Sérgio estava com indigestão! Durante dois dias, Sérgio teve de tomar amargos remédios para sarar. Nesse tempo em que precisou ficar em repouso, recordou, com tristeza como havia passado mal e seus colegas não haviam acreditado nele. Perguntou à sua mãe:

— Mamãe, por que não acreditaram que eu estava mal? O que fiz para que não acreditassem em mim?

Pacientemente, D. Lídia lhe falou:

— Você foi o único culpado! Devido às suas péssimas atitudes, todos julgaram tratar-se de outra de suas brincadeiras, que não têm nenhuma graça.

O menino, atento, percebia como vinha agindo errado. Sempre sem maneiras educadas, sem respeitar os outros. Sentiu como foi horrível não ser respeitado na hora em que mais precisava de ajuda.

Prometeu a si mesmo que haveria de se modificar.

Sérgio voltou para a escola, mas não era mais o menino de antes.

Corrigiu-se e passou a ser respeitado e estimado por todos.


Autor Desconhecido. Fonte do texto e imagem: Internet Google.

domingo, 17 de agosto de 2014

O BONECO

Um dia vovó comentou que os doces feitos por ela e minha mãe naquela manhã haviam desaparecido do armário. E não sabia o que tinha sido feito deles.

Embora nenhuma das duas parecesse de qualquer forma preocupada com a ocorrência, eu imediatamente disse:

- Foram roubados.

Elas me olharam surpreendidas, mas foi vovó quem estabeleceu conversação comigo.

- Você tem certeza? Ela perguntou.

- Tenho! Sustentei. E foi o Pedrinho.

Pedrinho era um dos meus irmãos. Vovó insistiu:

- Você tem certeza?

- Se tenho! Foi o Carlucho quem me contou.

- Minha filha, disse ela tranquila, passando o seu braço pelo meu, venha até o meu quarto. Quero lhe mostrar uma coisa.

No quarto ela abriu a gaveta de uma cômoda e tirou, lá de dentro, um boneco que eu nunca tinha visto.

- Veja como está bem vestido!

Eu não estava entendendo. Aquilo nada tinha a ver com o caso dos doces. Ela prosseguiu:

- Vá dizendo o que mais lhe chama a atenção neste boneco.

- Tem uma bonita roupa, uma camisa linda! Respondi ao observar os punhos, o peitilho e o colarinho impecáveis.

Assim que terminei de falar, minha avó tirou o paletó do boneco. Cai na gargalhada quando vi que da impecável camisa só havia os punhos, o peitilho e o colarinho.

Mas, de súbito, compreendendo, me tornei muito séria.

E vovó, abraçando-me a sorrir, disse concluindo:

- Veja você como são as coisas. A gente só pode crer naquilo que vê. E do que se vê, muitas vezes é preciso acreditar apenas na metade.

Você percebeu por quê?

Já se passaram muitos anos... Mas, sempre que sou levada, por certa irreflexão tão comum nos seres humanos, a julgar fatos ou pessoas pelas aparências, vem-me à lembrança a impecável camisa daquele boneco da vovó...

História Infantil - Wallace Leal V. Rodrigues

Fonte do texto e imagem: Internet Google,

sábado, 9 de agosto de 2014

SE EU NÃO FOSSE

Pedro foi à praia passear na casa de sua tia Sebastiana e logo saiu para conhecer as redondezas.

Voltou desanimado: como iria passar quinze dias sem amigos, sem vizinhos, sem brinquedos?!

Tia Sebastiana, notando a tristeza do sobrinho, sugeriu:

- Pedrinho, amanhã vá até o final da praia e ande por lá... Quem sabe encontrará um amigo para brincar.

No dia seguinte, Pedrinho, no final da praia, encontrou um barraco, ao lado de um velho barco.

Aproximando-se, vê Joãozinho, que voltava do serviço de engraxate, e com ele puxa conversa:

- Você mora aí?

- Moro. E você? É dessas bandas?

- Não, sou de São Paulo, da Capital. Estou passeando na casa de minha tia. Vamos brincar um pouco?

- Num dá!

- E amanhã!

- Só depois das quatro, pois estudo e trabalho.

- Então fica combinado, amanhã à tarde.

Seu Ferreira, velho pescador, cansado pela idade e pelo trabalho, ouvia a conversa de dentro do barco que lhe servia de morada, e falou consigo mesmo:

- Parece que o meu pequeno vizinho arrumou um novo amigo.

Na tarde seguinte, à hora combinada, chega Pedrinho.

- Joãozinho, de que vamos brincar?

- Você que sabe!

- Vamos catar conchinhas?

- Não quero não! Andei o dia inteiro por aí engraxando e carregando a caixa. Estou cansado.

- Então não sei.

- Vamos brincar de escolher o que queremos ser?

- Bom – disse Pedrinho -, em vez de criança, quero ser toda a areia da praia.

- Que bobo! Ser grãozinho de areia! Ninguém liga para areia, trazem até toalha para sentar em cima.

- Então quero ser o sol.

- Mais bobo ainda! O sol só aparece de dia e as pessoas se escondem dele embaixo do guarda sol.

Então quero ser a lua.

- Mas a lua é como o sol! É chato. Quando o sol vem ninguém se lembra da lua, e quando é noite ninguém lembra do sol.

- Ei, está difícil! Ah! Já sei. Quero ser Jesus!

Levando as mãos à cabeça, Joãozinho se espantou:

- Jesus! Mas tem que ser bom.

Quando bater numa face, tem que dar a outra também e, depois, ainda vem uns homens ruins e batem e te pregam numa cruz!

- Você tem razão! Pensando melhor... Quero ser... Deus!

- Deus!!!... – exclamou Joãozinho, não fala nada? Acho que te peguei!

Nesse instante, sai do barco o velho Ferreira.

- Quem quer ser Deus aí?

- Eu. Meu nome é Pedrinho.

- Olha, você ia trabalhar tanto.

Não ia ser fácil. Veja este mar, você deveria enchê-lo de peixes; olhe a natureza, os pássaros, as flores, quanto você teria que trabalhar.

- Quer dizer que Deus não tem descanso? Nem final de semana?

Nem feriado? Nem férias?

- Isso mesmo! Ele trabalha sem cessar, mantendo a vida e o universo.

Coçando a cabeça, Pedrinho concluiu:

- Pensando bem, acho que prefiro ser menino e criança.

E foram-se os dois pela praia dando gargalhadas.

Então, seu Ferreira, com os olhos em lágrimas, falou:

- Sabe, Deus? O Senhor é o único mesmo, sempre.

HISTORIAS DE TIAMARA.


Fonte do texto e imagem: Internet Google.