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sábado, 25 de outubro de 2014

A OSTRINHA PERSISTENTE

Era uma vez, uma ostrinha que morava dentro de uma concha, presa a um rochedo nas encostas do mar.

Um dia se formou um grande temporal, com muito vento, e o vento fez com que se formassem ondas muito grandes, que batiam no rochedo com grande violência, pondo em perigo a segurança da ostrinha.

E a ostrinha lutava muito para continuar firme no rochedo; porque as ostras ficam presas no rochedo por fiozinhos que são criados pela própria natureza.

As ondas eram muito violentas, batiam com muita força ocasionando o desprendimento de um pedaço de rocha indo atingir a concha; causando um pequeno ferimento na ostrinha.

A ostrinha chorou de dor, vertendo uma pequena lágrima, que ficou “guardada” dentro da concha.

Apesar da dor, a ostrinha não desanimou, não perdeu a fé, continuou a segurar-se na rocha, até que o temporal passou e o mar se acalmou.

E o tempo foi passando.

E aquela lágrima, que ficou guardada na sua concha, foi se transformando, até ficar uma linda pérola, perfeita e brilhante!

Se a ostrinha, tivesse perdido a fé, ela teria se desprendido da rocha e teria morrido no fundo do mar.

Mas sua coragem foi maior, e hoje ela é a ostrinha mais feliz daquela rocha, porque traz dentro de si uma pérola maravilhosa como prêmio de seu esforço, de sua luta para vencer.

Assim a ostrinha nos mostrou que a persistência nos faz vencer as dificuldades, e que a dor é o remédio que muitas vezes necessitamos para vencer. Que se não fosse aquele pequeno ferimento que lhe deu ocasião de verter uma lágrima, hoje ela não teria aquela pérola valiosa fruto de sua dor e de sua persistência.

Autora: Anna Vello Gaviolle.


Fonte do texto e imagem: Internet Google.

sábado, 4 de outubro de 2014

O LOBINHO VEGETARIANO

Toni era um Lobinho pertencente a uma família de lobos maus, porém, ele era diferente dos outros de sua espécie. Toni não nutria sentimentos de maldade dentro de si.

Quando todos iam caçar, procurava sempre se esconder, pois adorava admirar a natureza e colher morangos silvestres.

Todas as tardes os lobos se reuniam para contar suas façanhas. Nessa hora, Toni se calava, pois tinha receio de demonstrar seus sentimentos. Seus irmãos diziam orgulhosos:

- Hoje corri atrás de uma família de coelhos e devorei quase todos!

Lobinho ouvia tudo com tristeza. Não conseguia imaginar-se agindo daquela maneira, e pensava:

"Puxa, se eles descobrirem o que realmente eu gosto de comer, vão me expulsar".

Assim o tempo foi passando e Toni foi crescendo, porém magro, e isto preocupava o pai, que dizia, alertando sua companheira:

- Lobinho precisa caçar carne gorda.

- Meu bem - disse a companheira, deixe o Lobinho passar alguns dias com seu irmão, o Lobão, quem sabe ele não volta gordinho e esperto.

- Boa ideia! - concordou o pai.

Então Toni seguiu viagem, mas temeroso, pois não sabia como poderia enganar seu tio Lobão, afinal ele era o melhor dos lobos caçadores.

Durante a viagem, Toni orava e pedia a Deus que o iluminasse para que o tio não descobrisse os seus gostos alimentares.

Já no meio do caminho, Lobinho encontrou uma coelha, que, quando o avistou, saltou assustada para dentro de um buraco de uma árvore.

Lobinho parou diante da árvore e disse a Coelhinha:

- Por que foge de mim? Não vou lhe fazer mal algum.

A Coelha, tremendo de medo, colocou meio focinho para fora do buraco e disse:

- Você deve ser louco! Onde já se viu um lobo não comer coelhos!

Lobinho sorriu e disse:

- Claro que não sou maluco. É que não gosto de caçar e nem de comer carne. Vivo de frutas silvestres... - E começou a contar a sua história.

Foi assim que a Coelha se tornou amiga de Lobinho.

Toni foi seguindo viagem e logo às margens do riacho avistou a casinha de seu tio Lobão. Quando bateu na porta, ouviu uma voz rouca:

- Quem é que ousa perturbar meu descanso?

- Sou eu tio Lobão, Toni.

- Entre sobrinho.

Lobinho viu seu tio Lobão deitado entre os cobertores. Estaria doente? -pensou.

- O quê houve tio?

- Estou doente sobrinho. É que esses dias comi uma coelha que estava prenha.

Quando Lobinho ouviu aquilo, quase desmaiou, mas não podia chamar a atenção, e falou:

- Vou cuidar de você tio. Vou preparar uma boa sopa de legumes e fazer uma vitamina de morangos silvestres.

Lobão quis ficar bravo, mas não conseguiu, de tão fraco que estava.

Assim, durante alguns dias, tio Lobão ficou aos cuidados de seu sobrinho.

Numa linda manhã, Toni teve uma surpresa: nem bem o dia havia amanhecido e seu tio estava curado e bem disposto.

- Sobrinho, hoje vamos caçar!

Lobinho entrou em desespero. O que iria fazer? E se o tio descobrisse o seu segredo!

- Vamos, sobrinho, à caçada!

Já no meio da floresta Lobinho quis despistar o tio, mas não conseguiu. Envolvido em seus pensamentos, ouviu o tio dizer: Olhe Lobinho, uma boa caça!

Toni reconheceu a Coelha sua amiga, e pôs-se a orar.

Quando o tio já ia pulando sobre a caça, Lobinho gritou:

- Tio Lobão, esta deve ser da família daquela, lembra-se... O tio começou a passar mal só de pensar no seu sofrimento, e desistiu.

Lobinho teve que ficar cuidando do tio por mais tempo e, aos poucos, com jeitinho, foi acostumando-o a viver de maneira mais simples e a ter uma alimentação mais natural. É claro que o tio continuou sendo o Lobão mau, mas agora já não comia tanta carne como antes.

Crianças: Muitas vezes, para conseguirmos ajudar ao próximo, é preciso esconder o que realmente somos e as nossas virtudes, para não ofender e nem ser rejeitado. Não é mentir, mas reservar a verdade para a hora certa.

E nem devemos ter medo, pois Jesus ampara e ilumina quem tem fé e deseja ser bom.


Autora: Tia Mara. Fonte do texto e imagem: Internet Google.