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domingo, 27 de abril de 2014

AMOR VERDADEIRO

Pobre borboletinha! Vivia a sonhar em ser um dia a Grande Rainha, sonho esse acalentado desde seus tempos de lagarta.

Quando, em sua metamorfose, fez-se linda, tomou-se de cores vivas e tornou-se brilhante.

Brilhante?... Era bonita, quase aveludada.

Nossa irmãzinha viajava muito! Não tinha pouso fixo. Um dia, porém, cansada, resolveu alojar-se em um lindo roseiral.

Ali passou a viver conformada com seu destino. Porém, indagava-se:

- Senhor, porque tão bonita e tão sozinha? Ninguém para admirar minha beleza! E meus sonhos? Nunca serão realizados? Onde irei arrumar um príncipe?

Através de um único amigo, o Besouro, conheceu o lindo e charmoso Borbolosal, vindo de fina família, que se enamorou de nossa amiguinha, levando-a para morar em seu jardim de margaridas.

No início, tudo era festa! Mas, Borbolosal começou a se decepcionar com a companheira, que reclamava atenções só para ela. E o ciúme? Era um horror! Até mesmo do compadre Besouro, que não podia conversar com o amigo Borbolosal.

Assim, tornou-se possessiva e autoritária. No reinado, todos a respeitavam e temiam pela sua autoridade; até alguns companheiros serviçais foram maltratados.

Borbolosal cada dia tornava-se mais triste, sem esperança; saia sem destino e alojava-se em lindo girassol.

Um dia, apareceu por lá uma linda borboletinha amarela, que vendo-o tão triste, perguntou:

- Que se passa, meu amigo? Perdeste algo?

Fitando aquela criaturinha tão humilde, o coraçãozinho de Borbosal encheu-se de esperança.

- Vivo a fugir da realidade! Aqui venho para sonhar.

- Amigo, é necessário que sonhes, mas o Criador deseja que possas viver a vida que pediste.

Nesse momento, Borbolosal responde:

- Pensei que havia morrido minha esperança, mas percebo que você, irmãzinha, a trouxe de volta.

E pôs-se a contar sua história.

Depois de grande relato, a borboletinha Amarela quis conhecer Brilhante, sua esposa. E qual não foi a surpresa de Borbolosal, ao notar que Brilhante gostou muito de Amarelinha e que as duas tornaram-se boas amigas.

Assim, Borbolosal continuava vivo, com o conforto do amor impossível, e suportando todas as suas dificuldades com mais resignação.

A borboletinha Amarela ensinou a humildade e a resignação à irmãzinha Brilhante, que ouvia seus conselhos, mas os seguia muito pouco.

Mas Borbolosal e Amarelinha conseguiram algumas mudanças em Brilhante, porém, à causa de muito sacrifício.

Um dia, Amarelinha pediu ao Criador que a levasse para as montanhas, pois estava sentindo que aquele sentimento pelo Borbolosal crescia de maneira estranha.

Então o Criador fez a sua vontade. Amarelinha partiu para sempre, com a esperança de um dia se reencontrarem, pois o amor era recíproco.

Desde então, o casal viveu bem muito anos.

Conta a lenda que, quando da morte de Borbolosal, Amarelinha apareceu, e ambos, se reencontrando, foram felizes para sempre no céu.

“Crianças, o amor verdadeiro é renúncia, tolerância e confiança no Pai Criador”.

Tiamara


Fonte do texto e imagem: Internet Google.

domingo, 13 de abril de 2014

MEU QUERIDO VOVOZINHO

Todas as tardes após a escola eu e meus amigos, íamos jogar bola no campinho que ficava ao lado da casa de seu Antenor.

Seu Antenor é um homem de meia idade que sempre implicava com os vizinhos, com o calor, com as crianças, nada servia para ele.

E os meninos por sua vez, não deixavam o pobre velho em paz.

Um belo dia ao voltar para casa, Pedrinho passou em frente a casa de seu Antenor e o viu chorando abraçado a um retrato. Quando chegou em casa contou à dona Helena.

- Mamãe, ao passar pela casa de seu Antenor o vi chorando junto a um retrato. Pensei que ele não chorava mais, pois ele é sempre tão ranzinza.

- Ora Pedrinho, foi o meio que ele encontrou para esconder seus verdadeiros sentimentos.

- Não entendi mamãe?

- Algumas pessoas como seu Antenor que já sofreram muito na vida, com a perda da família; esposa, seu único filho, usam agressividade para se defender. Acreditam que assim não vão sofrer mais.

- Isso é um engano, pois, acabam sofrendo mais. Ninguém vive sem amor. Você meu filho que é um menino bom, deve sempre que tiver oportunidade, ajudá-lo com muito carinho.

Seu Antenor é muito só, e o evangelho sempre nos ensina a amar e a respeitar os mais velhos.

À noite Pedrinho sonhou com seu querido vovozinho, pedindo para que ele tratasse seu Antenor como seu avô e que o amasse muito.

Pela manhã na escola contou aos seus amiguinhos a conversa com sua mãe e o sonho com seu avô, então resolveram pedir desculpas a seu Antenor e para que ele aceitasse ser o avô deles, já que muitos não tinham avô e outros o avô morava muito longe.

Seu Antenor ficou muito contente, e disse emocionado:

- Eu serei o melhor avô do mundo.

"Essa história nos faz lembrar quantos vizinhos idosos nós temos, e, quantos velhinhos nos asilos estão esperando apenas um abraço, um beijo, uma palavra amiga".

Nós nunca devemos desrespeitar os mais velhos, pois são pessoas que já viveram muito e merecem todo nosso carinho e respeito.

Fonte do Texto: Revista Consciência Espírita - Fevereiro/2000

Imagem: Internet Google.