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domingo, 31 de julho de 2016

A CASA DOS MIL ESPELHOS

(Folclore japonês)

Tempos atrás em um distante e pequeno vilarejo, havia um lugar conhecido como a casa dos 1000 espelhos.

Um pequeno e feliz cãozinho soube deste lugar e decidiu visitar.

Lá chegando, saltitou feliz escada acima até a entrada da casa.

Olhou através da porta de entrada com suas orelhinhas bem levantadas e a cauda balançando tão rapidamente quanto podia.

Para sua grande surpresa, deparou-se com outros 1000 pequenos e felizes cãezinhos, todos com suas caudas balançando tão rapidamente quanto a dele.

Abriu um enorme sorriso, e foi correspondido com 1000 enormes sorrisos.

Quando saiu da casa, pensou,

- Que lugar maravilhoso! Voltarei sempre, um montão de vezes.

Neste mesmo vilarejo, um outro pequeno cãozinho, que não era tão feliz quanto o primeiro, decidiu visitar a casa.

Escalou lentamente as escadas e olhou através da porta.

Quando viu 1000 olhares hostis de cães que lhe olhavam fixamente, rosnou e mostrou os dentes e ficou horrorizado ao ver 1000 cães rosnando e mostrando os dentes para ele.

Quando saiu, ele pensou,

- Que lugar horrível, nunca mais volto aqui.

Todos os rostos no mundo são espelhos.

Que tipo de reflexos você vê nos rostos das pessoas que você encontra?


Tradução Sergio Barros - site Fonte Reflexão – Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

A CARTA DA TETÊ

Oi, querida Joana, como você está? Tia Pépe está legal? Tio Alex? E o Toquinho? Espero que tudo esteja legal.

Ontem à noite, estive conversando com a Vovó sobre aquele assunto que a gente conversou semana passada na casa da Tia Maricotinha, lembra?

Você sabe que eu estava super curiosa para saber como é que Deus e Jesus podiam conhecer e atender todo mundo, dar proteção e tudo o mais, né?

Pois então, a Vovó me explicou que cada um de nós tem em seu coração um pedacinho de Deus, pois foi Ele quem nos criou e Jesus nos deixa um amiguinho bem juntinho da gente pra ser intermediário de tudo o que nos acontece.

Você sabe quem é? É o nosso Espírito Protetor.

Daí eu fiquei curiosa, você sabe como eu sou, né? E perguntei p'ra Vó quem ele era, porque eu nunca o vi.

Sabe o que a Vó me respondeu?

- Querida Netinha, o Espírito Protetor é um Espírito nosso amigo, nosso protetor, nosso companheiro, aquele que está sempre conosco em todos os momentos, nos empurra no caminho da vida, nos orienta no caminho do amor.

Quando estamos tristes é ele quem nos faz carinho e nos anima. E se fazemos uma coisa errada, olha ele de novo ali para nos dar um puxãozinho de orelha. Mas se fazemos algo legal, ele logo nos abraça de contentamento.

Aí eu disse que aquilo ela já tinha me falado, mas insisti que eu nunca tinha visto o tal Espírito Protetor, foi aí que ela me explicou:

- Netinha, você não me deixou acabar de falar...

A gente não vê nosso amigo protetor, a gente só o sente no coração.

Sabe aquela voz que vez por outra a gente escuta, mas não sabe de onde veio? Pois então é nosso amiguinho falando conosco.

Mas olha netinha querida, tem muita gente por aí que ó..., não escuta e nem sente o amiguinho...

Por isso temos sempre que fazer silêncio com a gente mesmo para poder dar espaço pra ele poder falar e a gente ouvir.

Legal, né Joana? Daí eu passei a fazer sabe o que?

Agora, toda noite, eu paro e fico bem quietinha e também depois procuro conversar pelo pensamento com meu amiguinho protetor. E você sabe que funciona legal?

E o mais joia de tudo é que cada um de nós tem um amiguinho desses.

Bem, Joana, vou parar de escrever agora, já tenho que ir me arrumar pra ir pro colégio.

Tchau, um beijo da sua prima e amiga Tetê.


Autor Desconhecido – Fonte do texto: Equipe do CVDEE – Imagem: Internet Google.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

A CAIXA DE LÁPIS

Eu estava concentrado em meus pensamentos em meu escritório, preparando uma palestra para aquela noite em uma faculdade da cidade, quando o telefone tocou. Uma mulher que eu não conhecia se apresentou e disse-me ser mãe de um garoto de sete anos e que ela estava morrendo. Disse que seu terapeuta a tinha recomendado não discutir sua morte com seu filho, pois seria demasiado traumático para ele, mas de algum modo ela sentia que não estava correto.

Sabendo que eu trabalhava com crianças, pediu meu conselho. Eu disse- lhe que nosso coração é, normalmente, mais esperto do que nosso cérebro e que eu acreditava que ela sabia o que seria melhor para seu filho. Eu a convidei para assistir a palestra daquela noite, já que eu falaria exatamente sobre como as crianças lidam com a morte. Ela respondeu que estaria lá.

Mais tarde eu pensava em como a reconheceria, mas minha dúvida foi esclarecida quando vi uma frágil mulher entrar carregada por dois adultos. Eu falei sobre o fato de que as crianças geralmente detectam a verdade muito tempo antes que lhe sejam ditas e que frequentemente aguardam até que os adultos estejam prontos para falar. Eu disse que as crianças geralmente podem suportar melhor a verdade do que a omissão, mesmo que a omissão pretenda protege-las da dor. Eu disse que respeito às crianças significa incluí-las nas tristezas e melancolias da família, não deixando-as de fora.

Ela tinha ouvido o suficiente. No intervalo, subiu ao palco e entre lágrimas disse:

- Em meu coração eu sempre soube. Eu sabia que deveria lhe contar. Terei uma conversa essa noite com meu filho.

Na manhã seguinte eu recebi outro telefonema dela. Mal podia falar, mas me esforcei para ouvir a história naquela voz sufocada. Ela disse que o acordou quando chegaram em casa à noite e, calmamente disse a ele,

- Derek, tenho algo muito sério para lhe contar.

Ele a interrompeu dizendo,

- Mãe, você vai me contar que está morrendo?

Ela o abraçou apertado, e ambos choraram quando ela disse,

- Sim.

Depois de alguns minutos, o menino desceu. Disse que tinha guardado algo para ela. Atrás de uma de suas gavetas estava uma suja caixa de lápis. Dentro da caixa uma carta escrita no simples rabisco de uma criança. Dizia: "Adeus, mamãe. Eu sempre lhe amarei".

Quanto tempo tinha esperado para ouvir a verdade, eu não sei. Eu sei que dois dias depois a jovem mãe morreu. E em seu caixão foi colocado uma suja caixa de lápis e uma carta.

Fonte: Reflexão – Tradução: Sergio Barros Autor: Doris Sanford

Texto e imagem: Internet Google.