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sábado, 1 de dezembro de 2018

DEUS NÃO NOS ABANDONA NUNCA


MEU QUERIDO AMIGUINHO,
HOJE EU VIM PRA LHES FALAR,
QUE ACONTEÇA O QUE ACONTEÇA
DEUS NUNCA VAI NOS ABANDONAR.

NA TRISTEZA OU NA DOR
NO MEDO OU NA SOLIDÃO
DEUS ESTÁ SEMPRE JUNTINHO
NÃO NOS ESQUECE NÃO.

PARA ELE NÃO HÁ DIFERENTES,
NEM MAIS BONITOS OU MAIS INTELIGENTES,
SOMOS TODOS FILHOS AMADOS,
SOB O OLHAR DE UM PAI ESMERADO,
QUE ESTÁ SEMPRE AO NOSSO LADO.

COMO PEQUENAS CRIANÇAS
A NOS LEVAR PELA MÃO,
NOS MOSTRANDO O CAMINHO,
COM AMOR E AFEIÇÃO.

NOS ENSINA COM PACIÊNCIA
NÃO TEM PRESSA E CONFIA
SABE QUE MESMO CAINDO
APRENDEREMOS UM DIA.

NÃO TE ESQUEÇAS NUNCA, NUNCA
NA LUZ OU NA ESCURIDÃO,
NAS HORAS DE AFLIÇÃO,
DEUS NOS LEVA NO COLO
NO ACONCHEGO DO CORAÇÃO.

PORTANTO NÃO DIGAS NUNCA
QUE ÉS UM COITADO NA VIDA
POIS QUANDO FECHA UMA PORTA
DEUS TE DÁ OUTRAS SAIDAS.

PROCURÁ-LO EM CADA CANTO,
EM CADA SITUAÇÃO,
CHAMÁ-LO EM UMA PRECE, UMA SINCERA ORAÇÃO,
UMA CENTELHA DE ESPERANÇA,
NÃO TARDA A APARECER,
DEUS ESTÁ SEMPRE AO SEU LADO,
E TU IRÁS LHE RECONHECER.

Autora: Paty Bolonha - Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

CHIQUINHO E O ESPÍRITO PROTETOR


"Chiquinho é um garoto alegre, que está sempre com seu bonezinho no alto da cabeça.

Ele mora numa casinha junto com o papai, porque a mamãe de Chiquinho desencarnou; ela está no Mundo Espiritual.

Chiquinho ajuda o papai vendendo jornais depois da aula.

Vamos ver como é o dia do Chiquinho?

Ele acorda cedinho e faz a sua prece.

Na prece ele pede ajuda a Jesus para ter um bom dia.

Depois ele se levanta, se apronta e toma o café que o papai arrumou para ele.

Então Chiquinho vai para a escola.

A escola é muito longe, e Chiquinho terá que atravessar ruas movimentadas, mas parece que o Chiquinho não está só..."

Alguém o está abraçando, mas ele não pode vê-lo, porque esta pessoa só tem o corpo levinho.... É um Espírito!

Que será que esse Espírito está fazendo perto do Chiquinho?

Vocês se lembram que quando o Chiquinho fez a prece ele pediu que Jesus o ajudasse? Pois então, este Espírito está ajudando o Chiquinho.

Ele é um bom Espírito, muito amigo, que está sempre auxiliando e protegendo; o Chiquinho não o pode ver, mas ele está sempre com ele: é o seu Espírito Protetor! Mas seu Espírito Protetor também chama sua atenção, veja só:

O Chiquinho estava a fim de brigar com seu coleguinha por causa de um brinquedo; seu Espírito Protetor o fez ouvir - lá dentro de sua cabecinha - que brigar era uma coisa ruim, que era pro Chiquinho não fazer isso...

O Chiquinho, à noite, faz sua prece agradecendo ao seu Espírito Protetor que sempre está por perto para o proteger."

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

CONVERSANDO SOBRE PAIS


Era hora do recreio, e as crianças conversavam no pátio da escola: Fred e Gugu, Pedro e Marina. Fred era irmão de Gugu, e Pedro era irmão de Marina.

- Tô com raiva do meu pai! - dizia Fred. Ele disse que ia me levar ao circo, e não levou. Foi deixar para a última hora, aí teve que fazer serão na oficina, e não deu tempo...

- Que é serão? - perguntou Marina.

- É quando a pessoa tem que ficar no trabalho até mais tarde, porque tem muito serviço para fazer – explicou Gugu.

- Ah! ... - continuou a garota. Minha mãe às vezes faz isso aí, lá no hospital onde ela trabalha. Só que lá eles falam plantão, e não serão.

Eu não gosto que ela fique de plantão! Quando ela sai fico de cara feia, e não faço nada do que ela manda!

- É, Marina - observou Pedro. Você faz isso mesmo, mas a mamãe precisa trabalhar e fazer plantão para ganhar mais um dinheirinho, já que não temos mais o papai para nos ajudar...

- Vocês não têm pai? - perguntou Gugu.

- Ele desencarnou no ano passado - esclareceu Pedro.

- Eu acho que pai e mãe às vezes são muito chatos! Zangam com a gente à toa, não nos deixam fazer o que queremos, botam horário para estudar, para ver televisão... - tornou Fred.

Nisto, chegou a professora Judith, trazendo duas lancheiras. E falou:

- Fred e Gugu, a mãe de vocês veio trazer as lancheiras com as merendas que esqueceram em casa.

- Puxa, que lancheira legal, Gugu! A sua também Fred - disse Marina.

- Meu pai comprou para nós, quando ele recebeu o salário - respondeu Gugu.

A professora Judith, que ouvira parte da conversa das crianças, falou:

- Pois é, meninos, eu ouvi um pouco da conversa de vocês, e gostaria de dar minha opinião, porque também tenho filhos. Os pais às vezes fazem coisas das quais os filhos não gostam. Nós não somos perfeitos, também enfrentamos problemas..., mas, o importante é que os pais, além de nos terem dado um corpo para vivermos, se dedicam a nos ajudar até que cresçamos, e mesmo depois, geralmente com carinho e atenção. Quantas noites terão passado em claro, quando éramos bebês e chorávamos... Quantas coisas terão deixado de comprar para eles a fim de nos darem algum presente...

Eles trabalham duro, e o salário é para nos sustentar, nos dar conforto, dentro de suas possibilidades. É claro que os pais são também pessoas como as outras, com qualidades e defeitos, mas sempre merecedores de nossa gratidão e amor. Se tratamos bem pessoas que nem conhecemos direito, como não dispensar carinho e atenção aos paizinhos que são responsáveis pela nossa existência?

Lembrando a mamãe, às vezes com uma expressão de cansaço, quando chega do plantão, mas que ainda encontra ânimo para lhe fazer um carinho, ou arrumar as coisas que ela se recusara a fazer, Marina comentou:

- A senhora tem razão, D. Judith! A mamãe às vezes fica muito chata, porém, durante a maior parte do tempo ela é tão boa para a gente!

- O papai também é muito legal. Acho que eu é que fico exigindo muito dele. Afinal, mesmo não sendo o tempo todo como eu gostaria que ele fosse, é o meu melhor amigo de verdade! - ponderou Fred, com um largo sorriso.

- Também acho! - acrescentou Gugu

- Quando chegar em casa vou dar um abração na mamãe - ajuntou Marina - e procurarei ajudá-la para que não fique tão cansada com tanto serviço a fazer!

- Eu também! - completou Pedro.

E como se aquelas decisões fossem luz em seus corações, as crianças sentiram-se mais leves e felizes, experimentando como é bom cumprirmos as leis de Deus, sendo uma delas o "honrar pai e mãe", ou seja, respeitar, compreender, auxiliar e cultivar afeição para com aqueles que nos deram a bênção do corpo.

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

CHINELOS DOURADOS


Faltavam apenas cinco dias para o Natal.

O espírito da ocasião ainda não tinha me atingido, mesmo que os carros lotassem o estacionamento do shopping.

Dentro da loja, era pior.

Os últimos compradores lotavam os corredores.

- Por que vim hoje? Perguntei a mim mesmo.

Meus pés estavam tão inchados quanto minha cabeça.

Minha lista continha nomes de diversas pessoas que diziam não querer nada mas eu sabia que ficariam magoados se eu não os comprasse qualquer coisa.

Comprar para alguém que tem tudo e com os preços das coisas como estão, fica muito difícil.

Apressadamente, eu enchi meu carrinho de compras com os últimos artigos e fui para a longa fila do caixa.

Na minha frente, duas pequenas crianças - um menino de aproximadamente 10 anos e uma menina mais nova, provavelmente de 5 anos.

O menino vestia roupas muito desgastadas.

Os tênis me pareceram grandes demais e as calças de brim muito curtas.

A roupa da menina assemelhava-se a de seu irmão.

Carregava um bonito e brilhante par de chinelos com fivelas douradas.

Enquanto a música de Natal soava pela loja, a menina sussurrava desligada, mas feliz.

Quando nos aproximamos finalmente do caixa, a menina colocou, com cuidado, os chinelos na esteira. Tratava-os como se fossem um tesouro.

O caixa anunciou a conta.

- São $6,09. Disse.

O menino colocou suas moedas enquanto procurava mais em seus bolsos. Veio finalmente com $3,12.

- Acho que vamos ter que devolver. - disse. - Nós voltaremos outra hora, talvez amanhã.

Com esse aviso, um suave choro brotou da pequena menina.

- Mas Jesus teria amado esses chinelos. Ela resmungou.

- Bem, nós vamos para casa e trabalharemos um pouco mais. Não chore.

- Nós voltaremos. Disse o menino.

Rapidamente, eu entreguei $3,00 ao caixa.

Estas crianças tinham esperado na fila por muito tempo. E, além de tudo, era Natal.

De repente um par de braços veio em torno de mim e uma pequena voz disse,

- Agradeço, senhor.

- O que você quis dizer quando falou que Jesus teria gostado dos chinelos? - Eu perguntei.

O pequeno menino me respondeu,

- Nossa mãe está muito doente e vai pro céu. Papai disse que ela pode ir antes mesmo do Natal, estar com Jesus.

E a menina completou,

- Meu professor disse que as ruas no céu são de ouro, brilhantes como estes chinelos. Mamãe não ficará bonita andando naquelas ruas com esses chinelos?

Meus olhos inundaram-se de lágrimas e eu respondi,

- Sim, tenho certeza que ficará.

Silenciosamente agradeci a Deus por usar estas crianças para lembrar me do verdadeiro espírito de Natal.

O importante no Natal não é a quantidade de dinheiro que se gasta, nem a quantidade de presentes que se compra, nem a tentativa de impressionar amigos e parentes.

O Natal é o amor em seu coração, é compartilhar com os outros como Jesus compartilhou com cada um de nós.

O Natal é o nascimento de Jesus que Deus nos enviou para mostrar o quanto nos ama realmente.

Tradução de Sergio Barros em texto de autoria desconhecida.
Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

CAVANDO UM BURACO


Dois irmãos decidiram cavar um buraco bem profundo atrás de sua casa.

Enquanto estavam trabalhando, dois outros meninos pararam por perto para observar.

- O que vocês estão fazendo? - perguntou um dos visitantes.

- Nós estamos cavando um buraco para sair do outro lado da terra!

- Um dos irmãos respondeu entusiasmado.

Os outros meninos começaram a rir, dizendo aos irmãos que cavar um buraco que atravessasse toda a terra era impossível.

Após um longo silêncio, um dos escavadores pegou um frasco completamente cheio de aranhas, insetos e pedras interessantes. Ele removeu a tampa e mostrou o maravilhoso conteúdo aos visitantes gozadores. Então ele disse confiante:

- Mesmo que nós não cavemos por completo a terra, olha o que nós encontramos ao longo do caminho!

Seu objetivo era por demais ambicioso, mas fez com que escavassem. E é para isso que servem os objetivos: fazer com que nos movamos em direção de nossas escolhas, ou seja começarmos a escavar!

Mas nem todo objetivo será alcançado inteiramente. Nem todo trabalho terminará com sucesso. Nem todo relacionamento resistirá.

Nem todo amor durará. Nem todo esforço será completo. Nem todo sonho será realizado.

Mas quando você não atingir o seu alvo, talvez você possa dizer:

- Sim, mas vejam o que eu encontrei ao longo do caminho! Vejam as coisas maravilhosas que surgiram em minha vida porque eu tentei fazer algo!

É no trabalho de escavar que a vida é vivida. E, afinal, é a alegria da viagem que realmente importa!

Autoria Desconhecida – Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 15 de setembro de 2018

Boas Maneiras


A cansada ex-professora se aproximou do caixa da farmácia.

Sua perna esquerda doía e ela tinha esperança de não ter se esquecido de nenhuma de suas pílulas: para pressão alta, vertigem e um monte de outras doenças.

- Agradeço a Deus por estar aposentada, ela pensava. - Não tenho mais energia para ensinar.

Chegando à fila do caixa, ela percebeu a aproximação de um homem com quatro crianças e a esposa grávida.

A professora não poderia deixar de perceber a tatuagem em seu pescoço.

- Esteve na prisão, ela pensou.

Ela continuou examinando. Sua camisa branca, cabeça raspada e calça larga induziram-na a imaginar,

- Ele é membro de alguma gangue.

A professora tentou deixar o homem passar antes dela.

- Você pode passar primeiro. Ela ofereceu.

- Não. A senhora primeiro. Ele insistiu.

- Não. Você tem as crianças com você. Disse a professora.

- Devemos respeitar as pessoas mais velhas. Retrucou o homem.

E dito isto, gesticulou indicando o caminho para a professora. Um leve sorriso cintilou em seus lábios quando ela passou na frente dele.

A professora decidiu que não poderia deixar o momento passar em branco e virou para trás e perguntou

- Quem lhe ensinou suas boas maneiras?

- A senhora, professora Simpson, na terceira série.

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 1 de setembro de 2018

CANTEIRO DA MÔNICA


"Era um lindo dia! O Sol brilhava e Mônica e Roberto resolveram olhar as flores do canteiro que papai fizera no jardim.

O canteiro estava lindo, mas os dois irmãos perceberam, que o sol, muito quente, tornara a terra muito seca. Roberto saiu para procurar o regador e o encontrou no carrinho de mão debaixo da árvore, no fundo do quintal. Roberto trouxe o regador cheio de água e Mônica molhou o canteiro que estava tão ressecado.

Do lado de fora do jardim, brincando de carrinho no passeio, veio chegando alguém para conversar com as duas crianças.

Era Fabinho, um coleguinha de Mônica, que morava perto de sua casa. O menino viera chamar Mônica e Roberto para brincarem juntos. Ele entrou com o carrinho pelo portão e continuou andando no passeio, em volta do canteiro. Fabinho, porém, se desequilibrou e a roda da frente de seu carrinho desviou para o canteiro. Para não cair, continuou movimentando o carrinho, passando com a rodas em cima das flores até conseguir parar.

Oh! Vejam só como ficou o canteiro! Mas Fabinho passou por querer em cima da flores? Será? Se ele não continuasse até parar o que iria acontecer com ele?

Ele iria cair e poderia se arranhar na parede de pedras da casa de Mônica.

Fabinho viu que Mônica ficou muito triste e lhe explicou tudo isso..., e falou que ajudaria a reconstruir o jardim.

Mônica entendeu e foi buscar o material necessário para poderem arrumar de novo o canteiro".

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Camilinha


Camilinha era uma menina muito apressada que gostava de "tudo do seu jeito". Normalmente isso queria dizer "de jeito nenhum", ou seja, tudo bagunçado.

A vida de Camilinha era uma loucura! Quando ela fazia seus deveres de noite, não arrumava a mochila, deixando a mesa cheia de papéis, cadernos, lápis, e, às vezes, até tintas e macinha!

No outro dia, quando ela acordava para ir à escola, era aquela correria: sua mãe tinha que arrumar toda sua mochila para colocar a mesa do café da manhã. Enquanto isso, quando Camilinha acordava, jogava a camisola no chão e ia pegar a roupa da sua escola. Não era obrigado ir de uniforme na escola da Camilinha, e ela era muito indecisa. Então, cada roupa que ela pegava para vestir e não vestia ficava jogada no armário de qualquer jeito.

Depois, claro, a mãe de Camilinha arrumava tudo para ela.

Na escola também era a maior confusão. Camilinha era muito boa aluna, mas nem sempre encontrava os trabalhos, e já perdera pontos uma vez, porque entregara um dever todo amassado.

Um dia, a mãe dela se sentiu muito cansada e decidiu dar um basta naquilo. Esperou Camilinha chegar da escola e chamou-a para conversar.

- Minha filha - disse ela - não é certo assim: você vive bagunçando tudo e eu vivo arrumando atrás. Você precisa aprender a colocar as coisas no lugar. Eu não tenho todo o tempo para arrumar suas coisas e, além do mais, se você arrumar, você vai encontrar mais fácil.

- Mas daquele jeito, bagunçado, é o meu jeito de arrumar, mamãe!

- Disse ela, rapidamente.

- Mas se eu não arrumar para você, você não vai encontrar o que quer. Você diz que daquele jeito está bom, porque eu sempre estou arrumando para você.

- Não é não, mamãe. Se a senhora não pode mais desfazer minha bagunça, não se preocupe, porque eu sei exatamente onde fica tudo.

Desde aquele dia as coisas mudaram para Camilinha. Era ela que tinha que arrumar sua mochila todos os dias de manhã, se não, não ia para a escola. Algumas vezes, tinha de pedir emprestado alguma coisa para um amiguinho, porque descobria que aquilo de que ia precisar tinha ficado esquecido em cima da mesa. Mas o armário.... Ah, o armário era uma outra história...

Um dia, todos os amigos de Camilinha foram convidados para irem a uma festa. Na hora de se arrumar para a festa, Camilinha se viu diante do seu armário todo bagunçado, as roupas umas por cima das outras, jogadas ali dentro. Foi muito difícil para Camilinha encontrar a roupa que ia usar, mas o pior aconteceu quando ela foi procurar os sapatos.

Nada de encontrar os sapatos. A mãe de Camilinha a tudo assistia. Sentia pena dela, mas estava decidida a não fazer nada para ajudar, para que Camilinha aprendesse que não podia ser tão bagunceira assim.

Depois de muito custo, ela encontrou os sapatos, que estavam embaixo das roupas de frio, e foi para a festa.

Foi a última a chegar e perdeu a maioria das coisas gostosas de comer.

Desde aquele dia, entretanto, ela aprendeu que não podia deixar tudo tão desorganizado. Aprendeu a respeitar sua mãe e não deixá-la ainda mais sobrecarregada e, daí por diante, foi bem mais feliz.

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

As respostas de Joãozinho


Numa linda manhã de primavera, Joãozinho e sua mãe estavam sentados na varanda, ao lado da janela aberta para o jardim.

Enquanto a mãe costurava, Joãozinho folheava um livro de gravuras. De repente, mamãe, olhando para o céu, exclamou:

- Olhe, Joãozinho, veja como está lindo o céu! As nuvens parecem lírios brancos num imenso lago azul!

- Está lindo mesmo! – disse Joãozinho – mas acho que as nuvens parecem barquinhos de velas brancas. Veja aquelas, mãe, tão longe, tão pequeninas... Não parecem carneirinhos?

Dona Laura sorriu ante as comparações do filho. E, concordando com ele, acrescentou:

- Repare como o vento faz com que elas movimentem.

- E que o vento é o pastor das ovelhinhas do céu, mãe! – concluiu o menino.

Dona Laura achou interessante a conclusão de Joãozinho e, muito entusiasmada, convidou:

- Ouça – disse mamãe, de repente – ouça como canta o passarinho.

O esperto garoto respondeu:

- É um Bem-te-vi, mãe. Repare como ele diz: bem-te-vi! Engraçado!

Como pode ser assim tão igual?

E os dois ficaram ouvindo o Bem-te-vi, cantar.

- Parece tão alegre! – comentou Joãozinho – Com certeza ele gosta do nosso jardim.

Mamãe sorriu novamente, com as apreciações de Joãozinho. E, para não ficar atrás, acrescentou, brejeira:

- O sol parece também muito alegre. Vamos ver quantas coisas alegres podemos encontrar neste dia tão lindo que Deus criou para nós.

E apontando os canteiros cheinhos de flores, perguntou:
- Quantas cores você pode contar ali, meu filho?

- Roxo, amarelo, azul, laranja... Quatro mamãe.

Dona Laura reclamou:

- Falta ainda uma: o vermelho. Olhe aquela rosa do outro lado. Não parece sorrir? Quantas coisas lindas estamos encontrando! Coisa que Deus criou.

Joãozinho, enumerou em seguida:

- Nuvens brancas, céu azul, o canto dos pássaros, flores coloridas e perfumadas...

- E o sol, as arvores, a grama verde – acrescentou mamãe – Na verdade, Deus tem feito coisas lindas para nós!

- Como Deus é bom, mamãe! – exclamou de repente o menino – Mas como é Deus? ... Eu nunca vi Deus! Naquele momento, um vento suave começou a soprar no jardim. Dona Laura perguntou:

- Sentes o vento, meu filho?

- Ora! Sinto, mamãe!

- Podes vê-lo?

- Não! – respondeu ele um pouco surpreso. – Nem eu, nem ninguém pode ver o vento.

Mamãe sorriu e continuou, com os olhos alegres.

- Mas você nota o que o vento faz?

- Claro! ... Ele balança as flores e as folhas, está em todos os lugares, e passa por nós com um arzinho tão gostoso.

Dona Laura achou graça e continuou:

- Você tem cada ideia... Mas é isso mesmo. Não podemos ver o vento, mas sabemos que ele está em toda parte e sentimos sempre a sua presença, logo...

Mamãe não completou a frase, pois, Joãozinho, muito esperto, disse depressa:

- Já sei! Já adivinhei tudo. A gente não vê Deus, não sabe como é ..., mas a gente sabe que Ele é bom, que está em toda parte e que fez todas as coisas lindas que vemos hoje.

- Não só as que vemos hoje, mas muitas outras nos falam do amor e da proteção de Deus. – acrescentou Dona Laura, toda comovida.

E Joãozinho, todo importante, concluiu:

- Ora, nós não precisamos ver Deus, para sabermos que Ele nos ama muito, muito, não é mamãe?

Foi então que alguém gritou, da janela da varanda.

- Bravos! Bravos! ... Você é mesmo um pequeno sabichão!

- Papai! - Gritou Joãozinho correndo – Papai já chegou!

E muito alegre, entrou em casa para abraçar o pai.

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

domingo, 15 de julho de 2018

AS JANELAS DOURADAS


O menino trabalhava duro o dia todo, no campo, no estábulo e no galpão, pois seus pais eram fazendeiros pobres e não podiam pagar um ajudante. Mas quando o sol se punha, seu pai deixava aquela hora só pra ele.

O menino subia para o alto de um morro e ficava olhando para o outro morro, alguns quilômetros ao longe. Nesse morro distante, via uma casa com janelas de ouro brilhante e diamantes.

As janelas brilhavam e reluziam tanto que ele piscava. Mas, pouco depois, as pessoas da casa fechavam as janelas por fora, ao que parecia, e então a casa ficava igual a qualquer casa comum de fazenda.

O menino achava que faziam isso por ser hora do jantar; então voltava para casa, jantava seu pão com leite e ia se deitar.

Um dia, o pai do menino chamou-o e disse:

- Você tem sido um bom menino e ganhou um feriado. Tire esse dia para você, mas lembre-se de que Deus o deu, e tente usar para aprender alguma coisa boa.

O menino agradeceu ao pai e beijou a mãe.

Guardou um pedaço de pão no bolso e partiu para encontrar a casa de janelas douradas.

Foi uma caminhada agradável. Os pés descalços deixavam marcas na poeira branca e, quando olhava para trás, parecia que as pegadas o estavam seguindo e fazendo companhia. A sombra também seguia ao seu lado, dançando e correndo como ele desejasse: estava muito divertido.

O tempo foi passando e ele ficou com fome. Sentou-se à beira de um riacho que corria atrás da cerca de um mamoeiro e comeu seu almoço, bebendo a água clara. Depois jogou os farelos para os passarinhos, como sua mãe ensinara, seguindo em frente.

Passando um longo tempo, chegou ao morro verde e alto. Quando subiu ao topo, lá estava a casa. Mas parecia que haviam fechado as janelas, pois ele não viu nada dourado. Chegou mais perto e aí quase chorou, porque as janelas eram de vidro comum, iguais a qualquer outra, sem nada de ouro nelas.

Uma mulher chegou à porta e olhou carinhosamente para o menino, perguntando o que ele queria.

- Eu vi as janelas de ouro lá do nosso morro - disse ele - e vim para vê-las, mas agora elas são só de vidro!

A mulher balançou a cabeça e riu.

- Nós somos pobres fazendeiros - disse -, e não iríamos ter janelas de ouro. E o vidro é muito melhor para se ver através!

Fez o menino sentar-se no largo degrau de pedra e lhe trouxe um copo de leite e um pedaço de bolo, dizendo que descansasse. Então chamou a filha, da idade do menino; acenou carinhosamente com a cabeça, para os dois e voltou aos seus afazeres.

A menininha estava descalça como ele e usava um vestido de algodão marrom, mas os cabelos eram dourados como as janelas que ele tinha visto e os olhos eram azuis como o céu ao meio-dia. Ela passeou com o menino pela fazenda e mostrou a ele seu bezerro preto com uma estrela branca na testa; ele contou do seu próprio bezerro em casa, que era castanho-avermelhado com as quatro patas brancas.

Depois, quando já haviam comido uma maçã juntos, e assim se tornado amigos, ele perguntou a ela sobre as janelas douradas. A menina confirmou, dizendo que sabia tudo sobre elas, mas que ele havia errado de casa.

- Você veio na direção completamente errada! - disse ela. - Venha comigo, vou mostrar a casa de janelas douradas e você vai conferir onde fica.

Foram para um outeiro que se erguia atrás da casa, e, no caminho, a menina contou que as janelas de ouro só podiam ser vistas a uma certa hora, perto do pôr-do-sol.

- É isso mesmo, eu sei! - disse o menino.

No cimo do outeiro, a menina virou-se e apontou: lá longe, num morro distante, havia uma casa com janelas de ouro brilhante e diamantes, exatamente como ele havia visto. E quando olhou bem, o menino viu que era sua própria casa!

Logo, disse à menina que precisava ir. Deu a ela sua melhor pedrinha, a branca com listra vermelha, que levava há um ano no bolso. Ela lhe deu três castanhas-da-índia: uma vermelha acetinada, outra pintada e outra branca como leite. Ele deu-lhe um beijo e prometeu voltar, mas não contou o que descobrira. Desceu o morro, enquanto a menina o olhava na luz do poente.

O caminho de volta era longo e já estava escuro quando chegou à casa dos pais. Mas o lampião e a lareira luziam através das janelas, tornando-as quase tão brilhantes como as vira do outeiro.

Quando abriu a porta, sua mãe veio beijá-lo, e a irmãzinha correu para abraçá-lo pelo pescoço, sentado perto da lareira, seu pai levantou os olhos e sorriu.

- Teve um bom dia? - perguntou a mãe.

- Sim! - o menino havia passado um dia ótimo.

- E aprendeu alguma coisa? - perguntou o pai.

- Sim! - disse o menino. - Aprendi que nossa casa tem janelas de ouro e diamantes...

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

domingo, 1 de julho de 2018

AS FÉRIAS DE FAFÁ


Fafá é uma garota sempre sorridente, mas ela não conhecia conchinhas, nem estrela-do-mar, nunca brincara de baldinho no mar, pois ela nunca havia ido à praia.

Nestas férias, Tia Malu convidou-a para ir com ela à praia. Fafá ficou muito feliz, pois ela só conhecia o mar pela televisão.

Chegando à praia, Fafá ficou maravilhada com tanta água, com a areia branquinha e fofa. Ela corria para o mar e voltava para a areia com seu baldinho.

O Sol brilhava muito forte e tia Malu estava preocupada, então chamou Fafá e passou protetor e filtro solar, e tomou conta do tempo que ficavam na praia, para não pegar o horário que o sol não era legal para a pele.

No tempo que Fafá ficava na praia ela fazia muitos castelos na areia, montava figuras divertidas com os brinquedos que acompanham o baldinho, se divertia a valer.

Fafá se divertia também catando conchinhas no mar, vendo o siri passeando na areia; um vento muito gostoso refrescava o ambiente.

À tarde tia Malu levava Fafá para passear caminhando pela praia até um setor da praia que havia muitas flores e árvores que faziam sombra. Fafá estava maravilhada com a vida das flores que por causa da variação do tempo entre a chuva e o sol estavam muito brilhantes, perfumadas e de cor viva.

À noite Fafá e tia Malu iam passear e tomar sorvete, e Fafá sempre se encantava com o céu todo estrelado, pois nunca vira na cidade tantas estrelas no céu.

No dia de voltarem para casa, Fafá sentou-se na areia e ficou pensativa e falou para tia Malu:

- Tia, o mundo que a gente vive é muito bonito né? Papai do céu criou a terra com tantas coisas bonitas e boas para vivermos nela, você já reparou?

- Verdade mesmo Fafá, a Terra que Deus criou para nós é muito bela.

- Vamos agradecer então tia? Eu lembrei de uma música que aprendi na Escola Espírita que é muito legal e diz assim ó, me acompanha tia:

Nas conchinhas lá do mar,
Nas estrelinhas do céu,
No universo infinito,
E comigo Deus está!
Quem quiser pode escutá-lo
No cantar de um sabiá,
No sussurro do vento
No chuá das ondas do mar,
Churuá, churuá...
Chuááá...
Churuá, churuá...
Chuááá...

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.