ESTE É UM BLOG DE ARQUIVO

ESTE BLOG É UM ARQUIVO DE ESTÓRIAS E CONTOS DO BLOG CARLOS ESPÍRITA - Visite: http://carlosespirita.blogspot.com/ Todo conteúdo deste blog é publico. Copie, imprima ou poste textos e imagens daqui em outros blogs. Vamos divulgar o Espiritismo.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

PLUMA AZUL

Pluma Azul é uma bonita andorinha. Vocês sabem o que é uma andorinha? A andorinha é um lindo pássaro.

Pluma Azul construiu seu ninho no telhado da casa de Maria Paula, e lá chocou seus ovinhos.

Nasceram oito andorinhas.

Quando os filhotes já estavam grandinhos, Pluma Azul levou-os para darem seu primeiro voo.

Os filhotes gostaram muito de voar pelo céu azul, pousar nos galhos das árvores e nos arbustos floridos.

Ao voltar com seus filhotes para o ninho, Pluma Azul viu que faltava uma andorinha.

O que teria acontecido ao bichinho?

Pluma Azul foi procurar a andorinha perdida. O filhotinho estava preso entre os galhos da mangueira, no quintal de Maria Paula.

Mamãe Passarinho bateu as asas bicou os galhos, tentando libertar seu filhote. Mamãe Passarinho não conseguiu e ficou nervosa. Piou muito tempo, tentando resolver o problema.

Maria Paula passava por ali e ouviu os tristes piados de Pluma Azul.

Ao chegar, percebeu logo o que havia acontecido.

- Oh! Coitadinho do filhote! Vou já soltá-lo, disse a bondosa menina.

E assim dizendo, trepou na mangueira e retirou cuidadosamente o filhote, trazendo-o salvo. Pluma Azul ficou tão feliz, que cantava e pousava nos ombros de Mana Paula, voando ao redor de sua cabeça. Era a sua forma de agradecer o bom gesto da menina.

Pouco depois, Pluma Azul voava, levando para o ninho o filhote que se perdera.

Maria Paula ficou a observar, surpresa, como os pássaros ficam felizes quando encontram quem os proteja e ampare.

Fonte: Evangelização Infantil - Vol. II - Transcrito do “Verdade e Luz”.

Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 13 de dezembro de 2014

JUCA LAMBISCA

Rabugento e malcriado,
Esperto como faísca,
Era um menino guloso
O nosso Juca Lambisca.

Toda hora na despensa,
Pé macio e mão ligeira,
O maroto parecia
Um rato na prateleira.

No instante das refeições,
Afligindo os próprios pais,
Ele comia depressa,
Repetindo: - Quero mais!

Gritava: - Quero mais peixe!
Quero mais leite e mais pão!
Quero mais sopa no prato,
Mais arroz e mais feijão!

D. Nicota falava,
Ao vê-lo sobre o pudim:
- Meu filho, escute! Você
Não deve comer assim.

Mas o Juca respondão
Gritava, erguendo a colher:
- A senhora nada sabe;
Eu como quanto eu quiser.

Na escola, Juca furtava,
Pastéis, bananas, pepinos,
Tomando à força a merenda
Das mãos dos outros meninos.

A vida do nosso Juca
Era comer e comer...
Mas foi ficando pesado,
E a barriguinha a crescer...

Gabriela, a companheira,
Da cozinha e do quintal,
Falava triste: - Ah! Meu Juca,
A sua vida vai mal!

Não valiam bons conselhos
Do papai ou da vovó,
Fugia de todo estudo,
Queria a panela só...

Espíritos benfeitores,
No lar em prece, ao seu lado,
Preveniam caridosos:
- Meu filho, tenha cuidado.

Mas, depois das orações,
O nosso Juca, sem fé,
Comia restos de prato
Na terrina ou na cuité.

A todo instante aumentava
A grande comedoria,
Sujava a cozinha e a copa,
Procurando papa fria.

Um dia, caiu doente,
E o doutor João do Sobrado
Receitou: - Este garoto
Precisa comer regrado.

Mas alta noite ele foge...
E, mais tarde, a Gabriela
Viu que o Juca estava morto
Debruçado na gamela.

Muito triste o caso dele...
Coitado! Embora gordinho,
O Juca morreu cansado
De tanto comer toucinho.

Médium: Chico Xavier – Espírito: Casemiro Cunha.

Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

A RESPOSTA DIVINA

Quando na assembleia dos Eleitos se cogitava de perpetuar a mensagem de Jesus, renascida no espiritismo, junto aos homens, emoção e ansiedade tomaram os corações angélicos.

Sábios da Erraticidade opinavam pela divulgação do livro imortal; místicos acostumados aos longos testemunhos da solidão e da renúncia sugeriam a caridade para atender à aflição dos milênios; santos enrijados pelo trabalho da abnegação e aureolados pelas virtudes apresentavam a disseminação da oração como ponte de ligação com os Altos Comandos da Vida; cientistas aclimados às longas pesquisas e às árduas labutas laboratoriais apontavam a necessidade de difusão do fenômeno mediúnico em linhas de segurança; os heróis da Fé optavam pela fomentação de lutas infatigáveis em que se testassem as resoluções dos crentes, como valiosos meios para as refregas contra as trevas.

Era necessário, afirmavam todos, manter aceso o ideal espírita-cristão nas horas que se desenhavam rudes para o porvir.

Constatada, entretanto, a impossibilidade de reencarnações, em massa, dos numerosos seareiros do Reino, as sugestões exigiam ponderações e estudo.

Alguém, que se encontrava em silêncio, opinou que se consultassem os Céus em fervorosa prece à busca da inspiração divina.

Enquanto os corações se fundiam num só sentimento de comunhão oracional, orvalho sidéreo, em flocos prateados, caiu sobre os prepostos do Senhor, abençoando lhes a rogativa. Todavia, num deslumbramento de luzes, fulgurava um coração — símbolo do amor e da maternidade, tendo ao centro o Evangelho do Mestre aberto no doce convite: “Deixai que venham a mim os pequeninos...”.

Narraram os apontamentos espirituais que, desde então, anualmente reencarnam-se espíritos comprometidos com o programa da Evangelização espírita-cristã junto às criancinhas, a fim de disseminarem o Verbo Divino, perpetuando nas mentes e nos corações a revelação Kardequiana sob as bênçãos de Jesus Cristo, pelos tempos a fora.

Amélia Rodrigues

(Recebida por Divaldo Pereira Franco em 28-01-1996, Salvador-Bahia, do livro Evangelho e Educação de Ramiro Gama).

Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 8 de novembro de 2014

A LAGARTA INFELIZ

Num jardim muito agradável e florido vivia uma lagarta que se sentia sempre muito infeliz.

Na verdade, ali ela tinha tudo o que precisava.

Passeava pelas plantas e se alimentava de folhas bem verdinhas e macias, e se abrigava entre os ramos das árvores.

A lagarta era muito boa, prestativa e gostava muito de ajudar os outros, mas quem?

Todos a temiam e fugiam dela exclamando:

- Que bicho feio!

Os garotos caçoavam dela e maltratavam a pobrezinha, que corria a esconder-se entre as folhas.

Por isso, ela vivia muito triste. Possuía um coração terno e amoroso e queria muito ter amigos, mas não conseguia aproximar-se de ninguém.

Os próprios bichos a olhavam com desdém, dizendo:

- Vejam que roupa mais feia!

E a pobre lagarta ficava cada vez mais triste e sozinha, até que, cansada de tanto ser maltratada ela não saiu mais de casa.

Não podendo aproximar-se de ninguém, ainda assim querendo doar algo de si mesma, ela fez a única coisa que sabia fazer: teceu lindos fios para que alguém pudesse aproveitar confeccionando belas roupas. Como tinha muito tempo à sua disposição, ela trabalhou bastante.

Enrolou-se toda no casulo e ficou quietinha... quietinha...

Estava com tanto sono! Sentia-se tão cansada...

E a lagarta dormiu... dormiu... dormiu...

Quando acordou, sentiu-se diferente, mais leve, mais bem disposta.

Teve vontade de passear e saiu de casa.

Notou que todos os que estavam por perto a fitavam com surpresa e admiração.

- O que está acontecendo? – pensou. Olhou-se e ficou deslumbrada.

Oh! Maravilha! Era um lindo dia e, sob os raios do sol morno da manhã, ela percebeu que se transformara em uma linda borboleta de asas coloridas e cintilantes.

Sem poder conter a emoção do momento, satisfeita da vida e muito, muito feliz, ela bateu as asas brilhantes e, depois de beijar as perfumadas flores do jardim, voou para o infinito.

Autora: Tia Célia.


Fonte do texto e imagem: Internet Google.

sábado, 25 de outubro de 2014

A OSTRINHA PERSISTENTE

Era uma vez, uma ostrinha que morava dentro de uma concha, presa a um rochedo nas encostas do mar.

Um dia se formou um grande temporal, com muito vento, e o vento fez com que se formassem ondas muito grandes, que batiam no rochedo com grande violência, pondo em perigo a segurança da ostrinha.

E a ostrinha lutava muito para continuar firme no rochedo; porque as ostras ficam presas no rochedo por fiozinhos que são criados pela própria natureza.

As ondas eram muito violentas, batiam com muita força ocasionando o desprendimento de um pedaço de rocha indo atingir a concha; causando um pequeno ferimento na ostrinha.

A ostrinha chorou de dor, vertendo uma pequena lágrima, que ficou “guardada” dentro da concha.

Apesar da dor, a ostrinha não desanimou, não perdeu a fé, continuou a segurar-se na rocha, até que o temporal passou e o mar se acalmou.

E o tempo foi passando.

E aquela lágrima, que ficou guardada na sua concha, foi se transformando, até ficar uma linda pérola, perfeita e brilhante!

Se a ostrinha, tivesse perdido a fé, ela teria se desprendido da rocha e teria morrido no fundo do mar.

Mas sua coragem foi maior, e hoje ela é a ostrinha mais feliz daquela rocha, porque traz dentro de si uma pérola maravilhosa como prêmio de seu esforço, de sua luta para vencer.

Assim a ostrinha nos mostrou que a persistência nos faz vencer as dificuldades, e que a dor é o remédio que muitas vezes necessitamos para vencer. Que se não fosse aquele pequeno ferimento que lhe deu ocasião de verter uma lágrima, hoje ela não teria aquela pérola valiosa fruto de sua dor e de sua persistência.

Autora: Anna Vello Gaviolle.


Fonte do texto e imagem: Internet Google.

sábado, 4 de outubro de 2014

O LOBINHO VEGETARIANO

Toni era um Lobinho pertencente a uma família de lobos maus, porém, ele era diferente dos outros de sua espécie. Toni não nutria sentimentos de maldade dentro de si.

Quando todos iam caçar, procurava sempre se esconder, pois adorava admirar a natureza e colher morangos silvestres.

Todas as tardes os lobos se reuniam para contar suas façanhas. Nessa hora, Toni se calava, pois tinha receio de demonstrar seus sentimentos. Seus irmãos diziam orgulhosos:

- Hoje corri atrás de uma família de coelhos e devorei quase todos!

Lobinho ouvia tudo com tristeza. Não conseguia imaginar-se agindo daquela maneira, e pensava:

"Puxa, se eles descobrirem o que realmente eu gosto de comer, vão me expulsar".

Assim o tempo foi passando e Toni foi crescendo, porém magro, e isto preocupava o pai, que dizia, alertando sua companheira:

- Lobinho precisa caçar carne gorda.

- Meu bem - disse a companheira, deixe o Lobinho passar alguns dias com seu irmão, o Lobão, quem sabe ele não volta gordinho e esperto.

- Boa ideia! - concordou o pai.

Então Toni seguiu viagem, mas temeroso, pois não sabia como poderia enganar seu tio Lobão, afinal ele era o melhor dos lobos caçadores.

Durante a viagem, Toni orava e pedia a Deus que o iluminasse para que o tio não descobrisse os seus gostos alimentares.

Já no meio do caminho, Lobinho encontrou uma coelha, que, quando o avistou, saltou assustada para dentro de um buraco de uma árvore.

Lobinho parou diante da árvore e disse a Coelhinha:

- Por que foge de mim? Não vou lhe fazer mal algum.

A Coelha, tremendo de medo, colocou meio focinho para fora do buraco e disse:

- Você deve ser louco! Onde já se viu um lobo não comer coelhos!

Lobinho sorriu e disse:

- Claro que não sou maluco. É que não gosto de caçar e nem de comer carne. Vivo de frutas silvestres... - E começou a contar a sua história.

Foi assim que a Coelha se tornou amiga de Lobinho.

Toni foi seguindo viagem e logo às margens do riacho avistou a casinha de seu tio Lobão. Quando bateu na porta, ouviu uma voz rouca:

- Quem é que ousa perturbar meu descanso?

- Sou eu tio Lobão, Toni.

- Entre sobrinho.

Lobinho viu seu tio Lobão deitado entre os cobertores. Estaria doente? -pensou.

- O quê houve tio?

- Estou doente sobrinho. É que esses dias comi uma coelha que estava prenha.

Quando Lobinho ouviu aquilo, quase desmaiou, mas não podia chamar a atenção, e falou:

- Vou cuidar de você tio. Vou preparar uma boa sopa de legumes e fazer uma vitamina de morangos silvestres.

Lobão quis ficar bravo, mas não conseguiu, de tão fraco que estava.

Assim, durante alguns dias, tio Lobão ficou aos cuidados de seu sobrinho.

Numa linda manhã, Toni teve uma surpresa: nem bem o dia havia amanhecido e seu tio estava curado e bem disposto.

- Sobrinho, hoje vamos caçar!

Lobinho entrou em desespero. O que iria fazer? E se o tio descobrisse o seu segredo!

- Vamos, sobrinho, à caçada!

Já no meio da floresta Lobinho quis despistar o tio, mas não conseguiu. Envolvido em seus pensamentos, ouviu o tio dizer: Olhe Lobinho, uma boa caça!

Toni reconheceu a Coelha sua amiga, e pôs-se a orar.

Quando o tio já ia pulando sobre a caça, Lobinho gritou:

- Tio Lobão, esta deve ser da família daquela, lembra-se... O tio começou a passar mal só de pensar no seu sofrimento, e desistiu.

Lobinho teve que ficar cuidando do tio por mais tempo e, aos poucos, com jeitinho, foi acostumando-o a viver de maneira mais simples e a ter uma alimentação mais natural. É claro que o tio continuou sendo o Lobão mau, mas agora já não comia tanta carne como antes.

Crianças: Muitas vezes, para conseguirmos ajudar ao próximo, é preciso esconder o que realmente somos e as nossas virtudes, para não ofender e nem ser rejeitado. Não é mentir, mas reservar a verdade para a hora certa.

E nem devemos ter medo, pois Jesus ampara e ilumina quem tem fé e deseja ser bom.


Autora: Tia Mara. Fonte do texto e imagem: Internet Google.

sábado, 13 de setembro de 2014

A GATINHA EDUCADA

TEMA: BOAS MANEIRAS NO LAR

Mimi era uma linda gatinha que vivia no quintal de uma casa muito grande.

Vivia com sua pequenina família: Mamãe Gata e Papai Gato.

Apesar de pequena ainda, Mimi era uma gatinha muito bem educada.

Quando chegava da escola, guardava seu uniforme, guardava os cadernos, tomava o seu banho, e ia correndo perguntar à Mamãe Gata se ela precisava de alguma ajuda.

Sentava-se junto à mesa e enxugava os talheres; varria a cozinha; comprava o leite e o peixe para o almoço, ajudando assim a mamãe; durante todo o dia.

Fazia as tarefas da escola direitinho, e com muito capricho. Era querida por todos, e sentia-se muito feliz por isso.

Gostava muito da mamãe e do papai. Eram seus amigos e viviam como tal. Aonde um ia, lá se iam os outros. Até os vizinhos falavam:

— Que família bonita! Que gatinha educada eles criam!

Mimi se esforçava sempre por agradar aos pais.

Certo dia, d. Miau, sua vizinha, foi visitar Mamãe Gata. Mamãe Gata não estava, pois fora ao mercado.

Mimi recebeu d. Miau, com muita alegria. Ofereceu-lhe uma cadeira, e pensou, pensou. Uma laranjada!

Pediu licença à d. Miau e foi fazer uma gostosa laranjada. Pegou a laranja e subiu numa cadeira para pegar o copo. Estava alto demais! Ficou na pontinha dos pés e... A cadeira virou!! Pobre Mimi bateu a cabecinha no chão!

Mamãe Gata ia chegando e correu com d. Miau para acudir Mimi. Apesar de machucada. Mimi pensava:

O mais importante é ser educada e servir às pessoas.


Autor Desconhecido. Fonte do texto e imagem: Internet Google.

sábado, 30 de agosto de 2014

A DOENÇA DE SÉRGIO

TEMA: BOAS MANEIRAS NA ESCOLA

Sérgio era um forte garoto de cinco anos. Todos o achavam inteligente e esperto; Já frequentava a escola. Entretanto, suas atitudes não eram de criança educada.

Não ouvia os conselhos de sua mãe, d. Lídia, que o alertava sempre:

— Meu filho, você precisa ter modos bonitos e boa educação para com as pessoas. É muito feio não se comportar bem quando estamos com as outras pessoas!

Porém, Sérgio não se modificava. E continuava sempre o mesmo: cada vez mais fazendo estripulias.

Por isso, não tinha amigos. Todas as crianças que o conheciam, depois de certo tempo, não mais o queriam nas brincadeiras.

No ano seguinte, Sérgio passou para o Pré-Primário e foi para um grande Colégio. Logo ficou conhecido, devido à sua falta de boas maneiras.

Quando no pátio, à hora do recreio, rodopiava sua lancheira, batendo no rosto dos colegas, segurando - a pela alça. Deixava cair a caneca que voava longe, muitas vezes assustando algum colega distraído.

Quando parava, ria-se a valer, ao verificar o descontentamento de todos. Sempre que via alguns meninos conversando juntos, tudo fazia para separá-los.

Se estava sentado no chão, colocava propositalmente o pé na frente de quem ia passando, para que tropeçasse e caísse.

Por tudo o que fazia, Sérgio nunca era convidado para participar dos jogos e das conversas.

Na classe, conversava durante a aula, dando palpites enquanto a professora explicava, atrapalhando a lição. Levantava-se do lugar, a todo o momento! Era mesmo insuportável! D. Clarinha, a paciente professora, vivia a dizer-lhe:

— Sérgio, comporte-se! Um dia se arrependerá de ser assim!

— Qual nada, dizia ele. Adoro brincar!

Certo dia, durante o recreio, Sérgio sentiu-se mal. Doía-lhe o estômago, sentia náuseas, tontura...

— Acho que pulei muito, após o almoço. . - Chame alguém, por favor. Estou-me sentindo muito mal.

O colega que estava por perto o ouviu, e pensou tratar-se de mais uma de suas malvadas brincadeiras.

Afastou-se dali, sem lhe dar atenção.

Sérgio colocou-se de pé, com dificuldade, mal conseguindo andar, sentindo dores na cabeça. Apesar da tontura, caminhava esbarrando nos garotos, que o empurravam, dizendo:

— Tenha modos, Sérgio! Veja por onde anda!

Sérgio piorava a cada momento. E aborrecido, pensava: — Que gente ruim, por que será que ninguém me acode? E com grande dificuldade chegou à sala das professoras, que o socorreram, preocupadas.

Deitaram-no no sofá, e, em seguida fizeram-no beber um remédio. Em casa, sua mãe chamou o médico. Sérgio estava com indigestão! Durante dois dias, Sérgio teve de tomar amargos remédios para sarar. Nesse tempo em que precisou ficar em repouso, recordou, com tristeza como havia passado mal e seus colegas não haviam acreditado nele. Perguntou à sua mãe:

— Mamãe, por que não acreditaram que eu estava mal? O que fiz para que não acreditassem em mim?

Pacientemente, D. Lídia lhe falou:

— Você foi o único culpado! Devido às suas péssimas atitudes, todos julgaram tratar-se de outra de suas brincadeiras, que não têm nenhuma graça.

O menino, atento, percebia como vinha agindo errado. Sempre sem maneiras educadas, sem respeitar os outros. Sentiu como foi horrível não ser respeitado na hora em que mais precisava de ajuda.

Prometeu a si mesmo que haveria de se modificar.

Sérgio voltou para a escola, mas não era mais o menino de antes.

Corrigiu-se e passou a ser respeitado e estimado por todos.


Autor Desconhecido. Fonte do texto e imagem: Internet Google.

domingo, 17 de agosto de 2014

O BONECO

Um dia vovó comentou que os doces feitos por ela e minha mãe naquela manhã haviam desaparecido do armário. E não sabia o que tinha sido feito deles.

Embora nenhuma das duas parecesse de qualquer forma preocupada com a ocorrência, eu imediatamente disse:

- Foram roubados.

Elas me olharam surpreendidas, mas foi vovó quem estabeleceu conversação comigo.

- Você tem certeza? Ela perguntou.

- Tenho! Sustentei. E foi o Pedrinho.

Pedrinho era um dos meus irmãos. Vovó insistiu:

- Você tem certeza?

- Se tenho! Foi o Carlucho quem me contou.

- Minha filha, disse ela tranquila, passando o seu braço pelo meu, venha até o meu quarto. Quero lhe mostrar uma coisa.

No quarto ela abriu a gaveta de uma cômoda e tirou, lá de dentro, um boneco que eu nunca tinha visto.

- Veja como está bem vestido!

Eu não estava entendendo. Aquilo nada tinha a ver com o caso dos doces. Ela prosseguiu:

- Vá dizendo o que mais lhe chama a atenção neste boneco.

- Tem uma bonita roupa, uma camisa linda! Respondi ao observar os punhos, o peitilho e o colarinho impecáveis.

Assim que terminei de falar, minha avó tirou o paletó do boneco. Cai na gargalhada quando vi que da impecável camisa só havia os punhos, o peitilho e o colarinho.

Mas, de súbito, compreendendo, me tornei muito séria.

E vovó, abraçando-me a sorrir, disse concluindo:

- Veja você como são as coisas. A gente só pode crer naquilo que vê. E do que se vê, muitas vezes é preciso acreditar apenas na metade.

Você percebeu por quê?

Já se passaram muitos anos... Mas, sempre que sou levada, por certa irreflexão tão comum nos seres humanos, a julgar fatos ou pessoas pelas aparências, vem-me à lembrança a impecável camisa daquele boneco da vovó...

História Infantil - Wallace Leal V. Rodrigues

Fonte do texto e imagem: Internet Google,

sábado, 9 de agosto de 2014

SE EU NÃO FOSSE

Pedro foi à praia passear na casa de sua tia Sebastiana e logo saiu para conhecer as redondezas.

Voltou desanimado: como iria passar quinze dias sem amigos, sem vizinhos, sem brinquedos?!

Tia Sebastiana, notando a tristeza do sobrinho, sugeriu:

- Pedrinho, amanhã vá até o final da praia e ande por lá... Quem sabe encontrará um amigo para brincar.

No dia seguinte, Pedrinho, no final da praia, encontrou um barraco, ao lado de um velho barco.

Aproximando-se, vê Joãozinho, que voltava do serviço de engraxate, e com ele puxa conversa:

- Você mora aí?

- Moro. E você? É dessas bandas?

- Não, sou de São Paulo, da Capital. Estou passeando na casa de minha tia. Vamos brincar um pouco?

- Num dá!

- E amanhã!

- Só depois das quatro, pois estudo e trabalho.

- Então fica combinado, amanhã à tarde.

Seu Ferreira, velho pescador, cansado pela idade e pelo trabalho, ouvia a conversa de dentro do barco que lhe servia de morada, e falou consigo mesmo:

- Parece que o meu pequeno vizinho arrumou um novo amigo.

Na tarde seguinte, à hora combinada, chega Pedrinho.

- Joãozinho, de que vamos brincar?

- Você que sabe!

- Vamos catar conchinhas?

- Não quero não! Andei o dia inteiro por aí engraxando e carregando a caixa. Estou cansado.

- Então não sei.

- Vamos brincar de escolher o que queremos ser?

- Bom – disse Pedrinho -, em vez de criança, quero ser toda a areia da praia.

- Que bobo! Ser grãozinho de areia! Ninguém liga para areia, trazem até toalha para sentar em cima.

- Então quero ser o sol.

- Mais bobo ainda! O sol só aparece de dia e as pessoas se escondem dele embaixo do guarda sol.

Então quero ser a lua.

- Mas a lua é como o sol! É chato. Quando o sol vem ninguém se lembra da lua, e quando é noite ninguém lembra do sol.

- Ei, está difícil! Ah! Já sei. Quero ser Jesus!

Levando as mãos à cabeça, Joãozinho se espantou:

- Jesus! Mas tem que ser bom.

Quando bater numa face, tem que dar a outra também e, depois, ainda vem uns homens ruins e batem e te pregam numa cruz!

- Você tem razão! Pensando melhor... Quero ser... Deus!

- Deus!!!... – exclamou Joãozinho, não fala nada? Acho que te peguei!

Nesse instante, sai do barco o velho Ferreira.

- Quem quer ser Deus aí?

- Eu. Meu nome é Pedrinho.

- Olha, você ia trabalhar tanto.

Não ia ser fácil. Veja este mar, você deveria enchê-lo de peixes; olhe a natureza, os pássaros, as flores, quanto você teria que trabalhar.

- Quer dizer que Deus não tem descanso? Nem final de semana?

Nem feriado? Nem férias?

- Isso mesmo! Ele trabalha sem cessar, mantendo a vida e o universo.

Coçando a cabeça, Pedrinho concluiu:

- Pensando bem, acho que prefiro ser menino e criança.

E foram-se os dois pela praia dando gargalhadas.

Então, seu Ferreira, com os olhos em lágrimas, falou:

- Sabe, Deus? O Senhor é o único mesmo, sempre.

HISTORIAS DE TIAMARA.


Fonte do texto e imagem: Internet Google.

sábado, 26 de julho de 2014

O MAIOR TESOURO

Ela procurou pelo filho por toda parte. Onde haveria de encontrá-lo? Afinal, era ainda tão pequenino... Como não se preocupar!

Embora às vezes fosse severa demais, nada justificava aquele sumiço.

Procurou, procurou... Foi então que se lembrou de que seu bebê gostava muito de doce.

"Quem sabe ele não estaria a procurar algum?" - pensou ela.

Assim, imediatamente, Dona Abelhinha tomou o primeiro voo com o Senhor Besouro e foi até a Usina de Açúcar, mas infelizmente, tinha se enganado, seu bebê não estava por ali.

Retornou para sua casinha tristonha. Onde mais procurá-lo?

Seu amigo Louva-deus lhe deu uma sugestão:

- Será, Dona Abelha, que seu bebê não se encontra em casa de amiguinhos?

Assim, incansavelmente, se pôs a procurá-lo e somente parou com a chegada da noite, afinal era difícil enxergá-lo.

Deixou a busca para o dia seguinte. Mas como dormir em paz? Onde ele estaria? Como estaria? Com frio? Com fome? Com medo?...

Dona Abelhinha em prece suplicou auxílio ao Pai Criador. Dormiu e sonhou com seu filhinho e com seus primeiros voos, suas primeiras lições ao sabor do néctar das flores. E dormiu...

No dia seguinte, lá estava a pobre mamãezinha disposta a iniciar a sua busca quando o Senhor Besouro lhe disse:

- Dona Abelha, já procurou seu bebê entre os lírios?

- Ainda não!

- Pois deveria!

- Como sabes?

- Tenho lá meus pressentimentos!

Dona Abelha voou entre o lodo, lá estavam os lírios brancos a perfumar e embelezar tudo e todos a sua volta.

Sentiu paz, e qual não foi a sua surpresa quando ouviu uma voz fraquinha a chamar:

- Mamãezinha!...

Sim, era o seu bebê, ele estava atolado no lodo.

Voou para socorrê-lo.

Feliz pela presença da mãe, batia as asinhas, saltitante.

- Meu filho, que susto me deu. O quê fazes aqui, tão longe do nosso lar?

- Desculpe-me mamãezinha, procurava...

- O quê meu filho?

- A flor mais linda para presenteá-la. E quando a encontrei, fiquei tão emocionado que não percebi e me atolei.

Dona Abelha, também emocionada, abraçou seu bebê e falou com carinho:

- Vamos filho, para nossa casa, mamãe não precisa da flor mais linda e mais perfumada, eu já tenho você.

Assim, o filho beijou a sua mãe, confiante e feliz, porque sentiu realmente que era o seu maior tesouro.

Criança:

Acredite; se têm a graça de ter sua mamãezinha junto de você, agradeça a Deus. Valorize-a, respeite- a e ame-a muito. E nunca deixe de lembrar que você é o tesouro mais valioso de sua mãe.

HISTORIAS DE TIAMARA.


Fonte do texto e imagem: Internet Google.