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sábado, 30 de novembro de 2019

NINA E A ASSOMBRAÇÃO


Naquela tarde, ao chegar da escola, Nina não entrou correndo pela porta da sala para abraçar mamãe e fazer festinhas em seu gatinho Bóris. Ela estava meio "jururu", e, pelos seus olhinhos, parecia ter chorado. Que teria acontecido?

Mamãe esperou quando Nina foi lanchar e falou, carinhosa:

- Então, filhinha, não quer me contar o que aconteceu?

- Não aconteceu nada...

- E desde quando nada faz a gente chorar?

- Está bem, mãe, vou lhe contar... Foi o Beto, aquele bobalhão lá da escola...

- O filho de D. Adelaide? Que foi que ele fez?

- A D. Carolina, da secretaria, foi até nossa sala para preencher uns dados que faltavam nas fichas de matrícula.

Quando ela perguntou qual era minha religião, eu disse: sou espírita.

- Muito bem, e daí?

- E daí que na hora do recreio o Beto se juntou com outros meninos e começaram a rir de mim, dizendo:

- A Nina é espírita... Ela acredita em alma do outro mundo, ela acredita em assombração...

- E você se aborreceu com isto?

- No princípio não, mas depois eles me "encheram" tanto que tive vontade de dar um soco neles. . .

- Por que, ao invés de dar um soco neles, você não pensou em lhes explicar que não acredita em assombrações, mas sim em Espíritos?

- Mas como eu poderia explicar o que é um Espírito?

Pegando Nina pela mão, mamãe a levou até seu quarto. Abrindo o armário, de lá tirou um álbum de retratos. E mostrou à garota duas fotografias, perguntando:

- Sabe quem é esta, Nina?

- A do lado direito eu sei: é a Vovó Marita, que já desencarnou.

- Pois está do lado esquerdo também é a vovó; só que bem mais nova.

- Puxa, como a vovó era bonita...

- E você sabe, Nina, onde está vovó Marita agora, depois que desencarnou?

- Eu sei; ela está no Mundo Espiritual. Perdeu seu corpo de carne, mas continua a ser a vovó Marita em Espírito.

- E se pudéssemos tirar um retrato da vovó, no Mundo Espiritual, como acha que ela apareceria na fotografia?

Como um fantasma, aquela figura que aprece vestir um lençol branco?

- Claro que não, Mamãe. Ela apareceria em um retrato não muito diferente do que era quando encarnada...

- Pois é, minha querida. O Espírito é assim. Alguém que desencarnou, mas guarda as qualidades que possuía. E, geralmente, a aparência da última reencarnação.

- Gostei desta explicação, mãe. Acho até que vou levar os retratos da vovó Marita para o Beto ver. E vou perguntar pra ele se a avó dele, que também já desencarnou, virou fantasma. Aposto que ele vai achar muito melhor e mais certo dizer que ela é um Espírito desencarnado, alguém do jeitinho que ele conheceu...

Mamãe sorriu da ideia de Nina e a achou interessante.

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

JOAQUIM E OS FRUTOS


Joaquim é o filho mais novo de D. Clotilde e também o que dá mais trabalho a ela na hora do almoço.

Sabem por que? Porque ele não gosta de comer verduras e legumes... E, na hora do almoço ou da janta, viiixee!!! É aquele problemão.

- Joaquim, olha que cenourinha tão bonitinha, ela está enfeitando seu pratinho, mas se você a comer, você ficará mais forte, mais coradinho!... – dizia sua mãe.

- Argh! Que coisa ruim. Não sei pra que existe isso... – respondia o menino, retirando as rodelas de cenoura e as jogando no chão!!

Sua mãe o repreendia, então, dizendo se não as comesse, ao menos no chão não deveria jogar, porque chão não é local de lixo e comida não se desfaz assim. Mas o menino... Ah! Ele nem estava aí...

Ele não queria saber de batata, alface, espinafre, nada nadinha... E ainda por cima vivia pegando a batata da cesta e a chutando como se fosse bola de futebol.

Sua mãe vivia lhe dizendo sobre quem criou as verduras, os legumes, as frutas, os alimentos.... Vocês sabem quem foi? Isso mesmo, foi Deus e Ele os criou para nos auxiliar, pois através da alimentação saudável ficamos fortes, crescemos e auxiliamos nossa inteligência a se desenvolver também através dos alimentos. Por isso não devemos estragar os alimentos.

O Joaquim, no entanto, ah que menino danado! Nem liga para o que a mamãe explica.

Um dia, Joaquim estava brincando no quintal e viu seu pai pegar uma porção de carocinhos e enterrá-los na terra. E pensou:

- Por que será que papai enterrou aqueles carocinhos? Iixee... acho que ele ficou biruta!!!!!

Joaquim gostava muito de jogar bola com seus irmãos no quintal de casa, mas um dia... beeem, um dia, estava chovendo muuuuito e eles não puderam brincar de bola no quintal e Joaquim olhava pela janela para o quintal e pensava:

- Que chuva mais chata! Só serve para estragar nossa brincadeira! Não vale pra nada!

No dia seguinte, de manhãzinha... Joaquim pegou sua bola, foi para o quintal e.... Oh! Surpresa! Que era aquilo ?! No lugar onde o papai enterrara os carocinhos, naquele outro dia, agora tinha uma porção de plantinhas!

Ele correu para dentro, chamando o paizão:

- Papai, ô Pai!! Corre! Vem ver! Lá no quintal tá cheio de matinho! Vem!!!

Papai, então, foi com Joaquim no quintal e explicou:

- Quando a gente come uma maçã, uma uva, melancia e outras frutos, verduras ou legumes que tenham caroços, se a gente pegar seus carocinhos e enterrar, com a ajuda do sol e da chuva, esses carocinhos viram uma plantinha, que mais tarde vai dar frutos para gente comer e ficar forte, forte!

- Nossa, pai, que trabalhão para nascer um frutinho!

- Para você ver, filhão. Você me ajuda a cuidar dessas plantinhas, para vermos o fruto que nascerá?

- Essa eu quero ver! Ajudo sim!

E Joaquim cuidou das plantinhas do quintal, cuidou, cuidou ... até que um dia...

- Nossa! Que linda!!!

- Que será que tinha nascido!!! Vamos ver?

- Isso, filho – comentou papai – é uma abóbora e é muito gostosa. Vamos leva-la pra mamãe cozinhá-la e nós comermos?

- Vamos! Essa abóbora acho que vou comer também – responde Joaquim – parece deliciosa e, depois, foi um trabalhão pra ela nascer, crescer, ficar gordinha e eu não posso jogá-la fora. Tanto trabalho pra nada? Está errado, né pai?

Papai sorriu, concordando com a cabeça.

Joaquim, a partir desse dia, passou a comer tudo que sua mãe colocava no seu prato. Ele tinha aprendido a respeitar a natureza, pois viu o trabalhão da mãe natureza pra fazer os frutinhos nascerem, e ele até não mais reclamou da chuva, porque sabia que ela também era importante pras plantinhas.

Autoria Desconhecida - Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

HISTÓRIA DE UM PÃO


Quando Barsabás, o tirano, demandou o reino da morte, buscou debalde reintegrar-se no grande palácio que lhe servira de residência.

A viúva, alegando infinita mágoa, desfizera-se da moradia, vendendo-lhe os adornos.

Viu ele, então, baixelas e candelabros, telas e jarrões, tapetes e perfumes, joias e relíquias, sob o martelo do leiloeiro, enquanto os filhos querelavam no tribunal, disputando a melhor parte da herança.

Ninguém lhe lembrava o nome, desde que não fosse para reclamar o ouro e a prata que doara a mordomos distintos.

E porque na memória de semelhantes amigos ele não passava, agora, de sombra, tentou o interesse afetivo de companheiros outros da infância...

Todavia, entre eles encontrou simplesmente a recordação dos próprios atos de malquerença e de usura.

Barsabás, entregou-se as lágrimas de tal modo, que a sombra lhe embargou, por fim, a visão, arrojando-o nas trevas.

Vagueou por muito tempo no nevoeiro, entre vozes acusadoras, até que um dia aprendeu a pedir na oração, e, como se a rogativa lhe servisse de bússola, embora caminhasse às escuras, eis que, de súbito, se lhe extingue a cegueira e ele vê, diante de seus passos, um santuário sublime, faiscante de luzes.

Milhões de estrelas e pétalas fulgurantes povoavam-no em todas as direções.

Barsabás, sem perceber, alcançara a Casa das Preces de Louvor, nas faixas inferiores do firmamento.

Não obstante deslumbrado, chorou, impulsivo, ante o Ministro espiritual que velava no pórtico.

Após ouvi-lo, generoso, o funcionário angélico falou sereno:

- Barsabás, cada fragmento luminoso que contemplas é uma prece de gratidão que subiu da Terra ...

- Ai de mim - soluçou o desventurado - eu jamais fiz o bem...

- Em verdade - prosseguiu a informante -, trazes contigo, em grandes sinais, a pranto e a sangue dos doentes e das viúvas, dos velhinhos e órfãos indefesos que despojaste, nos teus dias de invigilância e de crueldade; entretanto, tens aqui, em teu crédito, uma oração de louvor...

E apontou-lhe acanhada estrela, que brilhava a feição de pequenino disco solar.

- Há trinta e dois anos - disse, ainda, o instrutor -, deste um pão a uma criança e essa criança te agradeceu, em prece ao Senhor da Vida.

Chorando de alegria e consultando velhas lembranças, Barsabás perguntou:

- Jonakim, o enjeitado?

- Sim, ele mesmo - confirmou a missionário divino. - Segue a claridade do pão que deste, um dia, por amor, e livrar-te-ás, em definitivo, do sofrimento nas trevas.

E Barsabás acompanhou a tênue raio do tênue fulgor que se desprendia daquela gota estelar, mas, em vez de elevar-se as Alturas, encontrou-se numa carpintaria humilde da própria Terra.

Um homem calejado aí refletia, manobrando a enxó em pesado lenho...

Era Jonakim, aos quarenta de idade.

Como se estivessem os dois identificados no doce fio de luz, Barsabás abraçou-se a ele, qual viajante abatido, de volta ao calor do lar...

Decorrido um ano, Jonakim, o carpinteiro, ostentava, sorridente, nos braços, mais um filhinho, cujos louros cabelos emolduravam belos olhos azuis.

Com a benção de um pão dado a um menino triste, por espírito de amor puro, conquistara Barsabás, nas Leis Eternas, o prêmio de renascer para redimir-se.

Francisco Cândido Xavier - Da obra: O Espírito da Verdade. Ditado pelo Espírito Irmão X.
Fonte da imagem: Internet Google.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

O ANIVERSÁRIO DE SARA


Sara estava indo para casa, após a escola, e ia toda serelepe conversando com sua amiga Ana, quando escuta um: CATAPLOF...

- Que será que aconteceu? Pergunta ela para Aninha.

E lá vão as duas correndo virar a esquina para ver o que tinha acontecido.

Quando viram a esquina, vejam só o que elas veem: um menino tinha escorregado e caído ao chão e ninguém foi ajudá-lo, muito pelo contrário, estavam rindo dele.

Sara, que sempre foi uma garota muito gentil, bondosa e simpática, corre logo para o lado dele e pergunta:

- Você se machucou? Tá doendo? Tem certeza que pode levantar para continuar andando até sua casa?

O menino muito agradecido, responde:

- Obrigada, não machuquei não, só ralei o joelho e dá sim para levantar e ir embora pra casa, obrigado.

E assim fizeram, Sarinha ajudou a pegar os livros que se espalharam pela rua e, dando-se tchau, cada um seguiu seu caminho.

Aninha, então, comenta com Sarinha:

- Puxa! Você sempre está ajudando alguém, né?

- Claro, Aninha, devemos procurar ajudar a todos.

Quando terminou o dever e guardava suas coisas de escola na mochila, pronto só ouviu um blaf-blef... Chegou à janela e viu que a bola com que os meninos jogavam futebol estava em seu jardim e foi então pegá-la para devolver aos meninos perguntando a eles se queriam uma torcida... O que os meninos sempre sorriam alegres e respondiam:

- Só se for a sua torcida, Sarinha...

Sara tinha uma porção de amigos, pois todos gostavam do seu jeitinho meigo, gentil, amigo, bondoso. Ela sempre emprestava o lápis, ajudava a professora, não empurrava ninguém na fila, sempre brincava um pouquinho nos brinquedos do parquinho, mas nunca deixava que alguém depois dela esperasse muito para poder brincar também, estava sempre com um sorriso e sempre numa alegria que fazia bem aos amiguinhos.

Mas... Aquele dia especialmente todos ficaram preocupados.

Por que será que os amigos de Sara estavam preocupados?

Pois é, Sara estava triste naquele dia e eles nunca tinham visto a Sara triste! Que será que aconteceu?

Aninha, chegou perto de Sara e perguntou:

- Oi, Sara. Tá tudo bem?

- Oi, Ana. Sim, está tudo bem.

- Por que você está triste?

- Deu para perceber foi? Sabe o que é? Meu pai perdeu o emprego e daí a situação lá em casa está meio complicada, sabe?

- Nossa!!

- Pois é, tudo lá em casa terá que se modificar até que ele encontre um novo emprego. E você sabe como gosto de fazer uma festinha no meu aniversário, né? Gosto de ver todos os meus amigos e comemorar com eles; mas...

Esse ano não será possível fazer isso, e fico chateada de não poder reunir a galera toda e brincarmos todos juntos...

- Que isso Sarinha, todo mundo vai entender isso. Não precisa ficar preocupada por causa disso...

- Eu sei que todo mundo vai compreender, mas é uma coisa que gosto e não vou poder ter esse ano... Mas você tem razão, nada de ficar triste por causa disso né? Poderemos numa outra ocasião fazer uma reunião, assim que meu pai conseguir novo emprego.

- Isso, aí.

E pronto, Sarinha já estava mais alegre e sorridente como sempre e todos gostaram de ver o sorriso dela voltar, pois lhes fazia muito bem.

E adivinhem o que os amiguinhos de Sara resolveram fazer? Eles se reuniram num cantinho do pátio do colégio, e estavam num buchicho só. Era um tititi danado; o que será que eles estavam aprontando?

Em todo lugar sempre tinha aquele olhar de um pro outro meio sapequinha, era um blablabla que ninguém entendia nadinha...

Até que chegou o dia do aniversário da Sara: eles cantaram parabéns em sala de aula, no pátio do colégio e isso a deixou muito muito feliz.

Só que depois todo mundo saiu numa disparada só depois da aula, sem muito lengalenga todo mundo foi para sua casa rapidinho, rapidinho...

Sarinha também foi para casa, almoçar, ajudar sua mamãe e fazer os deveres de casa.

Quando ela terminou o dever e estava guardando os livros na mochila, batem à porta.

- Ah. Deve ser o Sr. Luiz, o carteiro...

Que carteiro que nada; sabem quem era? Nãooo???

Eram todos os amiguinhos da Sara cantando parabéns e cada um com uma coisa: um segurava o bolo, outro um prato de salgadinho, outro com docinhos, outro com refrigerante, outro com bolas de soprar...

Aquele tititi todo que ninguém entendia era a preparação de uma festa surpresa para Sara: a mãe de uma amiguinha fez o bolo, a de outro amigo fez o salgadinho, a de outro os docinhos, a de outro comprou o refrigerante e assim puderam fazer a Sara muito feliz.

E foi a melhor festa de aniversário que Sara já teve e que os amiguinhos dela já foram, pois todos se ajudaram para deixar uma amiguinha feliz.

Autoria Desconhecida - Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

HELOÍSA E MARCELINHO


A Heloísa e o Marcelinho são vizinhos.

A Heloísa mora numa casa cor de rosa e o Marcelinho, em uma amarelinha.

Eles são da mesma idade, têm mais ou menos o mesmo tamanho, têm os cabelos da mesma cor; mas...vejam só!!

Eles têm uma diferença, querem saber qual é?

Vou contar já já... tá?

Olha só a Heloísa, ela vive alegre, sempre sorrindo...

Já o Marcelinho... tsitsitsi... tem uma carinha emburrada, de quem vive aborrecido.

Por que será?

Psiu... Peraí, olha só tem alguém falando, vamos escutar?!

- Marcelinho, meu filho. Estou muito cansada, já fiz o almoço, já arrumei a casa, já guardei seus brinquedos, já lavei roupa e agora ainda tenho que passá-las. Você bem que poderia me ajudar e varrer o quintal, não é?

- Iiiihh, Mãe, estou muito cansado... E agora vou até a casa da Heloísa para a gente brincar um pouco. Tchau.

E lá se foi o Marcelinho...

Sua Mãe, então, foi passar roupa e pensava:

- Por que Marcelinho é assim? Não gosta de ajudar em nada? Não guarda os brinquedos, não apanha o jornal para o pai, não vai buscar pão na padaria... Marcelinho não tem boa vontade nenhuma, nenhuma... O Que fazer para ele modificar seu comportamento? Já não sei mais o que posso fazer...

Enquanto isso... Marcelinho chegou à casa de Heloísa.

- Heeeelloooooo!!! Vamos brincar?

Heloísa apareceu com o rostinho na janela:

- Oi, Marcelinho. Tudo bom? Agora eu não vou brincar não. Só depois.

- Ué, por que não Helô?

- Agora estou ajudando a Mãe, que está super cansada por ter feito um monte de coisas em casa sozinha.

- Mas você não precisa ajudar! – falou o menino.

- Eu sei que não preciso, mas gosto de ajudar. Mamãe fica alegre e eu também.

Marcelo foi embora emburrado e pensativo. Lembrou que sua própria mãe vivia cansada e que ele nunca a ajudava em nada. Só se ela gritasse com ele...

Passou um tempinho e Heloísa foi à casa do Marcelinho.

- Agora, Marcelinho, podemos brincar. Vamos jogar bola no quintal?

Os dois correram para o quintal. Mas... ai ai ai... que decepção! O quintal estava sujo de tudo, pois a Mãe do Marcelinho não tinha tido tempo de limpá-lo.

E agora? Que será que aconteceu?

Heloísa falou:

- Marcelinho, vamos ajudar sua mãe?

- Mas ela não pediu… - respondeu ele surpreso.

- Não acredito, Marcelinho!! Que coisa !! Ela não precisa pedir para você ajudar, oras!!!! – disse firme Heloísa.

- Vamos, vamos ... pegue, por favor, a vassoura, a pá, a lata de lixo, uma coisa para a gente molhar as plantinhas e vamos deixar o quintal limpinho e é já....

Então, os dois amiguinhos começaram a limpar tudo. Marcelinho varreu. Heloísa apanhou a caixa de lixo, molharam as plantinhas...

Quando a mãe do Marcelinho chegou na janela, que surpresa!! Como seu rosto ficou feliz! E foi correndo ao quintal e beijou muiiiiiiito muiiito as crianças.

E Marcelinho, quando viu sua mãe tão tão tão feliz, ficou também mais feliz ainda que ela.

Como é bom ajudar, você não acha?

E você ajuda em casa?

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

domingo, 15 de setembro de 2019

LIÇÃO DE UM CORAÇÃO INFANTIL


Foi ao visitar o hospital que o menino conheceu a garota doente.

Ao entrar, ele teve uma vaga impressão de tristeza. Achou estranho.

Afinal, o médico lhe mostrou um grande armário com pílulas contra tosse, pomada amarela contra bolhas e pó branco contra febre.

Mostrou-lhe a sala onde se podia olhar através do corpo de uma pessoa como através de uma janela, para ver onde a doença se escondeu.

Mostrou-lhe outra com espelho, onde se operavam tantas coisas que ameaçavam a vida.

Estranho, pensava o garoto. Se aqui impedem o mal de ir adiante, tudo devia parecer alegre e feliz. Por que estou sentindo tanta tristeza?

O médico lhe explicou como a doença insistia em entrar no corpo das pessoas. Que havia mil espécies de doenças, que usavam máscaras para que não pudessem ser reconhecidas e como era difícil manter a saúde.

Explicou ainda que era preciso estudar muito para desmascarar, desanimar a doença, colocá-la para fora e atrair a saúde, impedindo-a de fugir. Mas, quando entrou no quarto da doentinha, ele a achou muito bonita, mas pálida.

Os cabelos se esparramavam pelo travesseiro.

Ela lhe disse que não podia andar. Mas também não tinha muita importância porque ela não tinha lugar nenhum para ir. Roberto lhe falou do jardim, cheio de flores, que ele tinha em sua casa. Ela pareceu se animar um pouco e respondeu que se tivesse um jardim, talvez sentisse vontade de sarar, para passear entre as flores.

Enquanto ela continuava desfilando sua tristeza, contando das pílulas e injeções que devia tomar todos os dias e dos exercícios que precisava fazer, Roberto pensava: para esta menina sarar, é preciso que ela deseje ver o dia seguinte.

Se ela tivesse uma flor, com sua maneira toda especial de se abrir, de improvisar surpresas, talvez quisesse sarar. Uma flor que cresce é uma verdadeira adivinhação que recomeça cada manhã. Um dia ela entreabre um botão, num outro desfralda uma folha mais verde que uma rã, num outro desenrola uma pétala.

Talvez esta menina esqueça a doença, esperando cada dia uma surpresa.

Roberto afirmou que ela iria sarar e desejou ardentemente isto.

Depois foi providenciar flores, diversas flores e as colocou sobre a mesa, perto da janela, aos pés da cama.

Trouxe uma esplêndida rosa, que parecia ir lentamente abrindo suas pétalas como se estivesse envergonhada ou talvez quisesse guardar a surpresa para outro dia.

Então, a menina que somente ficava olhando o teto e contando os buraquinhos da madeira, contemplou as flores e sorriu.

Naquela noite mesmo a tristeza saiu pela janela e a menina começou a mover as pernas.

Autoria Desconhecida - Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

domingo, 1 de setembro de 2019

JUCA E O DOCE DE LEITE


O Juca é um garoto que adora doce e o doce que ele mais gosta é o doce de leite.

Ele é conhecido entre os coleguinhas como o "Eu primeiro".

Viiiixeee, por que será que ele tem esse apelido?

Vocês sabem porquê? Não? Querem saber?

Tá bom, tá bom, vou contar:

O Juca quer ser sempre o primeiro: o primeiro a falar, o primeiro da fila, o primeiro a comer os doces de um aniversário, e para isso não se importa de empurrar os outros, de correr para passar na frente...

Por isso o apelido dele era "Eu Primeiro"

A mãe do Juca sempre falava e explicava a ele que não deveria fazer assim, que essa atitude dele poderia machucar pessoas e machucar a ele mesmo, mas ele ó, fazia-se de surdo.

Um dia, a Dona Marina, mãe do Juca, fez doce de leite, que era o doce preferido do Juca, e resolveu experimentar colocar um pouquinho de chocolate.

Hummmmm, será que ficou bom? Acho que deve ter ficado uma delícia! Vocês gostam de doce de leite com chocolate?

Pois é, o Juca também gostava muito muito.

E quando sua mãe chamou ele e os amiguinhos para experimentarem o doce, que será que aconteceu?

Isso mesmo, o Juca veio correndo empurrando os amiguinhos para chegar primeiro e já veio gritando:

- Eu primeiro! O doce é meu! Vou comer primeiro!

Dona Marina muito chateada e já cansada de ver como o Juca era mal educado, que apenas de falar e falar e tornar a falar ele não tinha aprendido nadinha, disse:

- Muito bem, Juca, se você quer ser o primeiro, e está com essa pressa toda, pode comer o doce.

Juca todo feliz pegou uma colher, enfiou na tigela de doce e, nhaac!

Deu aquela bocada! Mas aí...

Iiiiixeee que será que aconteceu?

- Ai, ai, ai, ai Mãe,  queimei minha boca!! O doce está quente, muito quente! ai, ai, ai... Começou a gritar o Juca.

Dona Marina, então, o pegou e o levou ao banheiro para passar água fria em sua boca. Depois lhe disse:

- Está vendo, Juca, como querer tudo primeiro pode nos machucar? A gente precisa saber esperar, não empurrar as pessoas, não querer sempre ser o primeiro.

E o Juca, desta vez escutou quietinho e prestando atenção, pois sabia que a mamãe falava a verdade e com a boca queimada ele teve que ficar quietinho vendo seus amiguinhos conversarem e rirem esperando o doce esfriar para o saborearem.

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Mudar para Melhor


Pedrinho era um menino preguiçoso. Tinha preguiça de estudar, de ler, de desenhar e até de brincar.

A mãe de Pedrinho, dona Lili, é doceira, faz doces para vender.

Pedrinho costumava ir junto com ela entregar os pedidos, ajudando a carregar os confeitos, mas reclamava sempre.

Um dia, dona Lili foi entregar uma torta em uma Escola e Pedrinho foi junto.

Logo que chegaram Pedrinho ficou esperando em uma enorme sala onde estavam muitos alunos.

Ele observou um pouco e viu que eram crianças especiais: algumas não falavam, outras não enxergavam ou não ouviam; mas todas se comunicavam por sons, gestos ou mímicas. Elas estavam aprendendo animadamente uma música.

Em um canto dois alegres garotos desenhavam com pincéis. Pedrinho reparou que eles tinham apenas uma das pernas. Ficou impressionado com a alegria e a vontade de aprender deles.

Ele não viu ninguém triste, reclamando ou com preguiça. Sentiu que havia muito amor e respeito naquele local, pois as crianças ajudavam umas às outras.

Lembrou-se de seu corpo perfeito, de sua família legal e dos muitos amigos que tinha. Concluiu que devia aproveitar a vida para aprender e ajudar os outros, como aquelas crianças estavam fazendo.

Pouco tempo depois, dona Lili retornou e eles foram embora.

A experiência daquela tarde Pedrinho nunca mais esqueceu. Deixou de lado a preguiça e o mau-humor e se tornou um garoto alegre e estudioso. E dona Lili ficou contente porque Pedrinho mudou para melhor, muito melhor.

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

JUJU TAGARELLA


Juju Tagarella,
Fala tudo SEM PENSAR.
Na boca não tem tramela.
Na Casa Espírita ou na escola;
Quando lhe pedem silêncio,
Ela a todos ignora,

E para sua professora,
Não dá a mínima bola.
Só ela é quem tem razão;
E quando se trata de dar opinião;
Está sempre disponível;
Está sempre de plantão.

Da irmã da amiga da tia,
Toda a vida conhecia;
Era só um blá-blá-blá
Pela vida fofocava;
Sem ao menos se importar;
Com danos e confusões;
Que poderia causar.

Inventou mentiras graves;
Fez casal se separar;
Trabalhador ser demitido;
E filho ir de castigo.
Conhecer Juju Tagarella;
Era pura esparrela.

Um belo dia porém;
Falava, inventava, mentia e irritava
A língua tanto se mexia, que nem sei o que parecia.
Talvez uma cobra... uma chama ou uma chibata.

Mas eis que ao seu encontro veio voando um a barata.
Cof...Cof...gasp...gasp ...
Engoliu o tal bichinho e gritou apavorada.
- Acho que fui atingida por um a flecha envenenada!
- Vou morrer .... Oooh... não posso falar mais nada ...!!!
E assim sucumbiu desmaiada.

Chamaram o Doutor Beltrano,
Um bom médico do lugar.
Apesar de não gostarem dos hábitos da tal moça,
Mesmo por caridade alguém tinha que lhe salvar.

Reanimou-a o bom senhor.
E pôs-se a explicar:
-Não é uma baratinha o que poderá lhe matar ... portanto, a Sra. pode agora se acalmar.
- Mesmo assim vou lhe aconselhar, Sra. Juju Tagarella.
- O que envenena o homem não é o que vai pela boca, mas sim o que pode sair dela.

Por isso o Grande Mestre um dia recomendou:
Quando for falar dos outros ou dar a sua opinião
Lembre-se: a boca só põe pra fora do que está cheio o coração.

Autora: Paty Bolonha - Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 15 de julho de 2019

LILI E TIA LALÁ


Era uma vez uma menininha chamada Lili. Ela era pequenina e morava em sua casa com papai, mamãe, os irmãos Paulinho e Miguel e a tia Lalá.

Lili gostava muito de todos, mas gostava muito, muito, muito da tia Lalá.

Sabem por quê?

É que a tia Lalá brincava muito com a Lili, fazia as roupinhas para suas bonecas, contava-lhe histórias, cantava e dançava e era muito divertida.

Um dia tia Lalá ficou doente, muiiito doente. O médico foi vê-la e disse que ela precisava ir para o hospital.

Todos ficaram muito muito tristes, principalmente Lili.

Então, tia Lalá foi para o hospital, mas não teve jeito. Seu coração estava fraquinho fraquinho e acabou parando.

Todos choraram e ficaram tristes e com saudade de tia Lalá, porque ela desencarnou, perdeu o corpo de carne, só ficou com o corpo levinho, o corpo espiritual.

Lili ficou muito curiosa para saber o que aconteceria com tia Lalá e sua mãe, então, lhe explicou:

- Lili, filha querida, quando a gente desencarna o corpo de carne e osso é enterrado, mas o espírito vai para o mundo espiritual. Assim, olha só, você está vendo o vento que sopra? Não, não é? Assim também o espírito e o mundo espiritual, a gente, aqui na terra, não os pode ver, mas eles lá existem. Assim, filhinha, você vai sentir muita, mas muita saudade do corpo pesado da tia Lalá, mas ela estará no Mundo Espiritual sem doença e sem estar triste por estar doente. E para a gente ajudar a tia Lalá a se acostumar com a nova casa em que ela foi morar, a gente deve pensar sempre nela com muito carinho e fazer orações para ela, certo?

- Certo, Mamãe.

E assim passou Lili a fazer: sempre pensava na tia Lalá com muito, muito carinho e toda noite orava para que ela estivesse feliz na nova casa.

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.