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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

COMO UMA PIPA QUE SE SOLTA...


Marina estava olhando alguns colegas seus, moradores ali da rua, que faziam pipas para empinar lá no morro atrás da escola.

Enquanto olhava o trabalho dos amigos, a garota teve o pensamento voltado para o Luís, seu professor de matemática da 3a. série, que desencarnara alguns dias atrás.

Marina gostava muito do professor Luís, aliás como todos os seus alunos. Alegre, brincalhão, ensinava a matéria com um jeitão tão especial que ninguém fazia bagunça em suas aulas.

Luís era jovem ainda, mas não resistira a uma doença que o vitimara, levando-o à desencarnação dois meses depois que fora diagnosticada.

Quando visitara o querido professor no hospital, Marina lhe levara flores e umas fatias do bolo que mamãe prepara, mas o professor Luís conseguira apenas esboçar um leve sorriso de agradecimento, já sem forças para falar. Marina se esforçara para não chorar de pena do amigo, mas aguentara firme, pois ali estava para levar estímulo e bom ânimo.

A menina estava tão absorta em seus pensamentos, que levou um susto quando Paulinho gritou:

- Olha uma pipa solta! A linha de alguém arrebentou e o vento está levando a pipa pro alto...

Nisto, Marina sentiu que lhe punham a mão no ombro. Voltando-se, viu D. Mercedes, a diretora de sua escola, que lhe disse:

- Oi, Marina. O que está fazendo por aqui, tão pensativa? Você me parece meio triste...

- Oi, D. Mercedes. Estou aqui olhando os meninos fazerem pipas, e de repente me lembrei do professor Luís. Me deu uma saudade...

- Eu também tenho saudades do Luís, Marina. Ele sempre foi uma pessoa especial, amiga, dedicada ao trabalho...

Olhando agora aquela pipa com o fio arrebentado que o vento vai levando para o alto, lembrei-me de sua desencarnação...

- Como assim, D. Mercedes?

- Bem, Marina.... Você deve saber que nós somos Espíritos que ganhamos um corpo de carne ao nascer, não é? O Espírito, antes livre no Mundo Espiritual, ao reencarnar precisa de um corpo, ao qual se une através de laços, como fios que manterão os dois unidos como se fossem uma coisa só. Esses fios podem se esticar (por exemplo, durante o sono o Espírito pode passear no Mundo Espiritual enquanto o corpo repousa), mas se eles se arrebentam, aí ocorre a desencarnação; o Espírito retorna à vida espiritual e o corpo físico terá morrido.

- E esses fios se arrebentam assim, assim, quando o Espírito resolve ir embora?

- Não, minha querida. O Espírito só vai embora quando o corpo não tem mais condições de lhe ser morada, quando se torna imprestável, quando se "estraga", seja por doença, por acidente. . .

- Ah, entendi, D. Mercedes! Realmente, olhando aquela pipa podemos pensar que o professor Luís, Espírito, também retornou ao Mundo Espiritual, depois que seu corpo ficou inutilizado pela doença e os laços que o mantinham unido a ele se romperam... Mas o professor continua vivinho no Mundo Espiritual.

- Isto mesmo, Marina! Nosso querido Luís estará no Mundo Espiritual, amparado pelo amor de nosso Pai Celestial e merecedor de nossas preces e nosso carinho, em forma de pensamento, para que logo se restabeleça.

- Ah, D. Mercedes... se todas as pessoas entendessem o que é a desencarnação assim como a senhora está me explicando, a saudade não doeria tanto, não acha?

- É sim, Marina... Mas nós, que sabemos disso, podemos falar para quem não sabe e ajudar muita gente que se desespera ante a desencarnação de uma pessoa querida.

E ficaram as duas a olhar a pipa que, àquela altura, já se tornara um pontinho quase imperceptível na imensidão do céu...

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

COMO É BOM ORAR


Júlio e Lúcia moravam em uma bela casinha, perto de um bosque todo verde, que acabava numa praia de um mar azul e cheio de lindos peixes. Nessa praia e nesse bosque eles se divertiam a valer.

Eles adoravam correr entre as árvores que perto da casa era um lindo jardim com flores multicores. Havia também uma variedade muito grande de plantas frutíferas. Eram mangas, laranjas Jabuticabas, e tinha até, duas frondosas jaqueiras. A mamãe sabia fazer doce da jaca, o que era uma delícia. Como era bom correr pelas campinas orvalhadas e colher as frutas do pomar.

E no mar e nas praias, era uma delícia nos dias de calor. Brincar na areia mergulhar nas ondas, sempre tão convidativas.

Às vezes ficavam observando o salto dos peixes virando cambalhotas no ar.

Aconteceu que há um mês eles não conseguiram sair, pois os seus pais tinham ido viajar e as crianças tinham ficado com a vovó que era velhinha, e não aguentava andar muito.

Lúcia ficava muito zangada por não sair, mas Júlio gostava de ficar na janela admirando e sonhando com o dia de poder sair e passear novamente.

Vovó Ana, muito velhinha e paciente, ensinou aos meninos que em vez de ficarem aborrecidos por não saírem, deveriam orar e pedir ao bom Deus que ajudasse ao papai, resolver logo os negócios para poder voltar mais rápido.

Os dois atenderam os ensinamentos da vovó. Oraram pela manhã pedindo proteção para o papai, a mamãe e para a avózinha tão amiga. À noite, agradeciam o dia calmo e bonito e pediam para que os pais voltassem logo.Com isso eles foram ficando mais alegres e passavam horas e horas combinando como seriam os passeios com papai.

Numa manhã azul, bateram à porta e as crianças correram para atender. Que alegria! Papai e Mamãe! Todos se abraçaram e foram para a sala. Sentaram-se pertinho uns dos outros e Papai falou assim: Sabem o que fomos fazer na cidade?

Fomos conversar com o dono da casa em que moramos. Ela não é nossa? (Perguntou Lúcia)

Não filha, é alugada, mas a partir deste mês será nossa se Deus quiser.

Engraçado mamãe (falou o papai para a vovó) é que ele não queria nos vender a casa de maneira nenhuma, mas depois foi ponderando, fomos conversando e ele aceitou uma oferta.

Vovó virou para as crianças, piscou o olho e falou assim: Viram como foi bom orarmos juntos?

A casa que eles tanto adoravam seria agora deles para toda a vida e eles poderiam passear e correr a qualquer hora. Poderiam visitar o pomar, ir à praia admirar o jardim e as flores. Como Deus é bom.

COMO É BOM ORAR!

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.