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sexta-feira, 15 de maio de 2020

Sinal Vermelho


Minha mãe, dirigindo o carro, parou para aguardar o sinal verde. Enquanto esperávamos, um carro e uma moto ultrapassaram o sinal vermelho.

Nós duas nos olhamos e eu perguntei:

- Não está vermelho o sinal?

Minha mãe respondeu afirmativamente.

- E por que eles passaram?

- Boa pergunta. Não sei por que eles desobedeceram às leis de trânsito. Felizmente não houve um acidente, mas algo muito grave poderia ter acontecido.

O sinal abriu e seguimos rumo à escola. Foi quando minha mãe indagou:

- Você sabe a diferença entre as leis humanas e as leis divinas?

- Não, não sei – eu realmente não sabia.

- As leis divinas regem o Universo e não mudam, como a lei de reencarnação e a lei de evolução. As leis humanas são elaboradas pelos seres humanos e mudam, conforme a época e a evolução do povo. Devemos obedecer às leis humanas, porque elas ajudam as comunidades a viver em harmonia. Já pensou se ninguém respeitasse as leis de trânsito? Quantos acidentes!

- O mundo seria uma bagunça! Sem leis seria o caos – pensei alto.

- Isso mesmo – mamãe concordou. Mas há um detalhe: as pessoas podem desrespeitar as leis humanas sem efeitos imediatos, como o motorista que passou o sinal vermelho, porém, ninguém foge às leis divinas. Todas as nossas atitudes tem consequências, boas ou más, conforme a ação praticada. É a lei de causa e efeito, a que todos estamos sujeitos.

- Então aqueles motoristas vão sofrer um acidente mais tarde, porque passaram o sinal vermelho?

- Não necessariamente. Mas todas as nossas atitudes, boas ou más ficam registradas no nosso “livro da vida”.

- “Livro da vida”? Nunca ouvi falar...

- Uns chamam de “livro da vida”, outros de consciência. É onde estão registradas as leis divinas, e também nossas atitudes e pensamentos. E quando desencarnarmos, e fizermos uma análise da última existência, acessaremos esses arquivos de memória. Por isso aquele ensinamento de Jesus: “Vigiai e orai”! Vigiai os seus pensamentos e ações, a fim de não realizar escolhas erradas, que tragam tristeza e arrependimento no futuro.

Minha mãe e eu somos espíritas. Essa foi mais uma das lições que aprendemos juntas. Ainda falta muito tempo mas, quando eu dirigir meu carro, já sei que devo obedecer as leis de trânsito. Porque, em harmonia com as leis humanas e divinas, estou no caminho da evolução e da felicidade.


Claudia Schmidt

Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 1 de maio de 2020

A lição do Totó


Era uma vez um menino que se chamava Juquinha.

Juquinha era muito malcriado. Gostava de brigar com os outros garotos e divertia-se em maltratar os animais.

Os garotos se defendiam, mas os pobres animais, muito dóceis e humildes, não reagiam.

Ele vivia atirando pedras nos passarinhos e destruindo seus ninhos; puxava o rabo dos gatos, batia nos cachorros e arrancava penas das galinhas.

Um horror! Ninguém gostava dele.

Sua mãe, que era uma mulher muito bondosa, condoída da sorte dos bichinhos que tinham a infelicidade de cair nas mãos do menino, tentando corrigi-lo aconselhava com carinho:

— Juquinha, meu filho! Tome cuidado. Um dia você ainda vai se arrepender! Que mal lhe fizeram esses pobres bichinhos? Eles são filhos de Deus, como nós, e merecem todo o nosso respeito e carinho.

Mas, qual nada! Juquinha sacudia os ombros, fazia uma careta e ia brincar, sem se importar com os conselhos de sua mãe.

Um dia Juquinha resolveu sair para passear com seu cachorrinho Totó.

O cãozinho ia à frente, todo satisfeito, abanando o rabo. Era tão difícil Juquinha convidá-lo para sair!

Caminhando pela rua, o menino avistou um pequeno galho que tinha caído de uma árvore. Pegou-o, fez com ele uma varinha, e começou a agitá-la no ar. Depois, tendo outra ideia, com más intenções, ameaçou Totó com a varinha, como se fosse bater nele.

O cãozinho, que vez por outra olhava para trás, viu o gesto e percebeu a intenção do garoto.

Totó, que já estava cansado dos maus tratos recebidos do seu dono, resolveu lhe dar uma lição.

Virou-se e deu uma mordida na perna do Juquinha. Uma pequena mordida, apenas para assustá-lo, dar-lhe uma lição. Mas o menino, surpreso e apavorado, começou a chorar de dor.

Com a dor que sentiu ao ser mordido pelo cão, que sempre fora seu amigo, Juquinha percebeu o que os animais sentiam quando ele os machucava.

Desse dia em diante ele tornou-se um menino bonzinho e protetor dos animais.

Célia Xavier Camargo

Fonte da imagem: Internet Google.