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quinta-feira, 15 de julho de 2021

A Força do Sol

Carlinhos, menino bom e prestativo, gostava de ajudar as pessoas.

Uma coisa, porém, Carlinhos não suportava: ver gente discutindo ou brigando.

Logo ficava nervoso e entrava no meio da discussão, querendo apartar a briga. Isso acontecia em qualquer lugar em que estivesse: em sua casa, na escola ou na rua.

Em casa, quando seus pais começavam a discutir por problemas domésticos, Carlinhos colocava-se no meio deles, querendo resolver a parada.

Na escola, muitas vezes seus colegas se desentendiam jogando futebol ou por qualquer outro motivo, e partiam para a briga aos empurrões, socos e pontapés. Carlinhos corria tentando separá-los e acabava no meio da briga.

Chegava em casa desanimado, cansado, todo sujo e, não raro, machucado.

A mãe, que o conhecia bem, já sabia o que tinha acontecido, e aconselhava-o com amor:

— Meu filho, não faça mais isso. Qualquer dia você pode se machucar seriamente tentando apartar uma briga. Tenha mais cuidado! Chame um adulto, o professor responsável pela turma.

Mas qual! Carlinhos prometia não interferir mais em discussões, porém quando uma briga começava, lá estava ele de novo no meio.

Certo dia, em que ele tinha chegado com um olho vermelho e a testa sangrando, a mãe aflita perguntou-lhe:

— O que aconteceu desta vez, meu filho? Veja seu estado! Você está todo sujo, o uniforme rasgado, e está machucado! Andou brigando de novo?

— Claro que não, mamãe! Ao contrário. Tentava separar dois amigos meus que se desentenderam jogando bola.

A mãe o envolveu num abraço e disse, com amor:

— Depois conversaremos. Agora vá tomar um banho.

Quando o menino saiu do banho, já com aspecto melhor, ela fez um curativo na testa dele e chamou-o para almoçar.

O pai, que chegara naquele momento, olhou para o filho, sério, respirou fundo e ia ralhar com ele, mas resolveu manter-se calado.

Os dois irmãos menores olhavam para Carlinhos e riam. Todos sabiam o que tinha acontecido. Não era a primeira vez que ele chegava machucado em casa.

— Parem de rir, vocês dois. Isso não é brincadeira. Carlinhos, meu filho, almoce e depois farei uma compressa em seu olho para evitar que fique roxo.

Após a refeição, enquanto colocava a compressa sobre o olho de Carlinhos, a mãe conversava com ele dizendo:

— Mantenha distância quando perceber que uma briga está prestes a começar, meu filho.

— Mas, mamãe! Quero evitar que meus amigos briguem! Não suporto vê-los de cara virada um com o outro, com raiva.

— Eu sei que sua intenção é boa, Carlinhos. Para fazer isso, porém, é preciso manter certa distância da briga e, especialmente, agir com tranquilidade, delicadeza, equilíbrio e muito amor.

— Como assim, mamãe? O que é equilíbrio?

— É quando nos mantemos controlados e imparciais no meio de uma situação, isto é, sem pender para um lado ou para o outro, guardando os melhores sentimentos. Entendeu?

— Mais ou menos.

A mãe procurou em torno algo que pudesse servir-lhe de exemplo. De repente, olhou pela janela e viu o sol brilhando lá fora.

Levou o garoto até o jardim e perguntou:

— Carlinhos, sem contar Deus, que é nosso Pai e Criador do Universo, o que existe de maior e mais poderoso neste mundo em que vivemos?

O menino pensou um pouco e depois respondeu, olhando para o alto:

— O Sol, mamãe. Estudei na escola que o Sol é uma estrela muitas vezes maior que o nosso planeta Terra. Ele nos dá luz, calor e condições de viver. A professora explicou que o Criador fez tudo tão bem feito que, se o Sol estivesse um pouco mais distante da Terra, morreríamos congelados por falta de calor; se estivesse um pouco mais próximo, morreríamos queimados!

— Isso mesmo, Carlinhos. E não só nós, seres humanos, mas todos os seres viventes, animais e plantas. Então o Sol é poderoso e está bem distante da Terra, não é? No entanto, indispensável à vida, seus raios chegam até nós com delicadeza, sem nos machucar ou ferir; penetram os lugares mais escondidos e profundos, com suavidade, levando luz e calor.

O garoto pensou um pouco e disse:

— Entendi aonde quer chegar, mamãe. Quer dizer que para ajudar não precisamos entrar na briga, não é?

— Exatamente, meu filho. Veja! Você tem apenas oito anos, mas é bem maior que os garotos da sua idade. Então, o que acontece? Se os meninos forem menores, você pode machucá-los com sua força. Se forem maiores, você acaba machucado.

— É verdade, mamãe. Então, o que posso fazer?

— Na hora do perigo, pense em Deus pedindo que a paz e o entendimento se estabeleçam. Depois, se puder ajudar, faça-o, mas sem entrar na briga.

A partir desse dia, ao ver os garotos discutindo, Carlinhos fazia uma rápida oração e depois dizia sereno:

— Calma, pessoal. Vamos tentar resolver esse problema em paz, está bem? O que está acontecendo? Posso ajudar?

Ouvindo-lhe a voz tranquila, os amigos paravam de discutir, acalmavam-se os ânimos, e logo estavam brincando de novo, felizes por estarem juntos e em paz.

Não há o que não se possa resolver, quando existem boa vontade e paz no coração.

Autoria: Célia Xavier Camargo – Imagem: Internet Google.
 

quinta-feira, 1 de julho de 2021

O Sonho de André

André era um menino de 5 anos, simpático, falante, educado, morava com a sua família, tinha muitos amigos e também tinha um amiguinho inseparável: um cãozinho chamado Toby. Enfim, André se julgava uma pessoa muito FELIZ.

Numa tarde quente André brincava com Toby no quintal de sua casa. André jogava a bolinha e Toby corria para pegar e trazia de volta. Brincaram até se cansarem. André chamou Toby para tomar água e descansarem um pouquinho na sombra de uma laranjeira. O cãozinho muito FELIZ recostou a cabeça no braço do amigo e ambos adormeceram. Que soneca boa.

André sonhou que Toby não conseguira alcançar a bolinha que havia caído em meio a um arbusto e então foi buscar. Enquanto abria os galhos avistou algo interessante: parecia um túnel que se abria em meio à folhagem. Muito curioso, foi andando por aquele túnel que, a cada instante, parecia mais e mais luminoso. Então escutou vozes e risadas de criança quando está FELIZ. Surpreso, ficou observando de longe. Havia um grupo de crianças brincando de esconde-esconde, outro brincando de roda, outro lendo história e, tinha até um grupinho, muito FELIZ, pulando amarelinha. Chamou a atenção de André o fato de não haver, ali, vídeo game, televisão ou computador. E mesmo assim a criançada brincava FELIZ.

Em alguns minutos uma moça se aproximou das crianças pedindo para todos sentarem e fazerem um exercício de respiração (inspirando e expirando, lentamente, por 5 vezes). Fizeram uma pequena, mas profunda, prece e Olívia (este era o nome daquela moça) falou que iriam receber a visita de um amigo muito, muito, mas muito especial. E como o visitante gostava muito de crianças, Ele estava se sentindo muito FELIZ. Olívia pediu que todos fechassem seus olhinhos por alguns segundos. Quando abriram, que surpresa. Quem eles viram? Nada mais nada menos que um amigo que mora no coração de cada um: (alguém sabe que amigo é esse?) isso mesmo, Jesus.

André não se conteve aproximou-se daquela turma, perguntando: - Que lugar é esse? – Eu estou no céu? E Olívia então explicou: - Aqui não é o céu não. Nós estamos em uma aula de Evangelização, onde aprendemos sobre a importância de Jesus em nossas vidas e muitos outros assuntos interessantes.

Nesse instante o garoto acordou com Toby lambendo seu rosto. Correu para contar o sonho à sua mãe. A mãe, também, sem entender direito aquele sonho, convidou André para irem até o Grupo Espírita Seara do Mestre para obterem algumas informações sobre a Evangelização. Chegando, encontraram uma moça que era evangelizadora, e ela então explicou que André também poderia “ver” Jesus. Não com os olhos físicos, mas com os olhos da alma, que é a mesma coisa que tê-Lo dentro do coração toda vez que André se sentir ou fizer alguém se sentir FELIZ.

André começou a participar das aulas de evangelização espírita e gostou muito. Algum tempo depois, a mãe perguntou a André o que ele estava achando das aulas. E ele prontamente respondeu:

- Legal mamãe! Agora consegui entender o que significa ter Jesus no coração e como isso me torna uma pessoa ainda mais FELIZ!


Cleusa Lupatini

Fonte da imagem: Internet Google.