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sábado, 15 de fevereiro de 2020

NASCER DE NOVO


Jorge é um menino que mora no bairro nos arredores de uma grande cidade.

Com oito anos, é conhecido de todos, por ajudar seu pai, que é pedreiro, e por estar sempre com um sorriso no rosto.

Quem o conhece o chama de Pedreirinho.

Jorge está na segunda série do Grupo Escolar. Todos os dias, ao chegar da aula, troca de roupa, almoça e vai levar o almoço do pai, geralmente em uma obra ali mesmo no bairro. E fica lá para ajudá-lo.

A família de Jorge - papai, mamãe e um irmãozinho (O Quico) - vive em harmonia. E muita dessa paz é devida a um bonito hábito que têm: uma vez por semana se reúnem para orar, para conversar sobre os ensinamentos de Jesus. Essa reunião é chamada de estudo do Evangelho no Lar.

Um dia, quando Jorge ia levar o almoço para seu pai, a vizinha o chamou e disse:

- Pedreirinho, fale com sua mãe que agora sou vovó. A Terezinha, minha filha mais velha, ganhou um bebê..., uma linda menina!

- Está bem - disse o garoto - vou voltar e lhe dar a notícia agora mesmo.

Jorge voltou rapidamente em casa, deu o recado à mãe e foi levar o almoço do pai.

À noite, quando já tinham jantado e estavam a conversar na sala, descansando dos trabalhos do dia, Jorge perguntou à mamãe:

- Mãe, você foi ver o neném da Terezinha?

- Fui sim, querido; eles estão muito felizes com o bebê, que é uma linda garotinha.

E continuou...:

- Bem, meu filho, quando nasce uma criança aí temos um Espírito recebendo um corpo novo para continuar sua evolução.

Papai, que estava bem interessado na conversa, ia falar alguma coisa, mas o Quico, o irmãozinho mais novo, disse rápido:

- Mamãe, eu sei porque a gente nasce; você já disse isto no Estudo do Evangelho: é que a gente reencarna.

Papai balançou a cabeça afirmativamente, satisfeito com o interesse dos filhos em assunto tão importante, e com a vivacidade do Quico.

Jorge, então disse:

- Eu me lembro do que a mamãe falou; foi na semana passada. Mas ainda não entendi bem porque a gente precisa nascer tantas vezes, sempre ganhando um corpo novo. Será que não dava pra gente aprender tudo o que precisa para ser um Espírito mais iluminado em uma encarnação só?

Quico arregalou os olhos e ficou esperando a resposta...

Mamãe, então, falou:

- Seu pai e você, por mais que se esforcem, conseguem fazer uma casa em um dia?

- Ah, claro que não, né mãe?! Há muiiiito trabalho...

- Ei, Jorge - disse Quico - eu posso ajudar. Sei colocar direitinho um tijolo em cima do outro para fazer as paredes...

Todos riram com a tirada do Quico... E Jorge disse ao irmão:

- O caso, Quico é que uma casa não é feita só com paredes não, sabe? Primeiro a gente faz o alicerce, para as paredes ficarem no prumo, como diz papai... Temos, também, que deixar lugares para as portas, para janelas, para fiação.... Iiihh!! é a maior trabalheira...

- Pois é - falou papai - como a mãe de vocês estava dizendo, o Espírito reencarna para aprender. E ele aprende por etapas, já que não dá para aprender tudo em uma reencarnação só. Além disso, quando ele erra e não tem tempo para consertar o erro, a reencarnação funcionará como nova oportunidade, como um outro dia. Tudo isto mostra o amor e a sabedoria de Deus, não acham?

Jorge e Quico pararam um pouquinho... pensaram..., e Jorge disse:

- Deus é mesmo muito sábio e muito bom, nos dando tanta chance para aprender e ser feliz...

- Legal..., muito legal - disse Quico, muito contente porque, tão novo ainda, já conhecia tantos ensinamentos legais e teria bastante tempo para aproveitá-los. Aliás..., igualzinho a vocês, né?

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 1 de fevereiro de 2020

FÉRIAS DE VERÃO


Sol, mar e areia!

Naquele verão papai alugou uma casa no litoral onde passaríamos as férias.

Minhas irmãs e eu estávamos muito felizes. Levantávamos cedo e, levando brinquedos e a vontade de aproveitar o mar e a areia branquinha, logo fizemos muitas amizades.

Os dias transcorriam alegres e ensolarados.

Algumas vezes, mamãe e papai levavam-nos para caminhar à beira-mar, quando colhíamos conchas trazidas pelo vai-e-vem das ondas.

Em uma das caminhadas habituais, papai comprou sorvetes para refrescar-nos do calor intenso. Minha irmã mais nova, não encontrando local apropriado para jogar a embalagem do sorvete, jogou-a na areia ao que mamãe solicitou que juntasse, até que pudesse jogá-la na lixeira mais próxima.

Papai ensinou que ao abandonarmos objetos e lixo na praia estamos contribuindo para o desequilíbrio do meio ambiente, poluindo as águas, prejudicando os animais que vivem e procriam no mar, além de comprometer a saúde das pessoas.

Eu, minhas irmãs e nossos amigos ficamos preocupados e observando as inúmeras latas descartáveis, papéis, frascos vazios e sobras de alimentos abandonados na praia, tivemos a ideia de ir até o posto dos salva-vidas mais próximo perguntar-lhes como poderíamos ajudar a manter a praia limpa. Um deles pensou um pouco, sorriu e apontou um fardo de pequenos sacos plásticos coloridos, respondendo:

— Crianças, a tarefa principal dos salva-vidas é proteger a vida de todos os banhistas. Distribuir esses cartuchos de lixo aos veranistas também é uma forma de salvar vidas, protegendo a Natureza.

— Se os seus pais permitirem, vocês poderão distribuí-los.

Com a permissão e participação de nossos pais, todos os dias e até o final das férias, reservávamos uma pequena parte da manhã, onde saíamos empolgados, a distribuir os cartuchos coloridos às pessoas.

Ficamos felizes com a atividade e a praia ficou mais limpa, mais bela e mais segura para todos.

Com aquele simples gesto pudemos declarar nosso amor a Deus e à Natureza que, agradecida, nos proporcionou férias de verão maravilhosas.

Daquele verão trouxemos muitas fotografias e lembranças, onde a colaboração de Salvar a vida protegendo a Natureza foi a mais valiosa e inesquecível de todas.

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.