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terça-feira, 1 de dezembro de 2020
Fazer o Bem Sem Olhar a Quem
domingo, 15 de novembro de 2020
Sophia e Seu Anjo Amigo
segunda-feira, 2 de novembro de 2020
Dar de Si Mesmo
quinta-feira, 15 de outubro de 2020
Fazendo o Bem
Durante uma aula de Evangelização, entre todas as coisas que a professora falou, Bentinho gravou mentalmente de modo especial que todos temos tarefas a cumprir e que devemos sempre fazer o bem aos outros.
Bentinho,
garoto esperto e inteligente, ouviu e guardou dentro do coração as palavras da
professora.
No dia
seguinte, no horário do recreio, viu uma colega tentando resolver um problema
de matemática. Bentinho lembrou-se do que a professora tinha dito e não teve
dúvidas, parou e, como tinha facilidade para matemática, em poucos minutos
resolveu a questão.
A garota
agradeceu, encantada, e Bentinho afastou-se satisfeito, pensando: Fiz a minha
primeira boa ação do dia.
Na saída da
escola, passou por uma casa onde um garotinho tentava empinar uma pipa sem
muito sucesso. Num impulso, aproximou-se e, tomando o brinquedo das mãos do
menino, rapidamente colocou a pipa no céu.
O garoto
agradeceu, surpreso, segurando o carretel de linha que mantinha a pipa no ar, e
Bentinho prosseguiu seu caminho sentindo-se cada vez melhor. Fizera sua segunda
boa ação do dia e um grande bem-estar o inundava por dentro.
Mais
adiante, pouco antes de chegar a sua casa, viu um menino abaixado junto a uma
bicicleta. Aproximou-se e percebeu que ele estava com problemas. A corrente
tinha saído do lugar. Imediatamente, Bentinho ajoelhou-se e, com presteza,
arrumou a corrente. O menino agradeceu e foi embora.
Bentinho
entrou em casa todo orgulhoso.
Contou à mãe
o que tinha feito naquela manhã e ela deu-lhe os parabéns pela ajuda às três
crianças. Depois, perguntou:
— E agora? O
que pretende fazer, meu filho?
— Vou
almoçar e depois ficarei lá fora vendo se posso ajudar mais alguém hoje.
A mãe
escutou e não disse nada.
Depois do
almoço Bentinho ficou no portão, esperando o que ia acontecer.
Mais tarde,
ele voltou para casa, satisfeito, e contou para a mãe:
— Mamãe,
ajudei uma senhora a atravessar a rua. Depois, ajudei o carteiro a entregar
todas as correspondências.
Bentinho
parou de falar, sorriu e concluiu cheio de orgulho:
— Estou
exausto, mas muito feliz, mamãe. Agora vou tomar um banho, jantar e dormir.
A mãe
olhou-o com seriedade e considerou:
— Bentinho,
muito louvável seu desejo de ajudar as pessoas, meu filho. Todavia, e suas
tarefas, quem fará?
Bentinho
arregalou os olhos, como se só naquele momento tivesse se lembrado de seus
deveres.
— Mas,
mamãe... — gaguejou, decepcionado —, achei que estava fazendo a coisa certa!
— Sim, meu
filho. Só que ajudar aos outros é algo mais que podemos fazer, sem esquecer
nossas próprias obrigações. A professora não disse que todos têm suas tarefas a
cumprir?
— É verdade.
E agora?
— Agora,
você tem os deveres da escola para fazer, o quarto para arrumar, os brinquedos
para guardar. Ah! E ainda ficou de consertar a bicicleta de seu irmão,
lembra-se?
— Mas já é
tarde! — reclamou o garoto.
— Não é tão
tarde assim. Você ainda tem algum tempo antes do jantar.
Vendo que a
mãe estava irredutível, Bentinho baixou a cabeça e foi cumprir suas obrigações.
Em seguida, tomou banho e jantou. Depois da refeição, extremamente cansado, foi
logo dormir.
A mãe entrou
no quarto para fazer a oração com ele.
Sentou-se na
beirada da cama e, acariciando os cabelos do filho, disse:
— Meu filho,
eu estou muito orgulhosa de você hoje. Fez a coisa certa ajudando às pessoas.
Só que, no impulso de ser útil, não podemos ultrapassar o limite da ajuda
realizando a tarefa pelo outro.
— Como
assim, mamãe?
— Por
exemplo. Fazendo a tarefa de matemática para sua colega, você a impediu de
aprender. O mais correto seria tê-la ensinado a resolver o problema. Entendeu?
— Entendi,
mamãe. Quer dizer que eu poderia ter ajudado o garotinho a empinar a pipa, mas
não a fazê-lo por ele, não é? Assim também com o garoto da bicicleta. Se eu o
tivesse ensinado a colocar a corrente, em outra ocasião ele saberia fazer isso
sozinho. E o carteiro?
— A questão
do carteiro é mais complexa, meu filho. A responsabilidade por entregar a
correspondência pertence a ele. O carteiro ganha para isso. E se você tivesse
feito algo errado? Como entregar uma correspondência importante em endereço
diferente? Ou se perdesse uma carta? A responsabilidade seria dele e ele
sofreria as consequências.
— Tem razão,
mamãe. Mas acho que agi bem quando ajudei a senhora a atravessar a rua.
—
Exatamente, meu filho, embora tudo o que você fez hoje tenha sido bom. Só não
devemos tirar a oportunidade das pessoas de aprenderem fazendo suas obrigações.
— Nem de nos
esquecermos de fazer as nossas!
Bentinho
estava contente. Tinha sido um dia diferente e muito produtivo.
Abraçou a
mãezinha com amor, e, juntos, fizeram uma prece a Jesus, gratos pelas lições
daquele dia.
Célia Xavier
Camargo
Fonte da imagem: Internet Google.
quinta-feira, 1 de outubro de 2020
Minha Cidade É Especial
Dona Luísa, mãe de Luna, estava no facebook e chamou a filha:
- Venha ver
estas fotos que Antônia postou!
Luna se
apressou – adorava fotos! Eram fotos da cidade em que a prima morava, realmente
lindas! Era inverno e as ruas e praças estavam cobertas de neve. Havia um
enorme parque temático perto da cidade e Antônia tinha ido andar de esqui, de
trenó. Tudo era tão lindo e diferente!
- Odeio
minha cidade! – reclamou Luna. Não tem neve, não tem parque, não tem nada pra
fazer! É uma cidade feia e sem graça!
A mãe apenas
ouviu, não disse nada.
Alguns dias
depois de uma conversa da mãe com a professora de Luna, a menina tinha como
tarefa da escola um trabalho com o tema: Minha cidade – aspectos positivos e
negativos.
- Nem sei
como começar! – protestou Luna.
- Converse
com algumas pessoas, sugeriu a mãe.
- Vou
começar por você, mãe!
- Não, eu
serei a última entrevistada, sorriu dona Luísa.
Como sabia
que não adiantava reclamar, Luna começou as entrevistas. Falou primeiro com a
avó Ângela, que contou como a cidade era antigamente e como mudou ao longo dos
anos: novos prédios, novas escolas, praças modificadas, além de muitas
lembranças... A avó falou do local onde conheceu o avô de Luna, a Igreja onde
casaram, o hospital onde nasceu dona Luísa, a escola onde ela, como professora,
viu muitas crianças crescerem, até se tornarem pais e mães, de outras crianças,
que agora frequentam a mesma escola... Ela até deu algumas dicas de lugares
para Luna fotografar.
No outro
dia, Luna foi conversar com seu tio Carlos, que contou que adora a cidade em
que mora, pois tem muitos amigos; que eles se encontram pra jogar futebol e
estudar no Centro Espírita que ele frequenta há muitos anos.
Luna também
entrevistou o pai, e seu Juarez falou da poluição, das pessoas que jogam lixo
nas ruas e nos rios, daqueles que não cuidam das calçadas em frente às suas
casas. Quando ele parecia desanimado, seu olhar mudou, e ele falou que cabe a
cada um fazer a sua parte para cuidar com responsabilidade do lugar em que
vive. Depois da conversa, Luna ficou pensando como poderia fazer a parte dela
para que a cidade fosse limpa e boa de viver.
A prima
Clara contou à Luna que estava feliz, porque estava estudando Veterinária,
curso conquistado pela Universidade local há poucos anos. Falou das
oportunidades de estudo e trabalho, e das indústrias. Luna ouviu atentamente e
anotou tudo.
Ao retornar
da casa de Clara, Luna observou que havia buracos nas ruas e poucas árvores.
Minha cidade não é perfeita, pensou.
Ao ouvir a
mãe, Luna entendeu que, embora a cidade tivesse alguns aspectos negativos, é o
local que, provavelmente, ela escolheu na espiritualidade para reencarnar, para
aprender e evoluir.
Luna
pesquisou na Internet a história da cidade, os pontos turísticos e acrescentou
fotos aos relatos: prédios, árvores, praças, famílias, estudantes, tornando o
trabalho escolar um sucesso!
Mas o mais
importante é que Luna compreendeu que a cidade que escolhemos para viver é
especial e importante para o progresso individual e coletivo. E que, embora
possa não ter parques temáticos e outras coisas que gostaríamos, é o lugar
adequado a cada um. Afinal, é onde escolhemos viver e progredir material e
espiritualmente, através do convívio com outras pessoas e dos desafios diários.
Claudia
Schmidt
Fonte da imagem: Internet Google.