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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

JUQUINHA O MAIORAL

"Era uma vez, uma rua conhecida como a rua da Meninada, pois lá tinha muitas crianças, que sempre estavam depois do colégio, a brincar juntas na rua.

Mas, tinha por lá um menininho chamado Juquinha.

Ele tinha roupas bonitas, muitos brinquedos, morava numa casa grande, com jardim, e por isso se achava o menino mais importante da rua, o mais bonito, o mais forte.

As outras crianças da rua moravam em casas simples, não tinham muitas roupas bonitas e nem muitos brinquedos como o Juquinha.

Assim, Juquinha não gostava de brincar com os amiguinhos e vivia gritando:

- Ninguém vai pegar meus brinquedos! Eu sou o menino mais forte desta rua! Sou mais importante que vocês! Todos vocês são uns bobos, só têm brinquedos feios, vivem sujos e, por isso, não vão brincar comigo. E se chegarem muito perto vão apanhar...

Os coleguinhas do Juquinha ficavam muito tristes...

Até que um dia...

Um dia, mudou para a rua um menino chamado Marquinhos.

Ele era magrinho, tinha um rostinho alegre, mas também não tinha muitas roupas bonitas e nem brinquedos complicados; aliás só possuía um carrinho de madeira.

Pela manhã, depois de ter ajudado seus pais a terminarem de arrumar a casa depois da mudança, lá foi o Marquinhos para a rua quando viu as crianças.

Ele chegou na rodinha e foi logo dizendo:

- Ois; eu sou o Marquinhos e acabei de mudar para aquela casa ali. Posso brincar com vocês?

As crianças acharam o Marquinhos super simpático e alegre e logo responderam:

- Pode, claro - disse André

- Vem sim, mas não temos brinquedos chiques - falou Manezinho.

Marquinhos então propôs:

- Olha, eu tenho um carrinho de madeira e se a gente for juntando o brinquedo de cada um podemos brincar bastante...

- Boa ideia! - disse Felipe - eu tenho um posto de gasolina, vou buscar.

- Eu tenho um caminhão - disse André.

- Eu vou pegar areia e pedrinhas - falou Manezinho.

E, assim, todos brincaram com muita alegria.

Mas... Tinha alguém que não estava brincando. Apenas estava olhando do portão de sua casa.

Alguém estava apenas observando os meninos se divertirem com a brincadeira, sem nem mesmo prestarem atenção que ele estava apenas no portão de sua casa...

Sim..., era ele, o Juquinha...

Juquinha se sentiu super triste, pois viu que estava sozinho, sem ninguém para brincar e foi correndo falar com sua mãe, Dona Joana:

- Mãe, eu não tenho amigos. Ninguém gosta de mim...

- Que você fez com seus coleguinhas, Juquinha? - perguntou sua mãe

- Eu não fiz nada não, cheguei na rua e eles estavam brincando lá com os brinquedos feios deles e nem me viram...

- Mas por que então você não chegou até eles, meu filho? Eles deviam estar apenas distraídos...

- Se eu chegasse eles iriam querer meus brinquedos e coisas bonitas, porque eles não têm coisas bonitas como as minhas, por isso eu sou melhor que eles e não vou ficar emprestando minhas coisas não...

- Meu filho, isso não está certo. Mesmo quando a gente tem muitas coisas, muito dinheiro, muitos brinquedos, a gente deve ser simpático e agradável. Veja: aquele menino que se mudou ontem para a rua, ele já se enturmou com alegria, simplicidade e compreensão... Ele não precisou de muitos brinquedos, apenas de um coração simples.

Por que você não procura seus coleguinhas e pede desculpas? Se você for menos egoísta e não ficar contando vantagens eles irão desculpá-lo....

- Será, mãe!? Mas eles não têm nada, sempre são os meus brinquedos que eles querem..., eles não gostam de mim...

- Por que você não experimenta? Assim saberá não é? - disse compreensivamente sua mãe.

Juquinha foi para seu quarto e, olhando pela janela, pensando..., pensando..., e decidiu tentar seguir o conselho de sua mãe.

Assim, Juquinha foi até onde estavam os meninos brincando e pediu desculpas por não ter emprestado seus brinquedos, mas que estava trazendo agora mais algumas coisas para poderem incrementar a brincadeira.

Os amiguinhos do Juquinha ficaram muito felizes em ver que ele estava se modificando e, a partir daquele dia, Juquinha percebeu que ninguém era o "maioral" da rua, nem o mais bonito e nem o mais rico."

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.
 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Três Amigos Na Praia

Pedro, Tiago e Mateus eram amigos inseparáveis. Eram da mesma turma da escola, e ficaram muito felizes quando descobriram que iriam passar as férias na mesma praia.

Mateus já estava há alguns dias na praia quando chegou Tiago. Pedro foi o último a chegar.

Logo no primeiro dia Mateus e Tiago foram à praia, nadaram muito, mas Pedro não entrou no mar. Ele caminhou na beira da praia, conversou com alguns amigos e foi embora mais cedo que os outros dois amigos.

No dia seguinte, os três combinaram de fazer uma trilha, bem cedinho. E no horário e local combinado, lá estavam os três amigos.

O local da trilha era cheio de curvas, de altos e baixos... subiram morros e desceram o morros e a cada pedaço do caminho a vista parecia ficar mais bonita! Tiraram fotos, contaram histórias, foi um passeio muito animado.

Ao chegarem ao local que era considerado o final da trilha, avistaram uma praia belíssima. A água era limpa, tinha árvores e sombra por perto. O local parecia ter saído de um filme, de tão bonito!

- O último a chegar na água é um ovo podre – disse Mateus, e começou a correr. Se atirou na água e nadou, sem esperar pelos amigos.

Tiago entrou na água em seguida, mas Pedro não saiu do lugar. Ficou parado, olhando o mar.

- Vem, Pedro, a água está ótima!

- Agora não!- disse Pedro. Tomem cuidado! – gritou ele antes de se afastar dos amigos para ir sentar à sombra.

Os dois amigos insistiram, mas Pedro não disse que não sabia nadar e que não estava com vontade de entrar na água. Os amigos convidaram mais algumas vezes, mas Pedro disse que não queria ir e acabou adormecendo embaixo de uma enorme árvore.

Mateus e Tiago, vendo o amigo dormindo, combinaram fazer uma surpresa para Pedro. Afinal, já estava na hora de voltar e ele não tinha experimentado nadar naquela bela praia!

Os dois amigos agarram Pedro pelos braços e pernas, enquanto ele gritava que não queria ir! Mateus e Tiago jogaram o amigo na água e logo uma onda derrubou Pedro. E ele demorou a aparecer de novo, se debatendo. O lugar não era muito fundo, ainda bem! Os dois amigos ajudaram Pedro a sair da água. Ele sentou na areia respirando acelerado e com cara de apavorado.

- Eu disse que não sei nadar! – reclamou ele. Vocês não me ouviram?

Mateus e Tiago tinham ouvido, mas não tinham prestado atenção ao que o amigo havia dito. Também não respeitaram o fato de que Pedro não queria entrar na água.

O retorno pela trilha foi realizado em silêncio. O caminho pareceu muito mais longo na volta. Pedro não apareceu na praia nos dois dias seguintes. No terceiro dia, Mateus e Tiago foram até a casa de Pedro e pediram desculpas, prometendo nunca mais desrespeitar o amigo.

Naquele verão, Pedro teve algumas lições de natação com Mateus e Tiago. Mas o mais importante foi que os três entenderam a importância de se respeitar o jeito de ser dos outros, seus gostos e preferências, e nunca obrigar alguém a fazer algo que não queira.


Claudia Schmidt

Fonte da imagem: Internet Google.