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sexta-feira, 15 de junho de 2018

As Maçãs e as Pessoas


Uma tarde, meu filho chegou em casa, voltando da escola e me perguntou:

- As pessoas são todas iguais mesmo que sua pele seja de cor diferente?

Pensei durante um momento, então eu disse:

- Vou lhe explicar, se você puder esperar por uma parada rápida na mercearia. Tenho algo interessante para mostrá-lo.

Na mercearia, eu falei que precisávamos comprar maçãs. Fomos à seção de frutas onde compramos algumas maçãs vermelhas, maçãs verdes e maçãs amarelas.

Em casa, enquanto colocávamos as maçãs na fruteira, eu falei ao Adam:

- Agora eu posso responder sua pergunta.

Coloquei uma maçã de cada tipo sobre a mesa: primeiro uma maçã vermelha, seguida por uma maçã verde e então uma maçã amarela.

Então olhei para Adam, que estava sentado no outro lado da mesa e falei:

- Adam, as pessoas são como essas maçãs. Todas têm cores, formas e tamanhos diferentes. Veja, algumas maçãs levaram algumas batidas e estão machucadas.

Por fora não podemos garantir que estão tão deliciosas quanto as outras.

Enquanto eu estava falando, Adam estava examinando cada uma delas, cuidadosamente. Então, tomei cada uma das maçãs, as descasquei e recoloquei sobre a mesa, mas em lugares diferentes e perguntei:

- Tá bom, Adam, diga-me qual é a maçã vermelha, a maçã verde e a maçã amarela.

E ele disse:

- Eu não posso falar. Agora elas me parecem todas iguais.

- Dê uma mordida em cada uma. Veja se isso lhe ajuda a descobrir qual é qual.

Deu grandes mordidas, e então um sorriso enorme estampou em seu rosto quando me disse:

- As pessoas são como as maçãs! São todas diferentes, mas do lado de fora.

Por dentro são as mesmas.

- Certo!, concordei. Cada pessoa tem sua própria personalidade, mas são basicamente iguais.

Ele entendeu totalmente. Eu não precisei dizer nem fazer qualquer coisa mais. E agora, quando mordo numa maçã, sinto um sabor um pouco mais doce do que antes.

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

AS ESTRELAS QUE FICARAM NA TERRA


Dizem que as estrelas do céu olhavam a Terra de longe. Lá do alto do céu, a Terra é uma pérola azul, linda, girando no espaço. As estrelas ficavam olhando, muito curiosas. Um dia resolveram conhecer o planeta azul de perto. Partiram todas juntas, deixando um grande espaço no céu.

O Senhor das estrelas, preocupado, chamou o Espírito Guardião e perguntou onde elas estavam. O Guardião, muito assustado, disse que haviam fugido para a Terra, aquele planeta azul tão bonito.

O Senhor das estrelas ainda pensava no que fazer, quando viu que as estrelas já estavam voltando aos seus lugares no céu. – Ué, vocês já voltaram? – perguntou.

– A Terra só é bonita de longe. – responderam as estrelas a uma só voz.

– Como assim? – perguntou o Senhor das estrelas, que não havia entendido bem.

– De perto – disseram as estrelas – a Terra está cheia de guerras horrorosas, de violência, de doenças terríveis. Nós tratamos de vir logo embora, antes que fôssemos contaminadas por tanta coisa feia e ruim.

O Senhor das estrelas mandou o Espírito Guardião conferir se todas regressaram. As estrelas, que eram conhecidas pelos seus nomes e cores, estavam todas lá. Menos uma, a estrela verde, chamada Esperança.

– Pois vá à Terra – determinou o Senhor das estrelas. Vá à Terra e procure aquela fujona porque lugar de esperança é no céu.

O Guardião procurou em toda parte: nas grutas profundas, no alto das montanhas, no fundo dos mares...; nada de encontrar a estrela verde chamada Esperança. Foi aí que ele reparou na gente que passava nas ruas das grandes ou das pequenas cidades. E notou que havia um brilho diferente, um brilho esverdeado no fundo dos olhos das pessoas.

O Guardião, então, deu um mergulho para dentro da boca de uma senhora que passava conversando com outra, pois Espírito Guardião pode fazer essas coisas. Lá dentro do coração dela achou um pedacinho bem pequenininho, verdinho, brilhando, brilhando. Então o Guardião, que sabia a língua até dos pedacinhos das estrelas, perguntou ao caquinho o que ele fazia ali.

O caquinho respondeu que era um pedaço da estrela verde chamada Esperança. Quando ela viu a Terra, teve pena das pessoas, tão sofridas. Então partiu-se em muitos pedacinhos, uma para cada pessoa da Terra. E, por piores que fossem as tragédias humanas, a Esperança, firme e forte, dá às pessoas condições de recomeçarem tudo outra vez.

O Guardião achou aquilo muito bonito e concordou em que a estrela verde, chamada Esperança, ficasse na Terra. Mas, para que a felicidade dos homens se tornasse duradoura, seria preciso chamar um a outra estrela: a Verdade. Pois só conhecendo a verdade sobre o que somos, por que estamos na Terra, para onde vamos, poderemos escolher acertadamente o que devemos e o que não devemos fazer.

E o Guardião das estrelas partiu. Logo depois regressou com a estrela Verdade que, tal como a outra, a Esperança, partiu-se em um número infinito de pedaços.

E a partir desse dia, a Verdade e a Esperança estão sempre juntas. Quem procurar a Verdade, também acha a Esperança. E elas presenteiam as pessoas que as encontram com paz, coragem e felicidade.

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.