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domingo, 15 de setembro de 2019

LIÇÃO DE UM CORAÇÃO INFANTIL


Foi ao visitar o hospital que o menino conheceu a garota doente.

Ao entrar, ele teve uma vaga impressão de tristeza. Achou estranho.

Afinal, o médico lhe mostrou um grande armário com pílulas contra tosse, pomada amarela contra bolhas e pó branco contra febre.

Mostrou-lhe a sala onde se podia olhar através do corpo de uma pessoa como através de uma janela, para ver onde a doença se escondeu.

Mostrou-lhe outra com espelho, onde se operavam tantas coisas que ameaçavam a vida.

Estranho, pensava o garoto. Se aqui impedem o mal de ir adiante, tudo devia parecer alegre e feliz. Por que estou sentindo tanta tristeza?

O médico lhe explicou como a doença insistia em entrar no corpo das pessoas. Que havia mil espécies de doenças, que usavam máscaras para que não pudessem ser reconhecidas e como era difícil manter a saúde.

Explicou ainda que era preciso estudar muito para desmascarar, desanimar a doença, colocá-la para fora e atrair a saúde, impedindo-a de fugir. Mas, quando entrou no quarto da doentinha, ele a achou muito bonita, mas pálida.

Os cabelos se esparramavam pelo travesseiro.

Ela lhe disse que não podia andar. Mas também não tinha muita importância porque ela não tinha lugar nenhum para ir. Roberto lhe falou do jardim, cheio de flores, que ele tinha em sua casa. Ela pareceu se animar um pouco e respondeu que se tivesse um jardim, talvez sentisse vontade de sarar, para passear entre as flores.

Enquanto ela continuava desfilando sua tristeza, contando das pílulas e injeções que devia tomar todos os dias e dos exercícios que precisava fazer, Roberto pensava: para esta menina sarar, é preciso que ela deseje ver o dia seguinte.

Se ela tivesse uma flor, com sua maneira toda especial de se abrir, de improvisar surpresas, talvez quisesse sarar. Uma flor que cresce é uma verdadeira adivinhação que recomeça cada manhã. Um dia ela entreabre um botão, num outro desfralda uma folha mais verde que uma rã, num outro desenrola uma pétala.

Talvez esta menina esqueça a doença, esperando cada dia uma surpresa.

Roberto afirmou que ela iria sarar e desejou ardentemente isto.

Depois foi providenciar flores, diversas flores e as colocou sobre a mesa, perto da janela, aos pés da cama.

Trouxe uma esplêndida rosa, que parecia ir lentamente abrindo suas pétalas como se estivesse envergonhada ou talvez quisesse guardar a surpresa para outro dia.

Então, a menina que somente ficava olhando o teto e contando os buraquinhos da madeira, contemplou as flores e sorriu.

Naquela noite mesmo a tristeza saiu pela janela e a menina começou a mover as pernas.

Autoria Desconhecida - Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

domingo, 1 de setembro de 2019

JUCA E O DOCE DE LEITE


O Juca é um garoto que adora doce e o doce que ele mais gosta é o doce de leite.

Ele é conhecido entre os coleguinhas como o "Eu primeiro".

Viiiixeee, por que será que ele tem esse apelido?

Vocês sabem porquê? Não? Querem saber?

Tá bom, tá bom, vou contar:

O Juca quer ser sempre o primeiro: o primeiro a falar, o primeiro da fila, o primeiro a comer os doces de um aniversário, e para isso não se importa de empurrar os outros, de correr para passar na frente...

Por isso o apelido dele era "Eu Primeiro"

A mãe do Juca sempre falava e explicava a ele que não deveria fazer assim, que essa atitude dele poderia machucar pessoas e machucar a ele mesmo, mas ele ó, fazia-se de surdo.

Um dia, a Dona Marina, mãe do Juca, fez doce de leite, que era o doce preferido do Juca, e resolveu experimentar colocar um pouquinho de chocolate.

Hummmmm, será que ficou bom? Acho que deve ter ficado uma delícia! Vocês gostam de doce de leite com chocolate?

Pois é, o Juca também gostava muito muito.

E quando sua mãe chamou ele e os amiguinhos para experimentarem o doce, que será que aconteceu?

Isso mesmo, o Juca veio correndo empurrando os amiguinhos para chegar primeiro e já veio gritando:

- Eu primeiro! O doce é meu! Vou comer primeiro!

Dona Marina muito chateada e já cansada de ver como o Juca era mal educado, que apenas de falar e falar e tornar a falar ele não tinha aprendido nadinha, disse:

- Muito bem, Juca, se você quer ser o primeiro, e está com essa pressa toda, pode comer o doce.

Juca todo feliz pegou uma colher, enfiou na tigela de doce e, nhaac!

Deu aquela bocada! Mas aí...

Iiiiixeee que será que aconteceu?

- Ai, ai, ai, ai Mãe,  queimei minha boca!! O doce está quente, muito quente! ai, ai, ai... Começou a gritar o Juca.

Dona Marina, então, o pegou e o levou ao banheiro para passar água fria em sua boca. Depois lhe disse:

- Está vendo, Juca, como querer tudo primeiro pode nos machucar? A gente precisa saber esperar, não empurrar as pessoas, não querer sempre ser o primeiro.

E o Juca, desta vez escutou quietinho e prestando atenção, pois sabia que a mamãe falava a verdade e com a boca queimada ele teve que ficar quietinho vendo seus amiguinhos conversarem e rirem esperando o doce esfriar para o saborearem.

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.