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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

A Estrela Peregrina

A Estrela Peregrina
Veio para anunciar,
Que um principezinho,
Acabava de chegar.
Convidou-me a segui-la
Para o tal menino mostrar
Tão iluminada entre as outras
O Céu cortava, sempre a orientar.

Andamos pelos desertos,
Pelas terras além do mar
Buscando nessas paragens
Não encontrei nenhum rei
Só pobres viajores
Foi o que mais avistei.
E a estrela andarilha foi então que perguntei:
Onde está o tal menino?
Me apontou pequeno estábulo.
Mas isso é um insulto... A quem queres enganar?
Não vejo cetro, nem ouro, nem coroa ou seus tesouros.
Apenas uma cocheira, com animais a relinchar!
Me aproximo; então percebo uma pequena criança e os seus pais a orar.

Então, este é o príncipe que viemos encontrar ?
A Estrela peregrina brilha, brilha, a confirmar.
Mas se é rei, tem riqueza, onde está o seu esplendor?
Então a pequena estrela em anjo se transformou
E disse ao seu "convidado", com todo o seu primor,
É Mensageiro do Pai
É Missionário da Paz
É o Enviado da Luz.
Veio para ensinar os filhos do seu Senhor.
Ele é rei, mas sua coroa só é feita de Amor.
Será o Grande Mestre da eternidade,
E trouxe a Paz na Terra aos homens de Boa Vontade

Nesse mesmo instante, outros pastores começavam a chegar,
À pequena criança vinham para presentear.
Não trago ouro, nem mirra, nem óleo pra incensar,
Como eu "homem comum" o poderei agradar?
Disse então a Estrela-Anjo:
Tu por mim foste o escolhido para a toda a humanidade vir representar.
O presente que mais lhe agrada, e que poderás lhe dar,
No futuro todos venham seus ensinos praticar.

Feliz Natal com Jesus para todos .


Autora: Paty Bolonha

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

A FUGA

Num destes dias agitados, em que se tem mil coisas diferentes para fazer, encontramos Justin, o filho de quatro anos de idade de um jovem casal.

O garoto não parava de fazer bagunça, e depois de ouvir seu pai pedir por várias vezes para que sossegasse um pouco, acabou ficando de castigo no canto da sala.

Justin chorou, esperneou, emburrou e finalmente disse: "vou fugir de casa."

A primeira reação da mãe foi de surpresa que, irritada, falou: "ah, vai?"

Quando ela virou-se e o olhou, ele parecia um anjo, tão pequeno, encolhido ali no canto, com um ar tão triste...

Ela decidiu largar tudo que estava fazendo e parou. Com o coração partido, ela lembrou-se de uma passagem de sua própria infância, quando ela também quis fugir de casa porque se sentia rejeitada e incompreendida.

Ela sabia que ao anunciar "vou fugir da casa", Justin estava dizendo: ,”por favor, prestem mais atenção em mim. Eu também sou importante. Por favor, façam com que eu me sinta desejado e amado incondicionalmente."

"Tudo bem, Justin, você vai poder fugir de casa", falou a mãe baixinho para ele, enquanto começava a pegar umas roupas em seu armário e colocar numa sacola.

"Mamãe", ele perguntou, "o que você está fazendo?"

Ela assim respondeu: "se você vai fugir de casa, então mamãe vai com você, porque não quero ver você sozinho nunca. Gosto muito de você, Justin."

Ela então o abraçou, e ele perguntou, surpreso: "por que você quer ir comigo?"

Ela olhou-o com carinho e disse: "porque eu gosto muito de você e vou ficar muito, muito triste se você for embora”.

“E também quero tomar conta de você para que nada de mal aconteça".

"Papai também pode ir?" - perguntou ele, com uma vozinha acanhada.

"Não, papai tem que ficar com seus irmãos, e papai tem de trabalhar e tomar conta da casa quando nós não estivermos aqui."

"O meu hamster pode ir?"

"Não, ele também tem que ficar aqui."

Justin parou um instante para pensar e disse: "mamãe, podemos ficar em casa?"

"Claro, Justin, podemos ficar em casa."

"Mamãe." - disse ele suavemente.

"O que é Justin?"

"Eu amo você."

"Eu amo você também, querido, muito, muito, muito. Que tal me ajudar a fazer pipoca?"

"Oba! Tudo bem." - e lá se foi Justin com sua mãe.

Naquele instante ela se deu conta da maravilhosa dádiva que é ser mãe. De como somos fundamentais quando levamos a sério a responsabilidade sagrada de ajudar uma criança a desenvolver o sentido de segurança e o amor próprio.

Abraçando Justin, ela percebeu que em seus braços tinha o tesouro inestimável da infância, uma pessoinha que dependia do amor e segurança que recebesse; do atendimento de suas necessidades, do reconhecimento de suas características únicas para tornar-se um adulto feliz.

Ela aprendeu que, como mãe, jamais deve "fugir" da oportunidade de mostrar aos seus filhos que eles são amados, desejados e importantes - o presente mais precioso que Deus lhe deu.

***

Não te poupes esforços na educação dos filhos.

Os pais assumem desde antes do berço com aqueles que receberão na condição de filhos, compromissos e deveres que devem ser exercidos, desde que serão, também, por sua vez, meios de redenção pessoal perante a consciência individual e a cósmica que rege os fenômenos da vida, nos quais todos estamos mergulhados.


Autor: Momento Espírita – Fonte do texto e imagem: Internet Google.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

A Florzinha Cor de Rosa

Na frente de uma velha casinha era para existir um jardim maravilhoso, mas havia apenas terra, e essa era tão seca que não se via nem minhocas ou formigas passeando por lá.

Certo dia o céu escureceu e veio uma chuva muito forte molhando toda a terra, que logo começou a brotar. Em poucos dias o jardim estava encantador, com um perfume suave das flores diversas que nasceram; somente um botãozinho ainda não estava aberto.

O jardim ficou todo cercado de joaninhas, borboletas, beija-flores, minhocas, aranhas, formigas e besouros.

Mas entre as flores que nasceram havia uma que era muito vaidosa, orgulhosa... Olhava para as outras flores e dizia:

- Eu sou a flor mais bonita deste jardim! Vocês comparadas a mim são horrorosas heheheh.

- Olha só para a florzinha amarela... É igualzinha o sol! A Flor azul é igual às nuvens e a marrom igual a terra...  Horror! Todas vocês são iguais a alguma coisa.

Sou maravilhosa porque sou única... Sou cor de rosa! Não tem nada parecido comigo... Sou uma atração... Todos que aparecem no jardim olham para mim elogiando.

E assim falava a nossa florzinha, toda orgulhosa, penteando suas pétalas.

Certo dia ouviu-se uma gritaria de crianças:

- Corram... Pega... Ela esta indo para o jardim!

E de repente... Uma TRAGÉDIA aconteceu !

A florzinha cor de rosa foi atingida em cheio por uma bola e desmaiou!

Todas as outras flores foram acudi-la, será que esta viva?!

Felizmente estava, foi abrindo os olhos lentamente, e quando ficou de pé todas as flores arregalaram os olhos e começaram a gargalhar!

- HaHaHaHaHaHaHaHaHaHaHA!!!

- HiHiHiHiHiHiHiHiHiHiHiHiHiHi!!!

-HeHeHeHeHeHeHeHeHeHeHeH!!!

Todas riam sem parar! Mas o que será que aconteceu?

É que a flor cor de rosa perdeu a metade de suas pétalas, estava HORROROSA!

Coitada da florzinha... Todos que ali passavam falavam:

- Que espécie de flor é aquela? Que coisa mais feia!

A minhoca estava se contorcendo de tanto rir, a borboleta não conseguia voar de tanto que gargalhava, a aranha tropicava nas pernas toda vez que olhava para flor despetalada.

Coitadinha...

Dois dias se passaram e todas as pétalas caíram, ficou carequinha... Ela chorava tanto... Tanto...

Então numa noite a florzinha percebeu que foi muito feio o que ela havia feito, ficava sempre rindo das outras flores, e na verdade todas eram bonitas... Cada uma tinha a sua beleza... Mas agora, ela era a única feia no jardim... E pensou...

- Nunca mais vou falar mal de ninguém... Estou muito sentida com a minha atitude.

Deus percebeu o arrependimento sincero dela, e decidiu lhe dar uma nova chance...

Ao amanhecer as flores começaram a se abrir, esticavam as folhinhas para cima se espreguiçando quando de repente todas arregalaram os olhos!

A florzinha cor de rosa estava com pétalas novamente! Só que não eram cor de rosa... Era uma azul, uma amarela, uma marrom, outra azul outra amarela e outra marrom...

Tornou- se uma flor colorida!

E para surpresa de todos, uma florzinha que ainda era um brotinho começou a se abrir na frente de todos... E quem diria; era toda cor de rosa!

Ela olhou para todas as flores que estava a sua volta e disse:

- NOSSA! Que jardim legal... Quantas flores bonitas!

- Mas eu sou mais bonita que vocês, porque sou a única cor de rosa que tem aqui.

Ao ouvir isso, a florzinha colorida chegou bem pertinho dela e disse:

- Venha cá, você ainda é muito novinha e tem que aprender algumas coisas; vou lhe contar uma história de uma florzinha cor de rosa que morou aqui...

Autoria: Regina Amélia de Oliveira

Fonte do texto e imagem: Internet Google.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

A Festança

História baseada na passagem da bíblia: "Em verdade vos digo que lançou mais do que todos, esta pobre viúva, porque todos os outros deram de sua abundância, mas esta deu da sua indigência". (Lucas 21:3 e 4).

Certa vez, num reino distante, o povo resolveu fazer uma festa. Mas tinha que ser uma festa de arromba, daquelas de ninguém botar defeito!

Então, o habitante mais velho do lugar, que era sábio, teve uma ideia:

- Para a festança ser um sucesso era só cada um dar uma coisa para ajudar!

O Rei, que era muito poderoso, tinha dezenas de castelos de mármore, com ouro e pedras preciosas. Resolveu então dar o menor deles (que tinha apenas 100 quartos) para servir de salão de festa.

Todo o povo comentou:

- Oh! Como o rei é generoso!

O duque tinha uma fazenda tão grande que para atravessá-la a cavalo se demorava 1 mês. Lá viviam milhares de cabeças de gado.

O duque mandou avisar que tinha 80 bois para fazer churrasco.

Todo mundo dizia:

- Oh! Como o duque é generoso!

O barão também tinha muitas terras onde praticava lavoura. Todos os anos centenas e centenas de caminhões deixavam a fazenda carregados de arroz para vender nas cidades.

O barão mandou entregar 50 kg de arroz para cozinhar para a festa.

Só se ouvia o povo comentar:

- Oh! Como o barão é generoso!

Um sitiante que não era nobre, mas era muito rico, mandou colher 40 pés de alface para que houvesse salada na festa.

- Oh! Como o sitiante é generoso! Exclamavam as pessoas.

O dono da confeitaria tinha uma boa renda. Não lhe faltava nada. Morava numa bela casa e seus filhos tinham muitos brinquedos. Seu presente para a festa foi um lindo bolo confeitado. E todos diziam:

- Oh! Como o confeiteiro é generoso!

Assim também o dono do bar, que vivia confortavelmente, mandou entregar a festa 2 barris de Chopp, enquanto ouvia o povo:

- Oh! Como o bodegueiro é generoso!

E assim todos foram dando alguma coisa.

Ora, neste reino vivia também uma pobre viúva que só tinha de seu um coelhinho que lhe fazia companhia. Lavava roupa para fora em troca de comida e vivia em um casebre.

- Eu queria tanto ir nesta festa! Nunca fui a nenhuma, mas o que eu poderia dar para ajudar?

Foi então na hortinha no fundo do quintal, mas só achou 4 cenouras.

Pegou 2 e deu ao coelhinho e ficando sem comer, levou as outras duas para entregar a festa.

Quando a viúva entregou as cenouras, a zombaria foi enorme:

- Que ridículo! Essa viúva não se enxerga!

- A senhora pensa que vamos deixar entrar dando só 2 cenouras?

Está louca!

Mas então, o velho sábio foi para o meio da multidão e disse:

- Meus filhos! Vocês estão enganados! O rei tem muitos palácios e nem conhece todos eles. Vive reclamando que tem que pagar muitos criados para limpa-los. Ele nos deu o menor e o mais sujo. Vocês acham que o rei deu muito?

- O duque tem tantos bois que o pasto não dá bem para todos. Alguns acabam morrendo de fraqueza. Ele pegou os 80 mais magros e deu para a festa. Vocês acham que o duque deu muito?

- A produção de arroz do barão é tão grande que ele não tem celeiros suficientes para guardar. Uma grande quantidade sempre acaba mofando. Ele pegou uma parte do arroz que ia estragar e nos deu.

Vocês acham que o barão deu muito?

- Assim também o sitiante nos mandou o alface que ele não teve tempo de tratar e os insetos acabariam comendo.

Vocês acham que o sitiante deu muito?

- O confeiteiro todos os dias faz bolos para colocar na vitrine e fazer propaganda de sua loja. Mas nunca vende todos e alguns acabam indo fora. Então ele pegou um bolo amanhecido e o trouxe aqui.

Vocês acham que o confeiteiro deu muito?

- O Chopp também não pode ser guardado por muito tempo e o dono do bar bebe tanto que os barris que ele deu, mal chegarão para ele mesmo.

Vocês acham que ele deu muito?

- Olhem agora a pobre viúva. Não tem nada, a não ser o coelhinho que trata com todo carinho. Qualquer outro já o teria comido assado. O que ela fez? Alimentou o bichinho e ficando sem comer trouxe a única coisa que ela tinha para doar a festa.

- Ora, todos os outros deram daquilo que não lhes fazia falta, que estava sobrando, que iam jogar fora.

Respondam então: quem foi que deu mais?


Autoria Desconhecida. Fonte do texto e imagem: Internet Google.

sábado, 15 de outubro de 2016

EXISTÊNCIA DE DEUS

Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e tanto carinho, cada noite, que, certa vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou:

- Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?

O crente fiel respondeu:

- Grande senhor; conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais Dele.

- Como assim? - indagou o chefe, admirado.

O servo humilde explicou-se:

- Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?

- Pela letra.

- Quando o senhor recebe uma joia, como é que se informa quanto ao autor dela?

- Pela marca do ourives.

O empregado sorriu e acrescentou:

- Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi?

- Pelos rastos - respondeu o chefe, surpreendido.

Então, o velho crente convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a lua brilhava cercada por multidões de estrelas, exclamou; respeitoso:

- Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem ser dos homens!

Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também.

Livro: Pai Nosso – Médium: Chico Xavier – Espírito: Meimei.

Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 1 de outubro de 2016

A DESCOBERTA DE PAULA

Paula era uma menina da idade de vocês. Ela gostava de comer, brincar, pular, falar. Mas ela falava muito e muito alto, e só ela queria falar.

Paula não parava para escutar ninguém. Quando Alguém estava falando ela começava a falar junto.

A mamãe de Paula ensinava a filha que ela não podia ser assim, mas não adiantava. As crianças que moravam perto da casa de Paula não gostavam de brincar com ela, pois a menina chegava e não deixava ninguém falar; as crianças estavam acostumadas a brincar juntas , conversando, mas quando Paula chegava gritando e não deixando ninguém falar, todos se levantavam e a deixavam sozinha.

Um dia mamãe levou Paulinha ao cinema para ver "Chapeuzinho Vermelho", mas a menina ficou o tempo todo falando coisas assim:

- Olha lá mamãe! Olha lá!...

Ih! ... O que vai acontecer?

Já sei, já sei, já sei!

Ih!... Eu não quero ver o que vai acontecer agora!

E ela falava tanto que não deixava as pessoas escutarem o filme; e assim, todos que estavam sentados perto dela levantaram-se para procurar outros lugares.

Chegando em casa, mamãe disse à filha que não ficara contente com o comportamento dela no cinema e após Paulinha prometer não fazer mais aquilo a mamãe contou- lhe a história do filme, pois com a conversa ela não entendera nada.

Um dia, na escola de Paulinha, houve uma festa. A festa era de manhã para as crianças que estudavam de manhã e à tarde para as crianças que estudavam à tarde.

Pela manhã, mamãe levou Paula toda bonita para a festa; os palhaços iam fazer mágicas, brincadeiras da cadeira, corrida de saco, iam contar histórias e muitas outras coisas.

Quando os palhaços começaram a festa, Paula começou a gritar também, como estava acostumada a fazer. E gritava tanto que as outras crianças não estavam escutando os palhaços. O palhaço Furequinha pediu que ela ficasse quieta e como ela não parou de falar, a professora pegou Paula pela mão e levou-a para fora dali.

E falou que ela não poderia mais participar da festa, pois ela estava atrapalhando. E falou carinhosamente para a Paula, que enquanto ela ficasse na secretaria, ela poderia ir pensando que a gente tem uma boca só e dois ouvidos p'ra gente falar menos e ouvir mais...

Parecia que Paula não se aborrecera. Ficaria com as pessoas na Secretaria até a hora da mãe ir buscá-la.

Mas quando o tempo foi passando, passando, Paula começou a pensar como a festa deveria estar bonita. Ela gostava muito de palhaços e de mágicas.

E Paula começou a chorar, pediu para voltar à festa, pois não iria mais atrapalhar; iria ficar quietinha, OUVINDO, só responderia quando os palhaços perguntassem.

Só que a festa estava acabando..., e Paula não mais poderia participar dela; a Professora, então, disse que se ela prometesse realmente não atrapalhar, ela poderia voltar à tarde e participar da outra festa.

À tarde, Paula conseguiu ficar quieta durante a festa e se divertiu muito.

Pôde contar para a mamãe as histórias dos palhaços, as mágicas, as brincadeiras:

- Pois é, Mamãe, foi muito divertido, e sabe o que eu aprendi?

- O que filhota?

- Que se eu deixar as pessoas falarem, ouvindo tudinho, vou me divertir muito mais, pois aí dá para prestar atenção direito no que está acontecendo, e você não precisará mais me contar quando a gente chegar em casa."


Fonte: AME/JF – Texto e imagem: Internet Google.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

A DOENÇA DE LULU

O sol já declinara no horizonte. Vovó Amélia, reunida aos garotos, como de costume conversava sobre a vida.

Zezinho comentava:

- Sabe, Vovó, hoje dois garotos brigaram na escola, por causa de uma bola.

- Ah! Mas isso é muito feio. Devemos sempre viver em paz com todos.

- Ora, Vovó, eles já trazem essa rixa de muito longe e por qualquer motivo estão se desentendendo - voltou a falar Zezinho, enquanto os outros garotos faziam sinal de assentimento.

- Bem. Se é assim, creio que a coisa se torna mais complicada, exigindo reparação imediata. Lembremos o ensino de Jesus, que nos manda reconciliar com os nossos adversários, enquanto estamos a caminho com eles. Somente assim viveremos felizes e em paz.

- É, a professora de religião já falou do perdão, mas não adiantou muito. Quem sabe a senhora teria uma história sobre o perdão para nos contar. Poderíamos, então, contar prá eles e, talvez assim, resolvessem acabar a contenda - comentou Lívia.

- Ah! Agora lembrei-me de uma história muito bonita e que fala sobre a lei do perdão.

Fiquem em silêncio, que a contarei. E, após breve pausa, a Vovó, começou:

- Esta é a história de Lulu, a lebre que morava na Floresta Alegre.

Conta-se que outrora Lulu tinha uma grande plantação de cenouras. Ela mesma cultivava com muito esmero, dali tirando o seu sustento e de sua família.

Todos colaboravam na sua preservação. Tudo aconteceu quando, um dia, Lulu foi colher cenouras para o almoço. Notou que muitas delas haviam desaparecido, não sabia como.

Recolheu a quantidade necessária para a refeição daquele dia e seguiu para casa de cenho franzido. Ficara preocupada. Quem teria retirado as cenouras?

Na hora do almoço, toda a família reunida, indagou:

- Algum de vocês colheu cenouras, de ontem para hoje?

Responderam negativamente.

- Pois alguém anda surrupiando nossas cenouras e precisamos estar atentos para impedir que isto volte a acontecer. Quem quiser cenouras, que as plante - acrescentou Lulu, visivelmente irritada.

Todos os seus familiares resmungaram agitados e descontentes, após suas palavras.

Resolveram montar guarda na plantação, dali por diante. Por nenhum momento, esta deveria ficar sem os atentos olhos de algum deles.

Os dias se passaram. Mas, apesar da vigilância cerrada, as cenouras continuavam desaparecendo.

Lulu quase foi à loucura. Prometeu que ela mesma montaria guarda naquele dia, e assim o fez.

Após muito esperar, já quase desistira. De repente, percebeu um pé de cenoura sendo rapidamente puxado para o interior da terra.

Correu para ver quem era. Contudo, somente depois de mais quatro pés succionados, conseguiu divisar o invasor responsável.

Um pequeno filhote de lebre cavara um túnel subterrâneo e era quem estava lesando a plantação de Lulu.

Entretanto, Lulu não quis saber se era filhote ou adulto; partiu para cima do intruso e o obrigou a devolver as cenouras, falando em seguida:

- Vá embora daqui e aprenda a trabalhar.

- Mas, Senhora...- assustado, o filhote tentava argumentar.

Lulu não o deixou prosseguir:

- Não me interessa o que você tenha a dizer. Só quero que abandone minha plantação, agora mesmo.

Cabisbaixo e triste, este afastou-se derramando uma lágrima, que Lulu não chegou a perceber.

Passaram-se os dias sem nenhuma novidade na plantação. Lulu, porém, não havia perdoado. Guardando a mágoa dentro de si, adoeceu e, pouco a pouco, o seu corpo definhava, como se fosse o prelúdio de um fim próximo.

Todos já temiam que tal pudesse acontecer, dado a fraqueza que a possuía, quando resolveram apelar para o Dr. Corujão, na esperança de que este solucionasse a enfermidade que a deixava abatida e em quebranto.

Às pressas, correram a chamá-lo. Este não se fez esperar. Chegando à casa de Lulu, depois de cumprimentar a todos, pediu para ficar a sós com a doente, a fim de examiná-la.

Após alguns instantes, verificando que nada tinha de anormal no funcionamento de seu organismo, começou a conversar, no intuito de saber como tudo acontecera e desde quando estava assim.

A enferma, sentando-se com dificuldades, disse ao Dr. Corujão tudo o que lhe tinha acontecido nos últimos meses.

Quando Lulu se referiu ao incidente com o filhote de lebre, o Dr. Corujão, arqueando as sobrancelhas, falou:

- Ah! Minha amiga. A causa de sua doença é mágoa. Mágoa que você guardou no coração.

- Como assim? - perguntou Lulu, sem entender.

- Então você não sabe? A mágoa retida no coração aniquila não só as forças da alma, mas também compromete a saúde do corpo.

- Tem certeza? - argumentou a doente.

- Claro que tenho. Já vi casos assim antes; e, foi só o doente perdoar a quem o tinha ofendido para a enfermidade ceder lugar à saúde e à felicidade.

- E como posso fazer para perdoar? Não tenho forças para tanto.

- Faça o seguinte. Levante-se; dirija-se à plantação e colha o máximo que puder de cenouras. Em seguida, leve-as ao seu adversário. Assim vai se sentir mais aliviada.

- Puxa! Mas, sequer sei onde mora o pequeno! – exclamou Lulu.

- Não se preocupe. Eu o localizarei.

Apoiada na asa do Dr. Corujão, Lulu dirigiu-se à plantação, colhendo as cenouras como fora orientada.

Enquanto isso, o Dr. Corujão saiu à procura do filhote de lebre. Informado de onde morava, partiu em busca de Lulu.

Esta havia colhido cenoura suficiente para alimentar uma pequena família, por vários dias.

Auxiliada pelo Dr. Corujão, nossa amiga foi até a residência do pequeno filhote, batendo palmas à entrada.

Logo depois este surgiu, magro, sujo e com os olhos um tanto assustados. Confuso, falou, ao ver Lulu:

- A senhora é a dona das cenouras, não é? Juro que não colhi mais nada em sua plantação e, se o fiz naqueles dias, foi porque minha mãezinha está muito doente, impossibilitada de trabalhar. Eu não sabia o que fazer, pois não tenho pai, nem irmãos, e preciso cuidar dela.

- Sua mãe ainda está doente? - perguntou o Dr. Corujão.

- Está sim. Acho que ela não resistirá por muito tempo, pois, além de muito enferma, quase não tem se alimentado. Mal tenho conseguido algumas raízes, insuficientes para reerguer lhe o ânimo. Em virtude de sua doença, não posso cultivar nada. Tenho que estar constantemente ao seu lado.

Lulu começou a chorar e, cheia de arrependimento, abraçou o pequeno filhote com tanto amor que ficou curada de repente. A partir daquele instante cuidou não só dele, mas de sua mãezinha, qual se fossem familiares muito queridos.

Com isso, em breves dias a mãe do pequeno estava restabelecida, ficando para todos a lição inesquecível do perdão das ofensas.

Desde então, sentindo-se uma só família, viveram todos felizes, livres de mágoas e ressentimentos.

A Vovó silenciou, após o relato, dando ensejo a que os garotos assim falassem:

- Puxa Vovó! Achamos que se contarmos esta história para os nossos coleguinhas, eles irão se reconciliar.

- É verdade. Aproveitemos a oportunidade, pois, precisamos combater o ressentimento com o amor que Jesus ensinou. Só assim, seremos realmente felizes.

Naquela noite, com a permissão da Vovó, as crianças ficaram conversando até tarde, e sentiam-se leves, felizes e serenas, com a lição recebida.

“Perdoai para que Deus vos perdoe” – “Jesus”


Médium: Samuel Nunes Magalhães – Espírito: José Renato

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

A DESCOBERTA

Ronaldo é um garoto de sete anos, de olhos vivos, esperto! Entre os amigos é conhecido por "pé de vento", pois sempre ganha nas corridas que apostam.

Ronaldo mora em um bairro que tem várias ruas sem saída, e a dele é uma dessas. É muito gostoso brincar ali, já que quase não existe movimento de carros.

Ronaldo seria muito feliz se não houvesse algo que ele acha bastante desagradável!

- Uhmmm...!! Que será?

É que na sua rua não há padaria, nem mercadinho, nenhum comércio. E como ele é o encarregado de comprar pão e outras pequenas necessidades da casa, praticamente todos os dias ele precisa ir até à pracinha do bairro, onde estão as lojas.

Ronaldo faz isso muiiiiito contrariado. Na hora de sair ele faz a maior cara feia e vai reclamando:

- tudo eu! Tudo eu nesta casa!

Numa manhã, Ronaldo se levantou e ficou esperando que mamãe o lembrasse de ir buscar o pão, mas D. Geni apenas falou:

- oi, Filho, dormiu bem? Vamos tomar café? Fiz umas torradas com o pão que sobrou de ontem.

- torrada? Arrrght!!! Detesto torrada!

Na hora do almoço, mamãe fritou um ovo para cada um. Apesar de ser sábado, dia em que ela fazia seu delicioso pastel de carne moída...

Ronaldo começou a desconfiar daquelas modificações que estavam ocorrendo em casa...

À Tardinha, o garoto foi convidado para ir ao aniversário de Júlio, seu melhor amigo. Estava um pouco frio e ele pensou em vestir sua camisa de flanela xadrez, tão quentinha... Mas, ao apanhá-la no armário, notou que mamãe não costurara sua manga que havia despregado.

Ronaldo ficou pensativo... Mamãe cuidava com tanto carinho de tudo, a tempo e ahora.. Como não costurara sua camisa?!?!?!

Os dias foram passando e as coisas não melhoravam. Mamãe continuava sem tempo para contar estórias ou fazer as guloseimas de que ele tanto gostava. Papai não achava tempo para irem ao futebol, ou para ajudá-lo a consertar os brinquedos que estragavam.

Um dia, não aguentando mais a situação, Ronaldo chegou perto de D. Geni e falou:

- Mãe, vocês não gostam mais de mim? Nem você, nem papai têm tempo para brincar comigo, ninguém me ajuda a arrumar os brinquedos, você não faz meus pasteizinhos no sábado...

- Claro que amamos você, meu filho. É que meu tempo e o de papai, não está dando para fazermos tudo que fazíamos quando você nos ajudava. Papai e eu notamos o quanto o aborrecia ir comprar o pão, o leite e a nos auxiliar em algum servicinho, e resolvemos que nós mesmos os faríamos. Aí, o tempo não dá mesmo...

Muito sem graça, gaguejando e embaraçado, Ronaldo falou:

- mas eu não achei que precisassem tanto de mim, afinal eu sou tão pequeno ainda...

- Acontece, filhinho - continuou mamãe - que dentro de nossas possibilidades todos podemos cooperar.

- como assim, Mamãe???

- Veja Ronaldo, que para atravessarmos um riacho precisamos da cooperação da ponte, para termos o mel precisamos da cooperação das abelhas, para termos energia elétrica precisamos do trabalho das usinas. Todo mundo coopera, auxilia para o bem de todos. Assim também na família: se cada um fizer um pouquinho, todos sairão ganhando.

- Acho que estou entendendo... - falou Ronaldo.

E dando um gostoso beijo na mamãe, o garoto pegou sua bola para brincar com os amiguinhos, mas antes disse a D. Geni:

- Mamãe, à tardinha vou até a padaria buscar pão fresco para o nosso lanche, tá? E voltarei a fazer meus serviços pra cooperar com alegria, tá?
Fonte: AME/JF

Fonte do texto e imagem Web Google.