ESTE É UM BLOG DE ARQUIVO

ESTE BLOG É UM ARQUIVO DE ESTÓRIAS E CONTOS DO BLOG CARLOS ESPÍRITA - Visite: http://carlosespirita.blogspot.com/ Todo conteúdo deste blog é publico. Copie, imprima ou poste textos e imagens daqui em outros blogs. Vamos divulgar o Espiritismo.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

A PALAVRA

Uma senhora que se reconhecia dominada pelo vício da maledicência, procurou, certa vez, seu orientador espiritual, buscando aconselhar-se sobre a maneira de conseguir a remissão de seus muitos erros.

O velho homem, sábio e experiente, refletiu por alguns momentos, respondendo-lhe afinal:

- Olhe, inicialmente, a senhora irá encher um grande saco com plumas. Em seguida, aguardará um dia de vento forte e, então, subirá com ele aquele morro, que é o ponto mais alto da cidade e de lá, espalhará as penas ao vento.

A senhora saiu, então, bastante satisfeita e esperançosa, começando imediatamente a trabalhar no cumprimento da tarefa que lhe fora aconselhada.

Finalmente, num dia de ventania, ela se dirigiu ao local indicado, despejando dali as plumas que num instante desapareceram; levadas pelo vento.

Muito feliz, voltou ela ao seu orientador, contando-lhe que fizera tudo como lhe fora aconselhado e perguntando-lhe pressurosa:

- O senhor pensa então que agora estarei perdoada?

- Oh! Não! - Disse-lhe ele. - Esta foi apenas a primeira parte da tarefa. Agora, a senhora deverá voltar ao mesmo ponto e recolher todas as penas, colocando-as novamente no saco.

Muitíssimo assustada, ela retrucou:

- Mas isto me é totalmente impossível! Eu vi as plumas espalharem-se por todos os lados, desaparecendo, levadas pelo vento. Não posso saber onde elas estão. Uma ou outra talvez eu ainda consiga recolher, mas o saco todo é impossível! O senhor me exige uma coisa totalmente absurda!

Serenamente, o sábio respondeu:

- O mesmo acontece com as más palavras que vamos pronunciando imprudente e invigilantemente aqui e ali.

Elas se propagam de mente em mente e, de boca em boca, voam para longe. Às vezes, muito distante de nós estarão a produzir maus efeitos dos quais nada sabemos, mas que, no entanto, nos estarão sendo debitados. O melhor que a senhora tem agora a fazer, já que na maior parte das vezes não tem mais controle sobre os efeitos nocivos de suas palavras imprudentes, é ter mais cuidado com sua fala para que não encontre depois, na conta de sua vida, débitos muito pesados, cuja origem a senhora nem imagina.


Fonte: AME/JF. Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

A MARGARIDA FRIORENTA

Era uma vez uma margarida em um jardim.

Quando ficou de noite a margarida começou a tremer.

Ai passou a Borboleta Azul.

A borboleta parou de voar.

- Por que você esta tremendo?

- Frio!

- Oh! E horrível ficar com frio! E logo em um a noite tão escura!

A Margarida deu uma espiada na noite.

E se encolheu nas suas folhas. A Borboleta teve uma ideia:

- Espere um pouco! E voou para o quarto de Ana Maria.

-Psiu, acorde!

- Ah? E você, Borboleta? Como vai?

- Eu vou bem. Mas a Margarida vai mal.

- O que e que ela tem?

- Frio, coitada!

- Então já sei o remédio. É trazer a Margarida para o meu quarto.

- Vou trazer já.

A Borboleta pediu ao cachorro Moleque:

- Você leva esse vaso para o quarto da Ana Maria?

Moleque era muito inteligente e levou o vaso muito bem .

Ana Maria abriu a porta para eles. E deu um biscoito para Moleque.

A Margarida ficou na mesa de cabeceira.

Ana Maria se deitou. Mas ouviu um barulhinho. Era o vaso balançando. A Margarida estava tremendo.

- Que e isso?

- Frio!

- Ainda? Então já sei! Vou arranjar um casaquinho para você.

Ana Maria tirou o casaquinho da boneca. Porque a boneca não estava com frio nenhum. E vestiu o casaquinho na Margarida.

- Agora, você esta bem. Durma e sonhe com os anjos. Mas quem sonhou com os anjos foi Ana Maria. A Margarida continuou a tremer.

Ana Maria acordou com o barulhinho.

- Outra vez? Então já sei. Vou arranjar uma casa para você!

E Ana Maria arranjou um a casa para Margarida. Mas quando ia adormecendo ouviu outro barulhinho.

Era a Margarida tremendo.

Então Ana Maria descobriu tudo.

Foi lá e deu um beijo na Margarida

A Margarida parou de tremer. E dormiram muito bem a noite toda.

No dia seguinte Ana Maria disse para a Borboleta Azul:

Sabe, Borboleta? O frio da Margarida não era frio de casaco não! Era falta de carinho.

E a Borboleta respondeu:

- Ah! Entendi!


Autoria: Fernanda Lopes de Almeida