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sábado, 7 de março de 2015

LIÇÃO ESPÍRITA

Internara a filhinha num Lar de crianças sem pais.

Vendendo ilusões, fora antes vendida a um bordel, quando ludibriada nos sentimentos de menina-moça.

Comprometera-se não visitar a filha, a fim de fazê-la ignorar a origem. Desejava-a feliz, fosse educada, que se lhe desse uma profissão digna e despediu-se, emocionada, de alma amarfanhada.

Quatro anos depois, sucumbindo ao peso de cruel enfermidade, buscou rever a filha. Apresentou-se como se lhe fora tia. A pequena, porém, chamou-a “mamãe”.

Sem ocultar as lágrimas, reiterou a condição de tia, cuja irmã desencarnara em situação dolorosa…

Sentia-se desencarnar e informara ao diligente benfeitor da filha que eram poucos os seus dias na Terra.

Suplicou desvelado carinho para a menina.

Recusou-se receber qualquer assistência e partiu…

Um ano após, volveu, renovada.

- Gostaria que o senhor me ouvisse – solicitou.

E narrou que a enfermidade psíquica de uma amiga de infortúnio levara-as a um Centro Espírita, que funcionava no bairro de angústias, onde viviam.

Encontrara ali amparo, assistência moral, orientação.

A pesado sacrifício, começou a frequentar a Casa. À medida que recobrava a saúde, oportunamente, deparou-se naquele recinto com o homem que a infelicitara.

Dominada pelo ódio, que lhe irrompeu intempestivo, acusou-o diante de todos, apontando-o como o destroçador da sua vida…

- É verdade! – Retrucara o acusado – Naquele tempo, eu era igualmente um enfermo… do espírito.

E rogou-lhe perdão.

Ela se comoveu. Afinal, sob o ódio havia o amor magoado.

Tornaram-se amigos.

Há pouco tempo ele lhe prometera matrimônio.

Dissera que a amava.

Aceitara-o.

Ele retirou-a do “comércio carnal” em que vivia e alugara um apartamento onde a hospedou com dignidade.

Respeitavam-se.

Casaram-se logo depois.

- Seria possível, agora, conduzir a filha para o lar? – Indagou, ansiosa.

- Sem dúvida – concordou o amigo.

Prometeu, então, retornar depois, em companhia do esposo.

Ao fim da semana, jovial, fazia-se acompanhar do cônjuge.

Comprovaram a situação nova: moral e legal.

Quando a filhinha foi abraçá-la e o dirigente do Lar explicou que se tratava da sua genitora, respondeu a menina:

- Eu sabia! Orava a Jesus para que Ele me trouxesse minha mamãe de volta.

Reabilitados, agora abrem as mãos da caridade aos que padecem, laborando no santuário onde receberam a medicação espírita para a paz.

A lição espírita promove o homem e reabilita-o.

Só é legítima a crença que soergue e enobrece o crente.

O Espiritismo, por tal razão, é o Consolador, pois que, enxugando as lágrimas, liberta o que chora, levantando-o e dignificando-o, a fim de que não volte à furna do desespero donde se evadiu.

Livro: Espelho D’alma – Médium: Divaldo P. Franco – Espírito: Ignotus.

Fonte da imagem: Internet Google.

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