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sábado, 21 de fevereiro de 2015

NUM DOMINGO DE CALOR

Benedita Fernandes, abnegada fundadora da Associação das Senhoras Espíritas Cristãs, de Araçatuba, no Estado de São Paulo, foi convidada para uma reunião de damas consagradas à caridade, para exame de vários problemas ligados a obras de assistência. E porque se dedicava, particularmente, aos obsidiados e doentes mentais, não pôde esquivar-se.

Entretanto, a presença da conhecida missionária causava espanto.

O domingo era de imenso calor e Benedita ostentava compacto mantô de lã, apenas compreensível em tempo frio.

- Mania! – cochichava alguém, a pequena distância.

– De tanto lidar com malucos, a pobre espírita enlouqueceu… – dizia elegante senhora à companheira de poltrona, em tom confidencial.

– Isso é pura vaidade – falou outra -, ela quer parecer diferente.

– Caso de obsessão! – certa amiga lembrou em voz baixa.

Benedita, porém, opinava nos temas propostos, cheia de compreensão e de amor.

Em meio aos trabalhos, contudo, por notar agitações na assembleia, a presidente alegou que Benedita suava por todos os poros, e, em razão disso, rogou a ela tirasse o mantô por gentileza.

Benedita Fernandes, embora constrangida, obedeceu com humildade e só aí as damas presentes puderam ver que a mulher admirável, que sustentava em Araçatuba dezenas de enfermos, com o suor do próprio rosto, envergava singelo vestido de chitão com remendos enormes.

Livro: Ideias e Ilustrações – Médium: Chico Xavier – Espírito: Hilário Silva.

Fonte da imagem: Internet Google.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

BAFO DE ONÇA

TEMA: HIGIENE BUCAL

João era um menino muito bom. Era querido por todos, por ser muito prestativo. Onde alguém precisasse de ajuda, lá estava o João.

Porém, João tinha um hábito muito feio: não gostava de escovar os dentes. Sempre que terminava de almoçar ou jantar, arranjava uma desculpa para sair correndo para a rua. Por isso, seu apelido era “Bafo-de-onça”. Aborrecia-se com isso, mas não podia evitar que o chamassem pelo feio apelido.

Seus pais, constantemente, o repreendiam.

— João, escove os dentes! Vai ficar com os dentes pretos e cariados.

Um dia se arrependerá de não escová-los!

— Meu filho, não se esqueça de escovar os dentes antes de sair...

— Não posso. O Patuca e o Carlinhos estão me esperando. Vamos jogar futebol no campinho.

Depois, eu não gosto de escovar os dentes. Perco muito tempo!

E os dentes de João foram ficando feios e cariados. Quando começava a falar, ninguém ficava por perto. Cheirava mal! Quando entrava na classe, diziam logo:

— Lá vem o “Bafo-de-onça”. Certo dia foram todos os alunos de sua classe convidados para trabalhar no teatro da escola. Era muito divertido participar do teatrinho. Vestiam roupas bonitas, usavam mascaras, às vezes ficavam horas e horas com d. Carmem, ensaiando.

Todas as crianças se reuniram no salão de festas da escola, para escolher os que iriam trabalhar no teatrinho. Todos estavam entusiasmados! Um dos alunos iria ser o Rei, e ficaria sentado num trono dourado!

O outro seria o Príncipe, muito garboso e valente, e usaria uma roupa azul, com um escudo de prata.

E o último, seria um Caipira, com as roupas remendadas e um chapéu de palha.

João logo pensou em ser o Rei. De qualquer jeito, pensava ele, seria o Rei.

— Eu quero ser o Rei! Disse João. Eu vou ser o Rei!

— Não pode! Gritaram todos. Você só poderá ser o Caipira. Tem os dentes estragados, nem mesmo será preciso pintá-los. Rei não tem dentes pretos.

João afastou-se dali, chorando. Nunca passara tanta vergonha! E como tinha vontade de ser o Rei no teatrinho! Pensando bem, seus colegas tinham razão. Seus dentes estavam muito feios. Não poderia mesmo ser o Rei.

Resolveu escovar os dentes, como sempre o aconselhavam os pacientes pais. Foi ao dentista, e, cuidando sempre dos dentes, estes, com o tempo, ficaram branquinhos e sadios.

No ano seguinte, Joãozinho foi convidado para ser o Príncipe, no teatrinho da escola.


Autor Desconhecido. Fonte do texto e imagem: Internet Google.