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terça-feira, 15 de maio de 2018

APRENDENDO A PERDOAR


Vitor morava com sua mãe e com sua vó em um apartamento e ele não tinha irmãos, por isso gostava de brincar com os meninos que moravam no mesmo prédio que ele.

Mas... Vítor não era um menino muito alegre. Sabem por quê? É que ele sempre ficava com raiva por qualquer coisinha e além disso não gostava de fazer as pazes depois que brigava com alguém.

Um dia, Camila, prima dele, foi passear na sua casa. Os dois brincaram e se divertiram muito. Mas vejam só o que aconteceu quando Camila deixou o Vítor sozinho para ir tomar banho:

Camila foi tomar banho e Vítor foi brincar com seu jogo de armar e construir várias coisas quando, de repente, PLOFT!

Sabem o que tinha acontecido? Camila veio correndo para abrir a porta do quarto e pisou no robô que o primo montara.

E vocês sabem o que aconteceu? Pois é; Vítor ficou muito bravo...

- Xiii, desculpa Vítor? - disse, chateada Camila - eu não sabia que você estava brincando atrás da porta. Vamos, eu ajudo a montar outro robô, pois não quebrou nenhuma pecinha.

Mas, a cara do Vítor continuava emburrada.

- Desculpa, Vitinho, foi sem querer, por favor me desculpe...

- Sem querer que nada - falou Vítor todo emburrado - você queria mesmo desmanchar o que eu montei. Não quero mais brincar com você! Pode ir embora pra sua casa, viu!

Camila começou a chorar e D. Helena, mãe de Vítor, levou a menina embora.

Quando voltou, percebeu que o filho estava triste porque a prima fora mesmo embora e aproveitou para conversar com ele:

- Sabe, filho, a gente precisa perdoar, desculpar o que nos fazem; senão vamos ficando sozinhos, sozinhos e isso vai nos dando um aperto muito forte no coração.

Mas Vítor fingiu que nem ouviu.

No dia seguinte, Vítor, cansado de ficar sozinho, pediu à mãe para ir brincar na casa do Guilherme, seu amigo que morava no térreo e tinha um pequeno quintal no apartamento.

Lá chegando, os meninos foram jogar bola. Brincaram bastante até que Guilherme chutou uma bola errada que foi bater sabem aonde? Pois é; bem na barriga do Vítor.

Vocês já sabem como é que o Vítor reagiu? Isso mesmo... Vítor ficou todinho cheio de raiva e dá-lhe a falação:

- Também, Guilherme, não vou mais brincar com você. Você não sabe jogar bola... Você acertou minha barriga. Você me machucou.

- Mas foi sem querer, Vítor. Eu queria chutar pro gol!! Aí errei e chutei em você. ME desculpa, foi mesmo sem querer - dizia-lhe Guilherme.

- Não, não desculpo não - retrucava o emburrado e embirrado Vítor.

- Puxa, Vítor, eu sou seu amigo, me perdoe, não foi por querer não.

- Não quero mais falar com você. Você me machucou.

E lá foi Vítor embora pra sua casa.

Vítor chegou em casa todo emburrado e foi pro quarto brincar de carrinho. Passou a manhã, chegou a hora dele ir pro colégio, tomou seu banho, se arrumou , foi pro colégio, ainda todo emburrado.

Voltando ao final da tarde pra casa, ele resolveu brincar de cavalinho de pau.

E lá foi ele para o terraço do prédio brincar com seu cavalinho de pau. E brinca daqui... E brinca dali...

Enquanto isso, no portão do prédio tinha alguém que estava olhando pra ele, o observava como que pedindo: - Posso brincar com você também?

Sabem quem era?

Yess... isso mesmo o Guilherme.

Mas o Vítor fingia que não o estava vendo e continuou a brincar sozinho com seu cavalinho.

E lá estava ele: brincando daqui, brincando dali... até que... CRASH!

Sabem o que aconteceu? Pois é, Vítor correndo com o cavalinho, pisou num buraco, se desequilibrou e cataplof no chão.

Nisso o Guilherme, que viu tudinho, chega correndo e pergunta:

- Quer que o ajude, Vítor? Você machucou?

- Não precisa! - falou Vítor envergonhado de ter caído e mais que isso; de ver como o Guilherme era tão bonzinho.

Mas, quando ele quis se levantar... Ai! Ai que dor ele sentiu! Parecia que tinha quebrado a perna.

Aí Guilherme o segurou pelo ombro, ajudando-o a se levantar e foram abraçados até o apartamento do Vítor, para que o mesmo pudesse ser medicado.

Quando os viu chegar, D. Helena correu e perguntou:

- Que aconteceu?

- Vítor caiu, D. Helena, e parece que machucou bem o joelho – respondeu Guilherme.

A mãe de Vítor voltou a falar:

- Bem, vamos então ver isso e fazer um curativo neste machucado. E muito obrigada, Guilherme, por você ter ajudado o Vítor.

Vítor estava com uma vergonha danada. Ele havia sido maldoso com o Guilherme e Guilherme o havia perdoado e ajudado.

Aí aconteceu uma coisa muito bonita.

Vítor abraçou Guilherme e disse:

- Olha, Guilherme, eu não fui legal com você e, mesmo assim, você me perdoou e ajudou. Agora eu quero lhe pedir desculpas de verdade! E você quer ser meu amigo ainda?

Guilherme sorriu e respondeu:

- Claro, Vítor, eu perdoo você e podemos ser grandes amigos!

E Vítor, com o coração mais levinho, prometeu a ele mesmo que seria um menino mais feliz e alegre e que, assim como o Guilherme, iria saber sempre perdoar.

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

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