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sexta-feira, 15 de agosto de 2025

A Lagarta Filomena

Num jardim muito bonito e florido, vivia uma lagarta que se chamava Filomena.

Ela gostava de passear pelas plantas e se alimentar de folhas verdinhas.

Certo dia, durante um passeio, encontrou uma formiguinha com a perna machucada. Condoída, fez um curativo na perna da formiguinha e ajudou-a a retornar para sua casa, o formigueiro.

Tininha, a formiga, ficou muito agradecida.

Alguns dias depois, Filomena saiu para dar umas voltas. Andou... Andou... Andou... E quando quis voltar para casa, não conseguiu: estava perdida.

Sem perceber, Filomena tinha saído do jardim e agora não sabia o que fazer. Para piorar sua situação, caiu de uma grande pedra escorregadia e ficou estendida no chão, com as pernas para cima, sem conseguir se levantar.

Filomena ficou muitas horas no sol quente, sem água e sem alimento. Começou a sentir-se doente e fraca, incapaz de andar.

O local era árido. Só tinha areia e pedras, e ninguém aparecia para socorrê-la.

As horas foram passando e ela foi ficando cada vez mais preocupada.

Já fazia um dia inteiro que Filomena estava estirada no chão, quando ouviu um barulho. Resolveu gritar por socorro.

Tininha estava por perto e escutou gemidos:

— Ai, ui, ai! Socorro!...

A formiga aproximou-se do local de onde partia a voz e qual não foi sua surpresa quando avistou a lagarta:

— Dona Filomena! O que aconteceu?

A pobre lagarta, reconhecendo a formiguinha que ajudara, falou-lhe comovida:

— Ah, Tininha! Foi Deus quem a mandou! Estou aqui há horas sem ninguém para me socorrer.

A formiga desejava fazer alguma coisa para ajudar, mas era tão fraquinha!

Teve uma ideia. Foi até o formigueiro chamar suas irmãs. Assim, trouxeram uma linda folha verde e tenra para Dona Filomena comer e água para matar-lhe a sede. Depois, as formigas curaram seus ferimentos.

Quando a lagarta já estava melhor, levaram-na para casa.

Dona Filomena disse:

— Nem sei como agradecer o auxílio de vocês, principalmente de Tininha, que foi tão boa comigo.

— Não precisa agradecer, Dona Filomena. Só fiz minha obrigação, retribuindo o bem que a senhora me fez.

E, desse dia em diante, tornaram-se grandes amigas.

Assim também acontece em nossas vidas. Todo o bem que fizermos reverterá em nosso próprio benefício. Cada um de nós colherá exatamente aquilo que houver plantado.

Por isso Jesus, sabiamente, ensinou que devemos fazer aos outros o que queremos que os outros nos façam.

Autoria: Célia Xavier Camargo
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

AS TRÊS ORAÇÕES

Muitas vezes costumamos nos decepcionar com as preces que fazemos. Pedimos alguma coisa e a resposta nunca chega. Então, perdemos a confiança em Deus.

O que, não raro acontece, é que a resposta chega, mas não a compreendemos, por pensarmos que ela tenha que vir conforme o nosso pedido.

Acontece que o Criador sabe o que é melhor para nós.
A respeito disso existe uma antiga lenda que pode ilustrar melhor esse assunto.

Em grande bosque da Ásia Menor, três árvores ainda jovens pediram a Deus lhes concedesse destinos gloriosos e diferentes.

A primeira explicou que aspirava a ser empregada no trono do mais alto soberano da Terra. Após ouvi-la, a segunda declarou que desejava ser utilizada na construção do carro que transportasse os tesouros desse rei poderoso, e a terceira, por último, disse então que almejava transformar-se numa torre, nos domínios desse potentado, para indicar o caminho do céu.

Depois das preces formuladas, um mensageiro angélico desceu à mata e avisou que o Todo Misericordioso lhes recebera as rogativas e lhes atenderia às petições.

Decorrido muito tempo, lenhadores invadiram o horto selvagem e as árvores, com grande pesar de todas as plantas circunvizinhas, foram reduzidas a troncos, despidos por mãos cruéis.

Arrastadas para fora do ambiente familiar, ainda mesmo com os braços decepados, elas confiaram nas promessas do supremo senhor e se deixaram conduzir com paciência e humildade.

Qual não lhes foi, porém, a aflitiva surpresa!...

Depois de muitas viagens, a primeira caiu sob o poder de um criador de animais que, de imediato, mandou convertê-la num grande cocho destinado à alimentação de carneiros; a segunda foi adquirida por um velho praiano que construía barcos por encomenda e a terceira foi comprada e recolhida para servir, em momento oportuno, numa cela de malfeitores.

As árvores amigas, conquanto separadas e sofredoras, não deixaram de acreditar na mensagem de Deus e obedeceram sem queixas às ordens inesperadas que as leis da vida lhes impunham...

No bosque, contudo, as outras plantas tinham perdido a fé no valor da oração, quando, transcorridos muitos anos, vieram a saber que as três árvores haviam obtido as concessões gloriosas solicitadas...

A primeira, forrada de panos singelos, recebera Jesus das mãos de Maria de Nazaré, servindo de berço ao Dirigente mais alto do mundo.

A segunda, trabalhando com pescadores, na forma de uma barca valente e pobre, fora o veículo de que Jesus se utilizou para transmitir sobre as águas muitos dos Seus mais belos ensinamentos.

E a terceira, convertida apressadamente numa cruz em Jerusalém, seguira com Ele, o Senhor, para o monte e, ali, ereta e valorosa, guardara-lhe o coração torturado, mas repleto de amor no extremo sacrifício, indicando o verdadeiro caminho do reino celestial...

Todos nós podemos endereçar a Deus, em qualquer parte e em qualquer tempo, as mais variadas preces. No entanto, precisamos cultivar paciência e humildade para esperar e compreender as respostas de Deus.

Autor desconhecido
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.